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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Rinoplastia na Quarentena? Listamos o que é importante considerar!

Médico especialista aponta os principais mitos e verdades desta cirurgia que teve aumento na procura

 

A quarentena em todo o mundo tem aumentado a procura pela Rinoplastia que é conhecida popularmente como cirurgia plástica no nariz, procedimento realizado para melhorar desproporção entre o nariz e a face. Ela também pode ser feita em conjunto com outras técnicas para melhorar a respiração, como em pacientes que necessitam fazer a correção do septo nasal ou a retirada de parte dos cornetos nasais (carne esponjosa). Porém, essa técnica pode gerar muitas dúvidas.

 Dito isto, o otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo, Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci, explica o que é mito ou verdade sobre esse assunto.

A cirurgia pode ser realizada em qualquer idade. Mito!
O ideal é que seja realizada após o segundo estirão da criança que corresponde por volta dos 15 anos de idade para as meninas e 16 anos para os meninos, pois é quando se atinge a forma nasal de adulto, e, além disso, o próprio paciente já tem uma melhor compreensão sobre as possibilidades e expectativas do procedimento.

Não é indicado o uso de piercings na região após a realização do procedimento. Verdade!
A orientação é que isso não seja feito, já que existe o risco de queloide, deformação ou infecção na região operada. Na dúvida, vale conversar com o médico para que ele dê a orientação mais adequada.

O otorrinolaringologista é um especialista que pode realizar esta cirurgia. Verdade! O otorrino especializado em Rinoplastia está apto para realizar essa técnica, já que lida frequentemente com as estruturas nasais. Muitas vezes, no mesmo procedimento é possível agregar a correção de problemas respiratórios e, com isso garantir uma melhora estética nasal e funcional.

 Os resultados da Rinoplastia são imediatos. Mito! Assim como em qualquer outra cirurgia estética facial, o paciente precisa ter paciência e seguir a risca as orientações sugeridas pelo seu médico no pós-operatório, pois o resultado final aparece por volta de seis meses após o procedimento, porém com um mês já ocorre uma melhora drástica, sendo possível ter um ideia de como ficará o resultado final.

 O procedimento não deixa cicatriz aparente. Verdade! Quando realizada a técnica fechada, não deixa cicatriz evidente no paciente, pois os cortes necessários para a realização do procedimento são pequenos e na maioria das vezes são feitos nas partes menos expostas da pele, porém existe a técnica aberta, na qual, o paciente apresenta uma discreta cicatriz em região da columela, quase imperceptível quando bem executada.

 É fundamental estar ciente dos cuidados no pós-operatório. Verdade!
  Os resultados de uma Rinoplastia não dependem somente do médico, mas também do comportamento da paciente durante o pós-cirúrgico. Por isso, o indicado é não tomar sol durante um a dois meses, manter repouso durante sete dias, evitar assoar ou esfregar o nariz, não usar óculos até que seja autorizado, entre outras indicações do especialista que devem ser seguidas rigorosamente.

É possível identificar quem se submeteu a uma Rinoplastia. Mito! Desde que o procedimento seja realizado por um especialista que tenha competência e entendimento do que seria o seu resultado ideal não é possível ver que a pessoa fez a cirurgia. O importante é sempre respeitar a harmonia do rosto do paciente.

 A Rinoplastia pode ser realizada mais de uma vez. Verdade! Quando o primeiro procedimento, seja por questão estética ou funcional, não atinge a expectativa desejada pelo paciente, pode ser realizado um segundo procedimento, chamado de Rinoplastia secundária ou de reparação. 

 



Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci –  Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo, Membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologista e Cirurgia Cérvico-Facial e da Comissão de Comunicação da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Doutorando pela Ohio State University (OSU/USA) e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.Sócio da Clínica Dolci - Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo.


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