A Claritromicina foi incorporada entre as opções ofertadas para pessoas com a doença
Pacientes com hanseníase resistentes
a medicamentos já ofertados na rede pública passam a contar com um novo
tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O antibiótico Claritromicina
já é utilizado no SUS para o tratamento de outras patologias, como infecções de
vias aéreas superiores e inferiores, infecções na pele e tecidos moles, entre
outros, e agora passa a fazer parte do rol de medicamentos para tratamento da
hanseníase.
A ampliação considera casos
resistentes ao medicamento rifampicina, com ou sem resistência associada à
ofloxacino. O novo medicamento é também recomendado pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) para o tratamento da hanseníase resistente a outros medicamentos. A
doença afeta principalmente pele e nervos periféricos, podendo causar
complicações a longo prazo.
O relatório de recomendação da
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde
(Conitec), recebeu parecer favorável após passar por consulta pública. O
Ministério da Saúde recebeu contribuição e sugestões de gestores, profissionais
da saúde, pacientes, familiares, assim como pesquisadores em saúde.
TRATAMENTO
NO SUS
Atualmente, pacientes com
hanseníase resistente a medicamentos são tratados no SUS, habitualmente, com
poliquimioterapia (PQT) - tratamento que combina três medicamentos:
rifampicina, dapsona e clofazimina usado por um período de até 24 meses. Após
as primeiras doses dessas medicações, o indivíduo já não transmite mais a
doença, porém, é necessário concluir o tratamento para que ocorra a cura
completa e sejam evitadas reincidências e novas contaminações.
Em uma pequena quantidade de
pacientes, entretanto, a hanseníase se torna resistente à rifampicina. Para
esses casos, o Ministério da Saúde, em suas Diretrizes para vigilância, atenção
e eliminação da hanseníase como problema de saúde pública, preconiza a troca da
rifampicina por minociclina ou ofloxacino – substância que também pode provocar
resistência.
HANSENÍASE
A hanseníase é uma doença
infectocontagiosa que pode afetar qualquer pessoa. Ela costuma acometer a pele
e os nervos periféricos e se manifesta pela diminuição ou perda da
sensibilidade. Com isso, a doença faz com que a pessoa não tenha sensação tátil
de calor, ou mesmo de dor, nas partes afetadas.
A doença também provoca manchas na
pele, placas ou caroços em qualquer parte do corpo e diminuição da força
muscular nas mãos, pés e face. A transmissão ocorre principalmente pelas vias
aéreas superiores, por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa
suscetível com uma pessoa doente.
Luiza Barufi
Ministério
da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário