O desenrolar da vida é feito cálculo matemático:
com o passar dos anos, aumentam os dígitos da idade e do peso na
balança. Unsplash
Se quando um bebê nasce, os gramas a mais, mês a
mês, validam o crescimento saudável, na vida adulta é a manutenção do peso que
revela a estabilidade da rotina alimentar – um dos itens fundamentais para a
saúde.
Equilíbrio alcançado por meio de um aliado que vem
para somar: o exercício físico.
Isso porque quando o consumo calórico é maior que o
gasto energético, a conta não fecha e o resultado é o ganho de peso.
Uma equação resolvida de forma simples pela nutricionista
e professora do Puravida PRIME, Adriana Fanaro. “Tratar a causa que está
fazendo você gastar menos e comer mais é a forma mais eficiente para você
conseguir emagrecer”, sintetiza.
Matematicamente falando
Se nas ciências exatas, “menos com menos é mais”,
numa referência à regra dos sinais, na vida real, menos com menos é
menos.
A lógica de comer menos e gastar menos não tem
saldo positivo no peso corporal. Pelo contrário, segundo Adriana, a tendência é
que o corte na alimentação e a falta de atividade física tenham um reflexo
ainda mais negativo no organismo.
“Se consigo comer menos e gastar menos ainda, o
metabolismo fica cada vez menos responsivo. Ou seja, ele responde cada vez
menos aos estímulos. Você tem que fazer justamente o contrário”, orienta a
professora do PRIME.
A explicação está ligada à diminuição do ritmo do metabolismo que é impactada pelo envelhecimento,
demandando disciplina para a manutenção de uma rotina saudável.
Desafio mais é
mais
Adriana Fanaro lançou o convite: “Eu vou te convidar
a fazer o seguinte exercício: comer mais e gastar mais ainda”.
A máxima serve para alimentos potenciais para
otimizar os resultados dos treinos, como proteína, carboidratos integrais e
fontes de lipídio.
Para aderir à mudança de mentalidade – e de cardápio
– é essencial buscar um profissional qualificado, a fim de pensar numa estratégia
individualizada que atenda às suas demandas.
Dadas as especificidades da sua rotina, o próximo
passo é incorporar tanto os alimentos quanto os exercícios ao cotidiano de
maneira a mantê-los a longo prazo na sua agenda até que vire um estilo de vida.
Antes disso, Adriana reforça a necessidade de mudar
o mindset.
Mentes acostumadas ao sistema de autocompensação
precisam sair do looping causado pelas exceções ao cardápio, por exemplo. Uma
refeição fora da dieta não precisa se tornar uma punição no dia seguinte. Pelo
contrário, a ideia é viver o novo estilo de vida com leveza.
“Se hoje me trato com amor porque sei que vai ter
uma festa, tá tudo certo. É hoje que isso (a refeição não planejada) vai
acontecer, amanhã é amanhã. Amanhã eu vivo a vida normalmente”, pondera a
especialista.
Mudar é preciso
E não é fácil. A explicação para a
resistência inicial é a passagem pelos cinco estágios da mudança
– que, de acordo com Adriana, precisam ser sequenciais.
O modelo transteórico inclui as seguintes
etapas:
Pré-contemplação: fase em que se nega o problema, reforçando a ideia de que “sou assim
mesmo”. Nesse estágio, a busca pela mudança parte de estímulos externos, como o
incentivo de amigos ou familiares.
Contemplação: momento em que a vontade de mudar é negociada com a sensação de medo e
insegurança. Aqui, entra a análise entre vantagens e desvantagens da
mudança.
Preparação: depois de tomada a decisão, nesse estágio se desenrola o planejamento
estratégico que regerá a mudança. A recomendação é tornar pública a intenção de
mudar, a fim de que isso se torne um estímulo extra.
Ação: a hora da mudança! A intenção passa para a ação e começa a parte do
plano que demanda dedicação, auto observação e autoavaliação para eventuais
ajustes no planejamento inicial.
Manutenção: a mais desafiadora das fases, exige constância e determinação. Para
manter o foco, o ideal é manter em mente os ganhos conquistados até então e não
exagerar na autocobrança. Vale lembrar: um passo por vez, passo a passo, em
direção à vida que se quer.
Chegar ao último estágio e permanecer nele pode
soar desafiador, mas manter os benefícios da mudança de estilo de vida em mente
é a forma de permanecer na vida saudável.
Bom lembrar
Emagrecer não precisa ser sinônimo de
sofrimento.
Para isso, é preciso estar atento à relação
matemática básica quando o assunto é ganho ou perda de peso: quem come mais
precisa gastar mais.
Mas, atenção: comer menos e gastar menos é uma
cilada com danos ao metabolismo.
A conta é simples e pode demandar mudanças de
hábitos.
Conhecer as cinco etapas da transformação é uma
forma de racionalizar o processo, mantendo consciência sobre os próprios
pensamentos durante cada estágio.
Ao alcançar a mudança, o foco deve permanecer nas
vantagens conquistadas na nova vida – na qual os dígitos na balança serão
apenas um detalhe perto das funcionalidades de um corpo ativo e bem
nutrido.
Puravida
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