Especialista
analisa o caso do Burger King, que gerou polêmica ao colocar Kid Bengala em
nova peça publicitária
A campanha recente do Burger King, que apresenta
Kid Bengala como personagem principal, tem gerado intenso debate e controvérsia
no cenário publicitário nacional. A associação da marca a um ícone da indústria
pornográfica provocou reações diversas, levando especialistas a discutir os
possíveis impactos dessa estratégia.
De acordo com Samuel Pereira, CEO e fundador da SDA
Holding, responsável e apresentador do Segredos da Audiência,
maior espetáculo de tráfego digital e audiência do País, a campanha errou e
errou feio. "Os criativos envolvidos ficaram presos em suas bolhas e
esqueceram que cresce o público brasileiro que valoriza princípios relacionados
à família, especialmente os cristãos. A longo prazo, isso pode prejudicar a
credibilidade da marca, que possui grande visibilidade nacional e
internacional", comenta.
O debate também tem apontado a associação ao
contexto da indústria pornográfica como o ponto problemático da publicidade da
marca. A rápida decisão do Burger King em remover o vídeo das redes sociais
após a avalanche de críticas demonstra a sensibilidade do tema e a necessidade
de uma análise mais cuidadosa dos valores e sensibilidades do público-alvo.
Um representante da empresa chegou a relatar que,
lançada logo após o Carnaval, a campanha recebeu uma onda de críticas nas redes
sociais. Mesmo assim, afirma que o objetivo sempre foi entreter o público do
Burger King, majoritariamente composto por jovens adultos. Para evitar
discussões e polarização, acabaram optando pela retirada do conteúdo do ar. “A
agência responsável pela criação da campanha também se pronunciou sobre o
assunto, destacando sua busca por engajamento e interações leves e divertidas.
No entanto, após analisar os dados gerados pelo vídeo, a decisão conjunta com o
cliente foi essa”, destaca Samuel.
A ausência de ações do Conselho Nacional de
Autorregulamentação Publicitária (Conar) até o momento sugere ainda um ambiente
de questionamentos e que busca novas formas de adequar o marketing ao atual
momento, onde marcas e agências devem permanecer atentas às expectativas e
valores da sociedade em suas estratégias. “Muita gente defende que crianças não
verão essa campanha, mas isso não vem ao caso, já que ela é aberta ao público.
É verdade que está todo mundo falando sobre isso, mas é o seguinte: a médio e
longo prazo, eu acredito que machuca a marca, que é de alta visibilidade”,
explica o especialista em sua análise.
Samuel ressalta ainda que, ao vincular uma marca a determinadas celebridades, é fundamental considerar cuidadosamente os valores, imagem e reputação do indivíduo escolhido. A associação pode trazer benefícios significativos em termos de reconhecimento e alcance de público-alvo, mas também apresenta riscos potenciais, especialmente se a personalidade escolhida estiver envolvida em polêmicas ou comportamentos controversos. Para ele, é essencial conduzir uma análise abrangente do perfil da celebridade, levando em conta não apenas sua popularidade atual, mas também sua história e conexões passadas, para garantir que a parceria seja alinhada aos valores e objetivos da marca.
Samuel Pereira - empresário, investidor e fundador da SDA Holding. Entre alguns dos seus marcos está a criação do evento “Segredos da Audiência Ao Vivo” (SDA Ao Vivo), maior espetáculo de tráfego e audiência do Brasil. Samuel também empreende no universo digital há 13 anos, onde já desenvolveu dezenas de sites e blogs, sendo que, algumas dessas páginas, já receberam mais de 16 milhões de visitantes únicos. Nas redes sociais que gerencia são quase 5 milhões de seguidores, e em suas redes pessoais são mais de 1 milhão de seguidores. Também é coautor do livro “Negócios Digitais” e autor de Best-Seller na Revista Veja com o livro “Atenção! O Maior Ativo do Mundo”, com prefácio de Luiza Helena Trajano.
Para mais informações, acesse o site, Instagram, Youtube ou Facebook.
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