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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Cirurgia minimamente invasiva de hérnia de disco é possível

 De acordo com o IBGE, a hérnia de disco atinge 5,4 milhões de brasileiros. Muitos evitam a operação por medo, segundo o ortopedista Bruno Fabrizio  

 

A hérnia de disco é uma condição médica em que o núcleo macio e gelatinoso de um disco intervertebral na coluna vertebral se projeta para fora, pressionando os nervos adjacentes. Ela é relativamente comum e pode ocorrer em toda a coluna. Quem possui tende a sentir dor, dormência, fraqueza e outros sintomas, dependendo da localização. É uma das principais causas de dor nas costas e segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 5,4 milhões de brasileiros sofrem com a enfermidade que pode ser tratada com fisioterapia, medicamentos ou, em casos graves, cirurgia.

O ortopedista Bruno Fabrizio, especialista em cirurgias de coluna, explica que os  locais mais comuns de aparecer a doença são a região lombar e cervical devido à maior mobilidade nessas regiões. “Em muitos pacientes ela pode ser incapacitante, dependendo do tamanho e da localização, diminuindo a qualidade de vida, e impossibilitando as atividades diárias. Por acharem que, obrigatoriamente, terão que passar por uma cirurgia grande e complexa, muitos acabam convivendo com a dor”, afirma. 

Atualmente, conseguimos realizar o tratamento quando preciso por meio de procedimentos minimamente invasivos, que dispensam a necessidade de grandes cirurgias. ”Esses métodos permitem que as operações sejam realizadas com cortes mínimos, ou até mesmo sem eles. Em muitos casos, os pacientes têm alta hospitalar no mesmo dia da cirurgia”, ressalta. 


Técnicas minimamente invasivas 

A microcirurgia da coluna é um procedimento minimamente invasivo realizado na coluna vertebral. ”Nessa operação, são feitas pequenas incisões e um microscópio cirúrgico para visualizar e acessar a área afetada da coluna com maior precisão. Isso permite a remoção de tecido danificado ou descompressão de nervos espinhais com menos trauma aos tecidos circundantes, levando a uma recuperação mais rápida e menos dor pós-operatória em comparação com as cirurgias tradicionais na região”, enfatiza. 

Outro procedimento mínimo é a cirurgia endoscópica. “Nela é  inserido o endoscópio por meio de pequenas incisões na pele e se usa uma câmera na ponta do dispositivo para visualizar e tratar a área afetada da coluna. Isso permite a remoção de tecido danificado, descompressão de nervos ou fixação de problemas na coluna com menos danos aos tecidos circundantes. Ela tem uma recuperação mais rápida, menos dor pós-operatória e menor tempo de internação”, explica. 

Infiltrações foraminais da coluna são realizadas para tratar a dor na coluna vertebral particularmente relacionada à compressão dos nervos espinhais quando eles saem da medula espinhal através das aberturas chamadas forames. “Durante a infiltração, é injetado medicamentos, como corticosteróides e anestésicos, diretamente na área afetada para reduzir a inflamação e aliviar a dor. Essas infiltrações são frequentemente usadas para diagnosticar e tratar condições como hérnias de disco, estenose espinhal e artrite facetária. Elas podem proporcionar alívio temporário ou duradouro da dor, permitindo que os pacientes evitem cirurgias mais invasivas”, finaliza. 

  

Bruno Fabrízio - formado pela Faculdade de Medicina de Petrópolis e possui residência em Ortopedia e Traumatologia. É especializado em cirurgia endoscópica da coluna vertebral e procedimentos minimamente invasivos para o tratamento da dor. Foi chefe do serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Municipal Lourenço Jorge 2019-2023 e diretor médico do Hospital do Amparo Feminino entre 2020 e 2022. Atualmente, é diretor médico da Clínica Dr Bruno Fabrizio desde 2007. Para mais informações, acesse o instagram.

 

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