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Embora a probabilidade seja menor do que em outras
práticas, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) também podem ser
adquiridas por meio do sexo oral desprotegido. De acordo com a Pesquisa
Nacional de Saúde (PNS), divulgada em 2021 pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), apenas 22,8% das pessoas acima de 18 anos no
Brasil declararam fazer uso do preservativo em todos os tipos de prática sexual
que tiveram nos últimos 12 meses anteriores à entrevista.
Raul Silva, consultor da GUM,
marca americana de cuidados bucais, afirma que doenças, como herpes, HPV,
sífilis, gonorreia e, menos comumente, o HIV, são enfermidades que podem ser
contraídas durante as relações sexuais orais, apesar de a mucosa bucal dispor
de uma barreira natural. “Normalmente, a contaminação pode ocorrer quando
existem microfissuras na boca e pele adjunta. Além disso, essa região também
reflete sintomas de algumas doenças sistêmicas, mesmo que não tenham sido
transmitidas por essa via, como a candidíase recorrente, por exemplo”.
De acordo com o profissional, dentre os principais
sintomas ocasionados por essas enfermidades, é preciso se atentar ao surgimento
de bolhas, verrugas, secreções amareladas, feridas dolorosas que não cicatrizam
e líquido branco espesso ao redor da mucosa das bochechas e no dorso da língua.
“Esses sinais precisam ser examinados o quanto antes, para que haja um
diagnóstico precoce e um prognóstico favorável. Outro ponto importante é que a
testagem periódica deve se tornar um hábito, para manter a qualidade de vida
sexual e proteger o parceiro”, declara.
Mesmo que a essencialidade do uso da camisinha durante o
sexo oral não seja de conhecimento e aceitação da maior parte das pessoas,
fazendo com que sua transmissão cresça numericamente, o uso do preservativo é
indispensável. Nos casos de aparecimento de feridas e verrugas, existem
cuidados para as fases das doenças, como pomadas para alívio da dor e medidas
de cauterização.
“Algumas dessas infecções são perenes e apresentam
sintomas ao longo da vida do paciente, sendo fundamental realizar tratamento
constante e ter acompanhamento médico e odontológico”, conclui. Com a medicação
adequada, o portador pode deixar de transmitir a doença e permanecer sem
sintomas por muitos anos.
Por fim, é necessário ter em mente que para garantir a
saúde bucal em dia, a higienização constante é imprescindível. A escovação
realizada três vezes ao dia, acompanhada do uso do fio dental, evita o
surgimento de outras doenças e problemas dentários, facilitando o processo de tratamento
das ISTs.
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