Em 30 de julho, é celebrado o Dia Internacional da Amizade pela ONU. Segundo educadora do Colégio Rio Branco, os vínculos dessa relação na infância ajudam na construção da ética, cooperação e solidariedade
A amizade tem um papel fundamental na formação
do indivíduo. Amigos oferecem apoio e segurança. Os laços de amor e de afeto,
especialmente aqueles formados na infância, fortalecem a autoestima, a
criatividade e a segurança, gerando impactos até a vida adulta. É por meio
dessas relações que as crianças aprendem a conviver, ceder, dividir, dialogar,
expressar seus sentimentos e se colocar no lugar do outro.
“Um amigo oferecerá ao outro o que tem de
melhor. Na convivência, aos poucos, as preferências e as identidades vão se
fortalecendo e as crianças e jovens vivenciam a cumplicidade dessa relação”,
afirma Rose Sertório, orientadora educacional da Educação Infantil na Unidade
Granja Vianna do Colégio Rio Branco.
Qual é o papel da família nas
amizades infantis?
Os pais têm um papel importante na construção e
no fortalecimento das amizades. Eles podem se envolver e ajudar no processo de
socialização, especialmente com crianças pequenas.
Algumas ações simples podem facilitar o
processo:
· prestar
atenção na rotina da criança;
· dar
oportunidades para o filho conhecer outras crianças;
· marcar
encontros com outros pais e filhos;
· proporcionar
momentos fora da escola, como em casa, passeios e viagens;
· estimular
brincadeiras entre vizinhos;
· visitar
parquinhos infantis.
Acompanhar de perto as amizades é também uma oportunidade
de conhecer melhor as famílias dos colegas. E isso ajuda a tranquilizar todos
os lados envolvidos quanto aos ambientes frequentados pelos pequenos.
O segundo passo, quando a socialização já está
a todo vapor, é tomar cuidado para deixar as crianças resolverem os conflitos
entre si. O papel do adulto, nestes casos, é apenas acolher e aconselhar, mas
sem se intrometer na situação.
Desta forma, as crianças vão ganhando confiança
e se sentindo cada vez mais capazes de resolver os conflitos por conta própria,
criando diálogos inteligentes. A longo prazo, isso trará mais autoconfiança e
vínculos fortes de amizade, facilitando o desenvolvimento socioemocional de uma
pessoa ética, cooperativa e solidária.
E onde entra a escola na amizade
entre as crianças?
Grande parte das amizades começa na escola. Por
isso, “é fundamental que a instituição tenha um projeto de acolhimento
envolvendo o cuidado com os espaços infantis, que inspire a criança nas
descobertas, proporcione a troca mútua entre os pares e incentive o trabalho em
grupo e a troca de conhecimentos”, diz Rose. “O convívio baseado em relações
respeitosas e cooperativas desenvolve a convivência ética dos estudantes. E
eles levam isso para a vida”.
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