Drones, predição guiada por satélites, sementes, fertilizantes e máquinas de última geração, além de softwares que aumentam os potenciais das empresas num período de crescimento exponencial e resultados fora do comum. Definitivamente, o agro é cada vez mais high tech e exige tecnologias focadas em pessoas. Quando o empresário do setor precisa implementar ferramentas para modernizar sua empresa, como deve preparar a equipe para essa mudança?
É aí que nós, gestores de mudanças (GMOs), entramos
com nossa expertise para promover e traduzir a inovação na companhia, de forma
suave e sem provocar abalos. Afinal, são milhões em investimento na
implementação de sistemas ERPs como, por exemplo o SAP S/4HANA, além de
upgrades que exigem um time afinado na recepção.
Não podemos fazer esses movimentos sem explicar
para o cliente do agronegócio que a tecnologia é 30% do que vai acontecer e os
outros 70% dependerão muito das pessoas que vão apertar o botão da tecnologia
depois. A inovação é o meio pelo qual será feita uma alteração na chave da
empresa, mas quem vai fazer o movimento são as pessoas. O atendimento neste
âmbito depende do mindset da equipe, se mais disruptivo ou não. Se a resposta
for positiva, fica um pouco mais fácil.
Depois que conseguimos abrir essa porta, temos o
entendimento sobre o fit cultural do segmento e suas
particularidades. A conexão com o cliente é que dará as cartas nesses momentos,
porque não há um modelo de prateleira a ser escolhido – o que deu certo em uma
empresa não vai, necessariamente, dar certo em outra. A implementação é
modelada caso a caso, de acordo com as características de cada cliente na
transformação que ele requer, conforme a sua maturidade, valores, região e
histórico. É necessário fazer a transformação com cuidado e respeito pela
cultura do cliente.
A resistência às mudanças precisa ser feita em
parceria com a área de recursos humanos do agronegócio. É muito aporte de
tecnologia no campo, mas nem sempre o RH recebe o mesmo aporte, fazendo com que
nosso trabalho próximo a ele seja estratégico no estabelecimento de pontes,
visando um melhor ritmo no desenvolvimento das pessoas. Se vamos aportar mais
tecnologia, precisamos ter um time melhor preparado para um ambiente de
negócios competitivo.
Entre as características do agronegócio que
influenciam nosso trabalho, está, portanto, a necessidade de também se investir
no RH, para que seja uma área mais preditiva e que possa, de fato, ser uma
sustentação de um setor em crescimento constante, desenvolvendo a liderança
para suportar essa transformação e gerando senso de pertencimento no time.
Em processos como esses, a relação de confiança é
imprescindível e o cliente precisa perceber que estamos lá para construir algo
juntos. Buscamos ter uma linguagem próxima ao seu universo, a fim de
descomplicar a tecnologia e extrair o que há de melhor para ajudar na realidade
da empresa. A ideia é que estejamos lado a lado com o executivo e os
colaboradores quebrando paradigmas, ultrapassando barreiras e casando propósitos.
Estamos em um projeto para implementação do SAP
S/4HANA e percebemos o quanto a mudança impactará as pessoas. De nossa parte,
como GMOs, é muito importante que o cliente participe ativamente deste
movimento e cabe a nós mostrar claramente os motivos de desejar a mudança,
fazer uma boa leitura de seu cenário e manter uma atitude de acolhimento e
reciprocidade.
Pavimentar o caminho sem solavancos, mas de maneira
que se compreenda o benefício do que está sendo feito no final do dia é nosso
objetivo. Essas empresas, especialmente as que estão implementando ou almejam
implementar um novo sistema, estão cada vez mais high tech em um
ambiente de crescimento que vai além das projeções estipuladas. Por isso, a
decisão da mudança deve ser pautada, conforme os próprios líderes reconhecem,
pela sustentabilidade que o processo garante a longo prazo em um segmento
bastante pragmático quanto a resultados como é o do agronegócio.
Lucia Teles - GMO no segmento de agronegócio da Gateware.
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