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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Câncer de próstata: 20% dos casos são diagnosticados em estágio avançado

Exame de rastreamento é capaz de encontrar lesões precursoras e diagnóstico precoce revela melhor prognóstico de cura

 

Apesar de toda a conscientização anual, o câncer de próstata permanece como a neoplasia sólida mais comum entre os homens e a segunda maior causa de óbito oncológico. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 71 mil novos casos são esperados até 2025. 

Ainda que os avanços terapêuticos estejam avançando, como a cirurgia robótica e o advento de centros especializados no tratamento de câncer de próstata, cerca de 25% dos pacientes morrem pela doença e 20% são diagnosticados em estágios avançados. A descoberta da doença logo no início, porém, aumenta a chance de cura, que chega a 90% dos casos. Além disso, também evita o sofrimento e a necessidade de tratamentos de alto custo. 

De acordo com o Dr. Alexandre Pompeo, urologista do Hcor, os exames de rastreamento devem ser realizados a partir de 50 anos “A avaliação precisa ser realizada por um especialista e de maneira individualizada. Os benefícios que essa abordagem traz são sentidos até mesmo nas taxas de mortalidade. Segundo estudos recentes, foi possível identificar uma queda entre 25% e 32%, nos pacientes que tiveram seu cuidado personalizado”, explica. 

Isso acontece porque a identificação de pacientes com risco de desenvolver a doença de forma mais agressiva, por meio de parâmetros clínicos ou laboratoriais, pode ajudar com a indicação e frequência do rastreamento. “Os exames de rastreio tem o intuito de identificar uma lesão precursora ou um câncer em estágio inicial. Essa prática é altamente utilizada para a detecção de câncer de colo uterino e de mama, além de ser apoiada pelas sociedades oncológicas ao redor do mundo”, aponta.
 

Como reduzir os fatores de risco 

A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente a partir dos 60 anos. Porém, o histórico familiar de câncer de próstata e a obesidade também estão associados à maior incidência (até 56% mais riscos) e ao achado de tipos histológicos mais avançados. Destacam-se, ainda, como fatores de risco associados à doença a etnia e a exposição a agentes químicos relacionados ao trabalho. 

“Apesar de a melhor forma de reduzir esses fatores ser o rastreamento, cessar o tabagismo, manter uma alimentação saudável e uma rotina de exercícios também são opções muito significativas. O estilo de vida mais saudável não protege apenas do surgimento do câncer de próstata, mas de várias outras doenças. Além disso, é importante procurar ajuda profissional quando sentir os sinais do corpo quando tem algo errado”, complementa o Dr. Alexandre Pompeo.
 

Hcor


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