Preocupações referentes à possibilidade da inteligência artificial (IA) roubar nossos empregos não são novidade. Afinal, com o avanço da digitalização e o surgimento de ferramentas disruptivas como o ChatGPT, desenvolvida pela Open AI, e o Bard, pelo Google, muitas atividades puderam ser otimizadas e automatizadas, dispensando esforços excessivos dos profissionais em diversas tarefas, inclusive, em maiores cargos como os executivos. É fato que esta tecnologia trouxe uma maior eficiência nos processos internos – mas, será que há, de fato, risco de que, em algum momento, a presença destes profissionais não ser mais necessária?
Segundo uma pesquisa feita pela Bain & Company,
a adoção da IA é uma das maiores prioridades de investimento de 85% das
empresas. Quando questionadas os motivos desta estratégia, grande parte dos
executivos concordam que esse recurso é fundamental para assegurar a vantagem
competitiva do negócio, uma vez que viabiliza uma ampla possibilidade de adesão
nas operações corporativas.
Fora seu uso massivo no departamento de tecnologia
da informação, muito vem sendo explorado da IA, especialmente neste ano, em
outros departamentos estratégicos como o próprio marketing – através de
funcionalidades podem ajudar na geração de material criativo para redes sociais
ou para o próprio site institucional. Como prova disso, cerca de 80% dos chief
marketing officers (CMOs) planejam aumentar os investimentos em IA e dados em
2024, segundo dados da Accenture.
Quando devidamente incorporada, esta tecnologia
trará benefícios muito maiores do que a automação dos processos. Com ela, os
executivos terão uma ferramenta robusta a favor da análise de dados mais
segura, obtendo informações valiosas referentes ao seu segmento, público-alvo e
tendências para que, com isso, consigam ter uma visão mais clara e análise
preditiva referente em prol de uma tomada de decisões mais assertiva.
Obter essas informações em tempo real e saber como
transformá-las em planos estratégicos para o crescimento da empresa é a
ferramenta mais poderosa que um C-level pode adquirir, tornando-a parte
inseparável de sua gestão corporativa para que tenha uma visão nítida referente
ao seu presente e, com isso, obter ganhos significativos frente às metas
desejadas.
Nada será mais forte do que um executivo orientado
a dados e que saiba utilizar esse recurso com perspicácia em sua rotina, mas,
isso não significa que a IA irá substituir, por completo suas funções ao ponto
de que sua presença já não seja mais necessária. Até porque, muitas dessas
tecnologias inteligentes ainda estão incipientes e precisam ser melhor
calibradas até que passem uma maior segurança ao serem adotadas nos processos
internos.
Não há como negarmos o potencial transformador da
IA no mercado. Contudo, ela ainda se mostra mais como uma ferramenta de apoio
do que um completo substituto dos profissionais, principalmente dos executivos.
Afinal, sua função nas empresas permeia por sua capacidade de empatia, conexão
com os liderados e fortificação de uma cultura, a qual se constrói, se
transforma e evolui através de pessoas.
É preciso muito cuidado ao estabelecer até onde
essa tecnologia será adotada nos processos corporativos, partindo de um
entendimento profundo dos gaps internos e mapeando oportunidades
de melhorias através da IA. Não há uma única regra ou caminho a ser seguido,
uma vez que essa é uma escolha completamente individual à marca com base em
suas necessidades e demandas.
Diante de tantos avanços sentidos nos últimos anos,
certamente, tenderemos a presenciar novidades cada vez maiores daqui para
frente e, quem não se atentar e acompanhar essa demanda, definitivamente ficará
para trás. Esse é um recurso que pode trazer ganhos enormes para os executivos
em termos de análise de dados volumosos em tempo real sobre o negócio, seu
segmento e clientes, ajudando os C-Levels a tomarem decisões mais informadas.
Com a IA, as empresas podem elevar sua
produtividade, com menos recursos e esforços. Mas, até hoje, a humanização
ainda é uma característica muito prezada pelo mercado, principalmente em
funções estratégicas que envolvem a gestão de pessoas. Portanto, ao invés de
excluir executivos em prol desta ferramenta, é preciso saber como administrá-la
de forma equilibrada, para que todos os envolvidos se beneficiem das
facilidades propostas por essa tecnologia.
Wide
https://wide.works/
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