Doenças que já haviam sido controladas no Brasil,
como a poliomielite e o sarampo, estão ameaçando retornar devido à baixa
cobertura vacinal. Nos últimos anos, os índices de vacinação têm diminuído de
forma preocupante, com a cobertura total não ultrapassando sequer 70%, de
acordo com dados do DataSUS. Essa situação é alarmante, considerando que o
Ministério da Saúde estabelece uma meta de manter as taxas de vacinação em 95%. Banco de fotos
A queda constante nas taxas de vacinação, especialmente contra a poliomielite e o sarampo, é motivo de grande preocupação. Em um período de apenas 10 anos, a cobertura vacinal contra a poliomielite diminuiu aproximadamente 20%, passando de 96,5% em 2012 para 77% em 2022.
O sarampo também voltou a representar uma ameaça no
país. Após conquistar o certificado de eliminação em 2016, o Brasil perdeu esse
reconhecimento em 2019. Naquele ano, a cobertura vacinal contra o sarampo era
de 81,5%. No entanto, desde então, os números caíram drasticamente, chegando a
apenas 53% em 2022, segundo dados do DataSUS.
Sarampo
O sarampo é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus do sarampo, pertencente à família Paramyxoviridae. É transmitido principalmente por meio das gotículas respiratórias expelidas por pessoas infectadas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O vírus pode sobreviver no ar ou em superfícies por até duas horas, tornando-se altamente transmissível.
Os sintomas iniciais do sarampo incluem febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas vermelhas na pele, que começam no rosto e se espalham para o corpo. Além disso, pode haver perda de apetite, fadiga e dores musculares. A doença pode causar complicações graves, como pneumonia, encefalite (inflamação do cérebro) e até mesmo óbito, especialmente em crianças pequenas e pessoas com sistema imunológico enfraquecido.
Da Salus Imunizações, a médica e diretora clínica
Dra. Marcela Rodrigues e o médico diretor técnico Dr. Marco César Roque,
explicam que a vacina contra o sarampo é a medida mais eficaz para prevenir a
doença. A vacina tríplice viral, conhecida como MMR, protege contra o sarampo,
caxumba e rubéola. Ela é administrada em duas doses, sendo a primeira aos 12
meses e a segunda dose entre 15 e 24 meses. A vacinação em massa é fundamental
para criar uma imunidade coletiva, reduzindo a circulação do vírus e protegendo
aqueles que não podem ser vacinados, como bebês com menos de 1 ano e pessoas
com contraindicações médicas.
Poliomielite
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença viral causada pelo poliovírus, que pertence à família Picornaviridae. O vírus é transmitido principalmente por via fecal-oral, ou seja, através da ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes infectadas. Também pode ser transmitido de pessoa para pessoa pelo contato com secreções respiratórias ou com fezes de uma pessoa infectada.
A maioria das pessoas infectadas com o poliovírus não apresenta sintomas. No entanto, em casos mais graves, a doença pode causar paralisia muscular, afetando principalmente as pernas. A paralisia pode ser permanente e, em casos extremos, pode levar à morte por incapacidade de respirar. Crianças menores de 5 anos são as mais vulneráveis à infecção.
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a poliomielite. A vacina oral contra a poliomielite (VOP), também conhecida como gotinha, é administrada em duas doses aos 2 e 4 meses, com doses de reforço aos 6 e 15 meses. A vacina injetável contra a poliomielite (VIP), também conhecida como inativada, é uma opção utilizada no esquema de vacinação em alguns países. A imunização em massa é crucial para erradicar a doença globalmente e manter a população protegida contra o poliovírus.
“É importante ressaltar que ambas as vacinas contra o sarampo e a poliomielite são seguras e eficazes. Elas passam por rigorosos processos de desenvolvimento, testes clínicos e monitoramento contínuo para garantir sua eficácia e segurança. A vacinação completa e em conformidade com o calendário nacional de vacinação é essencial para proteger as crianças contra essas doenças, prevenir complicações graves e contribuir para a erradicação dessas enfermidades”. Destaca o Dr. Marco César Roque.
Infelizmente, o negacionismo em relação à vacinação e a disseminação de informações falsas têm contribuído para que muitas famílias desconfiem do processo vacinal, adiando ou evitando a imunização. É importante ressaltar que resfriados comuns não são contraindicações para a vacinação e que a imunização é fundamental para a proteção das crianças e da população em geral.
A Salus Imunizações tem se empenhado incansavelmente em disseminar informações confiáveis e combater a desinformação relacionada às vacinas. A empresa reconhece a importância da vacinação como uma medida preventiva eficaz no combate a doenças infecciosas e reforça o compromisso em proteger a saúde das crianças.
A Salus Imunizações reforça que a imunização é uma responsabilidade de todos. Pais, responsáveis e profissionais de saúde devem se unir para garantir que as crianças recebam todas as vacinas recomendadas no calendário nacional de vacinação. A vacinação é um direito e uma medida essencial para preservar a saúde e prevenir o ressurgimento de doenças que já foram controladas.
“Também vale ressaltar a importância de buscar
informações em fontes confiáveis, como órgãos de saúde e profissionais
capacitados, para esclarecer dúvidas e dissipar mitos relacionados às vacinas.
A conscientização e o acesso facilitado à imunização são fundamentais para
proteger as crianças e garantir um futuro saudável para toda a população
brasileira”. Conclui a Dra. Marcela Rodrigues.
Salus Imunizações
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