As cirurgias plásticas vêm crescendo de forma escalonada no Brasil. Os números de 2023 ainda não foram divulgados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), mas a entidade previa encerrar o ano com mais de dois milhões de procedimentos realizados. Para efeitos de comparação, a própria SBCP divulgou que em 2021 foram mais de 1,6 milhão de cirurgias plásticas.
O Dr. Felipe
Villaça, cirurgião plástico da FVG Cirurgia Plástica, que atua em duas unidades
situadas em locais nobres de Belo Horizonte, revela que a procura por
procedimentos de fato aumentou no ano passado. “Nós conseguimos identificar que
a procura por cirurgias estéticas é cada vez maior, e por um público cada vez
mais jovem. É um indício de que a busca pela elevação da autoestima é uma
decisão tomada cada vez mais cedo pelo paciente”, pontua.
Os
procedimentos mais buscados na clínica obedecem àquilo que se vê no cenário
nacional, conforme o levantamento realizado em diversos países pela Sociedade
Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês). Em 2022,
foram feitas 173 mil lipoaspirações no Brasil, o suficiente para colocar o
procedimento no topo do ranking brasileiro dos procedimentos estéticos
cirúrgicos mais realizados.
“Existe o
que podemos chamar de predileção do público em relação às cirurgias plásticas,
talvez por atingir mais diretamente os pontos que o paciente enxerga que tem
efeitos mais diretos. Por isso, cirurgias como a lipoaspiração, a mamoplastia
de aumento, a rinoplastia e a cirurgia de pálpebra aparecem com mais frequência
nas listas não apenas da clínica como também do mercado num todo”, explica.
Cirurgias seguras
O Dr. Felipe
Villaça avalia que o crescimento por cirurgias plásticas não chega a ser um
problema, principalmente porque os procedimentos são seguros. Entretanto, ele
alerta para que o paciente recorra a clínicas especializadas, que não
transformem o sonho da cirurgia num pesadelo para o paciente.
“As
cirurgias plásticas em geral são bastante seguras. Mas isso não significa que
todos os profissionais do mercado são bons. É muito importante que o paciente
procure por locais com procedência, que investem em infraestrutura e que não
abrem mão de ter cirurgiões plásticos com anos de procedimentos e de
aperfeiçoamentos no currículo”, finaliza.
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