Chegamos ao final
de 2021, novamente um ano atípico e marcado por uma crise sanitária mundial que
se iniciou em 2020, impactando o mercado e o dia a dia das pessoas em diversos
sentidos. O digital, que já se consolidava há alguns anos, ganhou ainda mais
força e acelerou sua expansão por conta do confinamento, e a tendência é que
continue a crescer nos próximos períodos.
A pandemia elevou
os investimentos em marketing digital e mudou o comportamento dos consumidores,
como podemos perceber com os dados apontados neste artigo, que utiliza como
fontes as análises de SMO Survey, eMarketer e WSI. Embora a maior parte das
informações apuradas diga respeito aos Estados Unidos e à América do Norte,
elas funcionam como guia para as mudanças que já vemos ou veremos em pouco
tempo no Brasil, pois os americanos costumam ser pioneiros no segmento.
De acordo com
projeções do The CMO Survey, haverá um crescimento médio de 14,7% nos
investimentos de marketing digital para os próximos 12 meses, comparado com
apenas 5% no Marketing offline. Para aplicar essa verba, as empresas focam em 4
recursos principais: otimização do site (77,4%), mídia paga e SEO (69%), data analytics
e IA (65,7%), plataformas digitais e outras tecnologias (61,6%).
Um estudo da
eMarketer, o Chief Marketing Officer Leadership Vision 2022, determinou que 83%
dos CEOs pretendem aumentar investimentos no digital, o que confirma fortemente
essa previsão. No entanto, cabe mencionar que apenas 46% pensam em aumentar
investimento de marketing de modo geral, o que confirma um redirecionamento dos
gastos em marketing offline para online. Outra tendência é ampliar as
responsabilidades do profissional de marketing (antes conhecido como Chief
Marketing Officer), que passa a ser Chief Connecting Officer, com maior
interação com outras áreas da empresa e mais responsabilidades de gestão e
coordenação das atividades digitais entre as áreas.
Está claro que os
investimentos em marketing digital devem crescer para acompanhar as tendências
de mercado. Porém, como direcionar essa verba em ações que gerem resultados
efetivos? De acordo com nossas análises na WSI, o conteúdo continuará tendo um
papel importantíssimo em 2022, mas determinados formatos terão maior
popularidade. Os vídeos curtos, em novas plataformas como TikTok, tornaram-se
mais atrativos em 2021 e tenderão a receber ainda mais atenção dos consumidores
nos próximos 12 meses. Outro método que se consolida é o conteúdo ao vivo nas
redes sociais, que se tornou popular em vários nichos de mercado, com
plataformas como Twitter Spaces.
Você pode achar
graça no novo nome “Meta” que o Facebook escolheu para sua empresa, mas isso é
um prenúncio do que está por vir. O conceito de metaverso - essencialmente um
universo digital - entrou em cena em 2021 e logo entrará no mundo dos negócios.
Acreditamos que isso será verdade já em 2022.
Em paralelo com a
ampliação desse universo digital, os avanços científicos em vacinas e
tratamentos para COVID-19 nos levam a projeções otimistas sobre a volta de
estratégias voltadas ao marketing de experiência. Depois de um longo período de
confinamento, todos ansiamos por mais contato, e isso se estende ao momento de
compra. Proporcionar momentos marcantes, em que o cliente em potencial possa
captar qualidades de produtos e serviços com seus sentidos, é benéfico para
qualquer marca. Embora a pandemia tenha acelerado o crescimento do marketing
digital, esperamos que todos possam também ampliar suas possibilidades offline,
tanto no mercado quanto na vida, em 2022.
Caio
Cunha - Presidente da WSI Master Brasil, co-Fundador da WSI Consultoria e
membro do Global WSI Internet Consultancy Advisory Board. Com mais de 25 anos
de experiência na indústria de tecnologia, atingiu cargos executivos de alto
nível, em grandes empresas multinacionais como PWC (com clientes IBM e Unisys),
SAP e Hitachi Data Systems, no Brasil e no exterior.
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