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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Processos de sucessão no Brasil têm solução?

O Brasil é reconhecido por não tem um histórico muito bom quando ao assunto é sucessão. Geralmente, os processos sobrevivem até a segunda geração. Mas essa questão tem solução? O especialista Marcelo Arone ensina três passos básicos para quem está passando por essa situação.


Segundo Marcelo Arone, headhunter e especialista em recolocação executiva, o Brasil não tem o melhor cenário para sucessão. Entretanto, essa realidade pode ser modificada se olharmos para o futuro das empresas de forma mais profissional e menos provinciana: “o jovem de hoje sabe o que quer, e nem sempre é o que a família espera dele”, explica o especialista.

Marcelo afirma que “as empresas que passam por um plano de sucessão sobrevivem até a segunda geração”. É um período curto, especialmente quando estamos falando sobre as expectativas paternas: “muitos pais sonham que seus filhos levem adiante as empresas que eles construíram. Infelizmente, essa não é bem a realidade que vivemos hoje”.

Entre os principais separadores entre sonho e realidade estão a falta de preparo das novas gerações e as diferenças de vocação com o advento das novas tecnologias. “Talvez hoje, tenhamos uma capacidade maior de abraçar diferenças. Mas, até algum tempo atrás, pais analógicos e filhos tecnológicos enfrentaram muitas dificuldades para conciliar suas posições nas empresas”, lembra ele.

O headhunter lembra que “as gerações dos nossos pais e dos nossos avós tinham o dever de assumir a empresa ou o negócio da família, mas essa não é a realidade de hoje. Os jovens querem assumir o comando de seus futuros, que nem sempre serão dentro do seio familiar”.

Marcelo dá algumas dicas para um processo de sucessão bem feito:

  1. Conhecer seus possíveis sucessores, sejam filhos, sobrinhos, netos, entender se eles querem fazer parte da empresa;
  2. Realizar um diagnóstico para entender quais são as habilidades de cada herdeiro;
  3. Preparar e capacitar esse profissional, caso ele deseje mesmo continuar o negócio.

A questão é: “não é porque é da família que o talento ‘está no sangue’. É preciso conscientizá-la sobre suas habilidades e é preciso que ela entenda que não é uma brincadeira, ou mesmo um estágio, é um caminho a ser escolhido, de fato, e há muito em jogo, do nome da família às, muitas vezes, centenas de pessoas que dependem da companhia para sobreviver”, finaliza.

 



Marcelo Arone - Headhunter, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH, com 12 anos de experiência no mercado de capital humano. Formado em Comunicação e Marketing pela Faculdade Cásper Líbero, com especialização em Coach Profissional pelo Instituto Brasileiro de Coaching, Marcelo já atuou na área de comunicação de empresas como Siemens e TIM, e no mercado financeiro, em empresas como UNIBANCO e AIG Seguros. Pelo Itau BBA, tornou-se responsável pela integração da área de Cash Management entre os dois bancos liderando força tarefa com mais de 2000 empresas e equipe de 50 pessoas. Desde então, se especializou em recrutamento para posições de liderança em serviços, além de setores como private equity, venture capital e empresas de Middle Market, familiares e brasileiras com potencial para investidores. Já entrevistou em torno de 8000 candidatos e atendeu mais de 100 empresas em setores distintos.

OPTME Consultoria em RH

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