Para o escritor
palestrante Alexandre Slivnik, as metodologias oferecem mais comodidade,
redução de gastos e podem, dependendo da cultura da empresa, aumentar a
produtividade de colaboradores
A rotina de sair de casa e ir trabalhar em um
escritório sempre foi a mais comum na vida de qualquer trabalhador. No entanto,
com a pandemia, a ascensão do home-office e do modelo de trabalho
híbrido aconteceu de forma avassaladora, fazendo com que muitas pessoas e
empresas adotassem de vez esse padrão.
De acordo com Alexandre Slivnik, vice-presidente da
Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), que realiza
cursos e palestras há vinte anos, a liberdade é um dos principais fatores que
chama a atenção de jovens trabalhadores. “As pessoas mais novas têm uma
necessidade maior de liberdade, de inovar, de fazer e tomar as suas próprias
decisões. É importante que as empresas entendam que muitos jovens não querem
mais ser controlados por horas de trabalho, pois isso afeta diretamente sua
motivação. Uma empresa que quer trazer os jovens talentos para perto dela,
precisa da liberdade para que eles criem e façam projetos, sendo reconhecidos e
recompensados pelos seus esforços”, revela.
Para que essas pessoas voltem a ter interesse em
trabalhar presencialmente, é necessário contar com algum diferencial que eles
não possam encontrar em casa. “Como o ambiente de trabalho tradicional é pouco
convidativo para os jovens, é preciso criar uma atmosfera inovadora. Os líderes
devem estar abertos para conversar e é preciso ter um ambiente onde as pessoas
possam se divertir, com momentos de lazer e troca de conhecimento. Afinal, se
for para sentar em frente a uma mesa das 8 às 18 horas e ir embora, não faz
sentido. É preciso criar uma rotina diferente daquela que ele teria se
estivesse dentro de casa”, pontua o palestrante.
Segundo Slivnik, mesmo com o crescimento no número
de empresas que estão adotando o trabalho híbrido, algumas gigantes do mercado
se mantêm mais conservadoras por diversos motivos. “O Elon Musk, por exemplo,
anunciou que todos os colaboradores da Tesla e da SpaceX devem trabalhar
presencialmente no escritório. Ou seja, há empresas que exigem uma cultura mais
próxima, que tenha um comando e controle maior. Por outro lado, outras oferecem
mais liberdade. A aceitação do trabalho híbrido está diretamente relacionada à
cultura interna das empresas”, declara.
No entanto, o vice-presidente da ABTD acredita que
as empresas que adotam o modelo híbrido devem disponibilizar um ambiente
corporativo para que, se necessário, os colaboradores possam sair de suas casas
para trabalhar. “É importante que as organizações não obriguem os seus
colaboradores a ficarem nas suas casas, oferecendo um espaço para que, caso
haja algum problema, eles possam dar continuidade ao seu trabalho sem se
preocupar, diminuindo impactos na produtividade e a entrega de resultados”,
relata.
Para Alexandre Slivnik, o modelo híbrido beneficia
aqueles que administram uma jornada dupla entre trabalhar e realizar outras
tarefas em casa. “Não há nenhum problema em parar por um momento para cuidar
dos filhos, fazer o almoço ou realizar de outros afazeres. O mais importante é
ter foco nos projetos e no impacto que esse trabalho terá na vida das pessoas
que o cercam”, relata.
De acordo com o palestrante, são diversas as
vantagens que o modelo de trabalho híbrido apresenta. “A liberdade de escolha
entre trabalhar em casa ou no escritório é fundamental. Isso reduz custos tanto
para empresa quanto para os colaboradores, que não têm gastos com transporte, o
valor empregado em alimentação é reduzido e existe uma comodidade maior, tendo
em vista que o colaborador não irá gastar horas para se deslocar de casa para o
trabalho, aumentando, consequentemente, a produtividade. Além disso, as
empresas que adotam essa filosofia contam com uma menor rotatividade, afinal,
quando os trabalhadores se adaptam ao modelo híbrido, valorizam mais a
companhia e não querem sair, com receio de não encontrar a mesma flexibilidade
em outros ambientes”, finaliza.
Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias na área de palestras e treinamentos (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da FIA / USP. Palestrante e profissional com mais de 20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, EUROPA, ÁFRICA e ÁSIA, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston / EUA). www.alexandreslivnik.com.br
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