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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Carnaval acende alerta para ISTs que podem comprometer a fertilidade feminina

Infecções Sexualmente Transmissíveis podem machucar o útero, trompas, ovários, dificultar, ou até mesmo impedir futura gravidez 


O Carnaval, que começa a ser comemorado a partir desta sexta-feira (9), acende o alerta para a prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), por meio do uso do preservativo, como orienta o Ministério da Saúde. Nesse contexto, o que pouco se fala, porém de extrema importância, é sobre a fertilidade, que pode ser afetada pelas ISTs. 

O especialista em reprodução humana, Dr. João Guilherme Grassi, explica que em caso de ISTs muito comuns como a Clamídia ou gonorréia, a fertilidade da mulher pode ser comprometida. “Essas doenças sexualmente transmissíveis são o grande vilão da fertilidade na paciente jovem hoje em dia. Doenças como clamídia, micoplasma e ureaplasma acabam muitas vezes sendo silenciosas e machucando o útero, as trompas e até os ovarios. Essas infecções muito frequentemente levam a um desfecho reprodutivo ruim”.  

As ISTs mais conhecidas são: HIV, sífilis, herpes genital, HPV, gonorréia, infecção por clamídia e hepatites B e C. Elas aparecem principalmente no órgão genital, mas podem surgir em outras partes do corpo. Os principais sintomas ginecológicos são dor pélvica, ínguas, corrimento vaginal, feridas e ardência ao urinar.  

Existem ISTs que são causadas por bactérias tão comuns, que podem ser curadas sozinhas (deixando sequelas reprodutivas), outras requerem tratamento maior, porém, algumas podem acompanhar a mulher pela vida toda sem que ela saiba. Por esse motivo é tão importante se prevenir.  

“Há casos em que as mulheres não descobrem que tiveram a sua fertilidade comprometida, e lá na frente, em cinco, dez anos, quando forem tentar engravidar, acabam tendo dificuldade. Quando vão fazer os exames específicos encontram uma baixa reserva ovariana e em alguns casos trompas obstruídas, para muitos destes casos pode ser necessária a fertilização Fertilização in Vitro”. 

Para prevenir, é preciso usar preservativo, mas caso a paciente tenha sido exposta a relação sexual desprotegida com risco de infecção, é imprescindível buscar auxílio médico imediato para redução de riscos com antibióticos e antivirais.


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