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quinta-feira, 4 de maio de 2023

Os perigos do uso indiscriminado de remédios para a disfunção erétil

Para lembrar o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, dia 5 de maio, o urologista João Brunhara alerta que, para surtir o efeito desejado, remédios como Viagra devem ser prescritos somente após um diagnóstico do paciente

 

        A famosa pílula azul, como ficou conhecido o Viagra, sem dúvida promoveu uma revolução na forma como a disfunção erétil é tratada, ajudando a melhorar a vida sexual de milhões de homens. Tanto que, atualmente, o “azulzinho” é um dos medicamentos mais conhecidos no mundo: desde 1998, mais de 128 milhões de comprimidos de Viagra foram comercializados apenas no Brasil. 

 

O problema é que, em busca de um “efeito milagroso” na hora H, muitos homens têm usado remédios para disfunção erétil de forma indiscriminada, sem consultar um especialista. Aproveitando o Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, no próximo dia 5 de maio, o urologista João Brunhara, co-fundador da Omens - plataforma de saúde e bem-estar masculino, criada para diminuir o abismo entre homens e autocuidado – alerta para o perigo de fazer uso desse tipo de medicamento sem orientação médica.

 

“O diagnóstico da disfunção erétil geralmente é feito com base na história clínica do paciente, incluindo sintomas, histórico médico, sexual, exames físicos e laboratoriais. Portanto, para que o tratamento surta efeito e não prejudique a saúde geral do paciente, é fundamental que um profissional qualificado, como um urologista, seja consultado para avaliar e identificar a causa subjacente da disfunção erétil”, explica ele.

 

        Mesmo assim, de acordo com uma pesquisa realizada pela Omens em parceria com o Datafolha, entre os homens com problemas de ereção, 60% nunca procuraram nenhuma ajuda profissional para tratar a condição. “Isso acontece porque muitos homens ainda têm vergonha de buscar ajuda ou não sabem que o problema tem solução”, diz Brunhara.

 

        Entre os efeitos colaterais a longo prazo, provocados pelo uso constante do remédio sem prescrição médica, estão especialmente o comprometimento da visão, além de problemas cardíacos e até mesmo perda da audição. Pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, descobriram que o uso contínuo e prolongado de remédios para disfunção erétil pode aumentar em até 85% o risco de contrair doenças como descolamento de retina, oclusão venosa da retina (OVR), neuropatia óptica isquêmica (NOI), entre outras. 

 

        O urologista ressalta que medicamentos como o Viagra não são indicados para quem quer ter um desempenho sexual mais duradouro e nem para jovens como forma de controlar a insegurança e a ansiedade. “O tratamento é indicado para o homem que tem dificuldade em obter ou manter uma ereção suficiente para a atividade sexual, melhorando sua qualidade de vida, autoestima e bem-estar emocional”, explica. “É mito que os remédios para disfunção erétil aumentam o desejo sexual e são afrodisíacos. Eles ajudam a melhorar a capacidade de um homem em obter e manter uma ereção aumentando o fluxo sanguíneo na região peniana, mas não curam o problema da disfunção”, ressalta Brunhara.

 


João Brunhara - Formado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP), onde também fez Residência em Cirurgia Geral e Urologia. João dedicou também um ano de estudos na Universidade de Harvard, onde teve a oportunidade de se aprofundar em cirurgia robótica e pesquisa científica. O urologista é diretor médico e co-fundador da Omens, healthtech que visa destruir o abismo entre homens e autocuidado, negócio inspirado em modelos similares da França e dos Estados Unidos.



Omens -plataforma dedicada à saúde e bem-estar dos homens.

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