Sempre que me deparo com os números sobre o endividamento no Brasil, me espanto. Não tem como considerar normal que 79,3% dos lares do país estejam endividados. E isso não é fala minha, é resultado de pesquisas. Esse dado eu tirei de um levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Claro que num país onde o desemprego é alto, hoje
ainda temos quase 9% da população economicamente ativa sem emprego, não é
difícil entender o endividamento. Mas agora eu pergunto: quando foi diferente?
Quando o desemprego foi baixo? E quando o poupar entrou na tabela de gastos e
entradas do brasileiro?
Ter um planejamento de gastos e um controle do orçamento
familiar é fundamental. Pode ser no papel, no excel ou mesmo em algum
aplicativo. O que não pode deixar de existir é um controle recorrente das
despesas. Porque é aí que se descobre os exageros e se identifica as
oportunidades de economia.
Veja o caso do uso do 13º salário, muitos já
receberam a primeira parte e aguardam ansiosos o restante, e para que? Para
pagar dívidas. Notou que as dicas dos economistas são quase sempre para usar
esse dinheiro extra na quitação de débitos. É claro, a maioria está endividada
e quando esse é o cenário não tem como fugir. Caso tivéssemos um
planejamento financeiro não seria assim, pois poupar estaria na tabela de
destino do dinheiro.
O RH de algumas empresas, já atento a esse quadro,
começa a oferecer planos de controle financeiro como um benefício humanizado a
seus funcionários. Isso é fantástico, além de garantir o futuro de seus
colaboradores garante, por tabela, que eles tenham mais foco no trabalho, mais
produtividade, menos turnover e menos noites de sono perdidas. A recente
pesquisa Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro, encomendada pela
Serasa e produzida pelo Instituto Opinion Box, mostra que 83% dos endividados
têm dificuldade para dormir por conta das dívidas; 78% têm surtos de
pensamentos negativos devido aos débitos vencidos e, dentre vários outros
apontamentos, 74% afirmam ter dificuldade de concentração para realizar tarefas
diárias.
O empoderamento financeiro muda a vida das pessoas.
É preciso mudar a relação das pessoas com o dinheiro, independentemente da
renda mensal de cada um. Por meio de (re) educação financeira e com a ajuda de
planejadores financeiros é possível conquistar o equilíbrio das finanças e o
bem-estar pessoal.
Lucas
Radd - sócio-fundador e CEO da Rufy, plataforma
de saúde financeira, destinada para pessoas e empresas, interessadas em
oferecer o sistema como benefício aos colaboradores.
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