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sábado, 9 de janeiro de 2021

SUS ofertará novo tratamento para pacientes com hanseníase

A Claritromicina foi incorporada entre as opções ofertadas para pessoas com a doença

 

Pacientes com hanseníase resistentes a medicamentos já ofertados na rede pública passam a contar com um novo tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O antibiótico Claritromicina já é utilizado no SUS para o tratamento de outras patologias, como infecções de vias aéreas superiores e inferiores, infecções na pele e tecidos moles, entre outros, e agora passa a fazer parte do rol de medicamentos para tratamento da hanseníase.

A ampliação considera casos resistentes ao medicamento rifampicina, com ou sem resistência associada à ofloxacino. O novo medicamento é também recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o tratamento da hanseníase resistente a outros medicamentos. A doença afeta principalmente pele e nervos periféricos, podendo causar complicações a longo prazo.

O  relatório de recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), recebeu parecer favorável após passar por consulta pública. O Ministério da Saúde recebeu contribuição e sugestões de gestores, profissionais da saúde, pacientes, familiares, assim como pesquisadores em saúde.


TRATAMENTO NO SUS

Atualmente,  pacientes com hanseníase resistente a medicamentos são tratados no SUS, habitualmente, com poliquimioterapia (PQT) - tratamento que combina três medicamentos: rifampicina, dapsona e clofazimina usado por um período de até 24 meses. Após as primeiras doses dessas medicações, o indivíduo já não transmite mais a doença, porém, é necessário concluir o tratamento para que ocorra a cura completa e sejam evitadas reincidências e novas contaminações.

Em uma pequena quantidade de pacientes, entretanto, a hanseníase se torna resistente à rifampicina. Para esses casos, o Ministério da Saúde, em suas Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da hanseníase como problema de saúde pública, preconiza a troca da rifampicina por minociclina ou ofloxacino – substância que também pode provocar resistência.


HANSENÍASE

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que pode afetar qualquer pessoa. Ela costuma acometer a pele e os nervos periféricos e se manifesta pela diminuição ou perda da sensibilidade. Com isso, a doença faz com que a pessoa não tenha sensação tátil de calor, ou mesmo de dor, nas partes afetadas.

A doença também provoca manchas na pele, placas ou caroços em qualquer parte do corpo e diminuição da força muscular nas mãos, pés e face. A transmissão ocorre principalmente pelas vias aéreas superiores, por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível com uma pessoa doente.

 


Luiza Barufi

Ministério da Saúde


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