Mães trabalhadoras em seus próprios negócios enfrentam muitos desafios – e o primeiro deles é pouco falado em nossa sociedade. Saber lidar com equilíbrio emocional e a dosagem certa diante de tantas atividades ao mesmo tempo, como empreender e cuidar da família e da casa é realmente uma luta diária.
Há mães
que se sentem culpadas por não estarem com seus filhos a maior parte do tempo.
Por isso, encontrar um equilíbrio sobre sentimentos como esse é o que nos
mantém fortes e determinadas. Quando damos um tempo de qualidade para o filho,
não precisamos estar necessariamente o dia todo com ele. Uma vez que a atenção
seja suprida de uma forma atenciosa, conseguimos concentrar amor, carinho e
educação satisfatoriamente. Com certeza, a prole se sentirá amada e atendida,
contanto que seja respeitado o devido descanso após a jornada de trabalho.
Essa
questão surge exatamente porque, cada vez mais, as mães têm se tornado
empreendedoras. Elas estão vencendo o medo de apostar e se dedicar aos negócios
também, ao ultrapassar barreiras e dúvidas sobre se, de fato, dão conta das
atividades muitas vezes dobradas e até triplicadas. Há muito a se conciliar
entre a maternidade e a vida profissional, o que é bom e deve ser cada vez mais
saudável.
Penso que
a maternidade deve ajudar a vida da mulher a melhorar em vários sentidos.
Embora muitas mães adiem a hora de dar à luz em função da carreira, é
necessário ter uma visão positiva da maternidade. O mercado de trabalho pode
ser injusto com as mulheres nesse sentido, mas elas não podem se deixar levar
pela apreensão e devem organizar a vida de acordo com as suas necessidades,
cobrando posições justas e adequadas ao que precisam. Não se calar é a
principal dica!
Por sua
vez, quando as mulheres conquistam um bom patamar para exercerem a maternidade
com dignidade e segurança, o fato de ser mãe pode e deve impulsioná-la para o
empreendedorismo. A vida de uma empreendedora, é importante lembrar, pode
fornecer horários mais flexíveis em comparação a uma carga horária obrigatória.
Para as que têm carteira assinada, direitos específicos devem ser cobrados e
exercidos, como os períodos de férias compatíveis com as crianças, entre
outros.
Por sua
vez, ser mãe e empresária permite traçar caminhos a serem seguidos por outras
mulheres. Temos que planejar a vida por esse viés, motivadas por histórias
positivas que nos façam avançar.
As
mulheres trabalhadoras nesse segmento estão mais desafiadas a inovar. Temos,
por exemplo, o home office, que permite que as mães estejam em casa perto da
família e exerçam uma profissão. Há outros vários exemplos de adaptação das
mulheres nesse sentido que enriquecem suas vivências.
Portanto,
no mês das Trabalhadoras e do Dia das Mães, que nossas histórias mútuas possam
nos fortalecer a seguir em frente rompendo as barreiras com empreendedorismo e
criatividade.
Isabela Brisola - advogada previdenciária, fundadora do escritório
Brisola Advocacia e empreendedora.
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