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segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Mastologista explica como a mamografia pode ser mais incidente para a detecção do câncer de mama

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 Especialista do Hospital Digital Vitta ressalta processos que podem ampliar o número de mulheres em exames preventivos da enfermidade

 

De acordo com estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), referente ao ano de 2020, as regiões brasileiras registraram média acima dos 50% para a realização do exame de mamografia em mulheres de 50 a 69 anos, sendo: Norte (57%), Nordeste (64%), Sudeste (66%), Sul (63%) e Centro-Oeste (60%). O número, porém, vem de uma queda significativa de 41%, em consequência da pandemia de Covid-19. 

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), contudo, alerta que 30,5% das mulheres acima de 18 anos nunca fizeram o exame clínico das mamas, que deve ser realizado na rotina de cuidados à saúde da mulher e como medida de rastreamento. 

Para a Mastologista do Hospital Digital Vitta, Dra Juliana Penha, alguns meios podem ser introduzidos para aumentar a frequência do exame como forma preventiva da doença que mais acomete as mulheres no mundo, depois do câncer de pele não melanoma: “O principal fator para que haja uma melhora na detecção precoce da doença são recursos que façam com que a mamografia chegue à população-alvo de forma eficaz e objetiva. Também, é importante considerar fortemente a redução da idade mínima de 50 anos que, hoje, é a regra para a maioria das mulheres brasileiras”.

Atualmente, um terço das pacientes portadoras da enfermidade recebem o diagnóstico antes dos 50 anos de idade. Este público, inclusive, não está dentro dos critérios de rastreamento mamográfico do Ministério da Saúde. 

“Tendo o recurso necessário e reconsiderando a idade mínima de 50 anos para 40 anos, por exemplo, pode ser implementada uma busca ativa dessas mulheres para que sejam feitas as mamografias no tempo adequado. Ou seja, quem não fez, vai ser chamado para fazer, aumentando essa detecção”, complementa a Mastologista. 

Embora seja importante, o rastreamento mamográfico é apenas o primeiro passo. No Brasil, a taxa de detecção por autoexame chega a mais de 40%, sendo um método muito recomendado pelo INCA. 

“Em algumas regiões, quase 50% das mulheres não fazem rastreamento, sendo ainda mais importante adotar na rotina o autoexame como forma de alcançar um possível diagnóstico precoce. Embora raro, com apenas 1%, o público masculino também pode ser atingido pelo câncer de mama e o autoexame é a maneira mais eficaz de remediar todo e qualquer problema”, finaliza Juliana. 

Para o próximo triênio, 2023-2025, o Instituto Nacional do Câncer estima 704 mil novos casos de câncer no Brasil, com incidência de cerca de 70% nas regiões Sul e Sudeste. Em relação ao câncer de mama, são previstos 74 mil casos novos previstos por ano até 2025.

 

Vitta

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