Especialistas se reúnem para responder questões do dia a dia
Muitas perguntas podem
surgir no decorrer do dia. E algumas são mais comuns do que se imagina.
Provavelmente, na hora de efetuar uma transferência bancária, você optou pelo
DOC ou TED, sem saber exatamente por quê. Ou trocou o óleo do carro, sendo que
o mais indicado seria completar.
Dúvidas comuns, mas que nem sempre temos a resposta na hora. Por isso, reunimos especialistas para responder algumas dessas perguntas sem rodeios!
Confira:
O certo é biscoito ou
bolacha?
Com vários formatos,
tamanhos e sabores, além de indispensável na hora do café da manhã, esta
delícia também sabe ser polêmica: afinal, o certo é biscoito ou bolacha? A
Marilan, marca especialista em biscoitos, explica que biscoito vem da junção
das palavras em latim “bis” (duas vezes) e “coctus” (cozido). A técnica de
assar o alimento duas vezes é o que garante suas características, como a
crocância e durabilidade.
Já o termo bolacha
surgiu de “bolo”, do também latim “bulla”, que tem significado de “objeto
esférico”, com sufixo “acha”, que quer dizer diminutivo. Uma curiosidade é que
“biscoito” entrou primeiro na língua portuguesa, talvez por isso ele seja mais
popular. No entanto, “bolacha” é muito utilizada no Sul e em São Paulo, mas
ainda há regiões que convivem com as duas palavras. Segundo a empresa, as
palavras são sinônimas, a preferência se dá por conta de regionalismos e
costumes.
Móveis de MDF ou MDP?
Tanto MDF quanto MDP são
compostos de madeiras reconstruídas, ambas comercializadas em forma de chapas
prensadas com resina, como se fosse uma massa de bolo. Essas têm espessuras
diversas, que variam entre 3 a 25 mm. Apesar do MDF ser um material mais popular,
ambos têm seu valor.“Se construiu um mito de que o MDP é um material de
qualidade ruim, o que não necessariamente é verdade. Não existe material
melhor. O MDF é mais recomendado para casos de arredondamento e usinagem – ou
seja, baixo relevo; enquanto o MDP é um material mais econômico e leve,
recomendado para cortes retos”, explica Ana Toyama, gerente de desenvolvimento
e design da Mobly, startup de móveis e decoração.
Ela completa que a
diferença entre eles está na composição dos materiais. Enquanto o MDF é formado
por fibras, o MDP é formado por partículas – o que permite uma fixação mais
firme de parafusos.
Realizar um DOC ou TED?
Na hora de realizar
algum tipo de movimentação financeira, com certeza você já se deparou com as
siglas DOC e TED. Apesar de ambas serem modalidades de transferência de
dinheiro, cada uma possui finalidades e regras diferentes. João Felipe Ramos de
Souza, gerente executivo de inovação e canais digitais do Banco Cetelem, ajuda
a explicar os principais detalhes de cada uma.
Caso não haja urgência
para o recebimento do dinheiro, o ideal é seguir com o DOC. “A principal
diferença entre DOC e TED é que, ao fazer uso do DOC, o beneficiário da
transação irá receber o dinheiro no próximo dia útil ao depósito”, afirma João
Felipe. “Além disso, o DOC é bastante utilizado para realizar transferências de
uma instituição bancária para outra”. O serviço permite a transferência de até
R$ 4.999,99.
Por outro lado, caso
haja necessidade de a transferência ser consolidada no mesmo dia, a melhor
opção é usar o TED. “Essa modalidade permite que sejam depositados valores até
R$ 5.000,00, que ficam disponíveis na conta do beneficiário em menos de 30
minutos”, explica João Felipe. Outra característica é que o TED costuma ser
utilizado para transferências em que a conta de destino é do mesmo titular. As
tarifas para os dois tipos de transação variam conforme o banco e o pacote
contratado pelo usuário.
Trocar ou completar o
óleo do carro?
Já se deparou com a
dúvida sobre trocar o lubrificante do carro ou apenas completá-lo? Para
esclarecer como saber qual a melhor conduta a seguir, Marcelo Capanema, Diretor
de Assistência Técnica Américas da PETRONAS, orienta que o recomendado é
conferir regularmente o nível do lubrificante no motor. Para isso, o motor deve
estar frio e o veículo em piso plano. O manual também traz o passo a passo de
como realizar essa medição.
Caso o nível esteja
abaixo do recomendado antes do momento da troca, deve-se completar até o nível
indicado com o mesmo tipo de lubrificante utilizado na última troca. Capanema
reforça ainda que é possível o nível de lubrificante abaixar com o uso,
conforme descrito em alguns manuais de fabricante, mas se a variação for maior
do que o previsto, isso pode indicar possíveis problemas mecânicos no motor.
“Nesses casos, deve-se levar o veículo a um mecânico de confiança”, indica.
“Consumo de lubrificante acima do previsto pelo fabricante é também mais comum
em veículos antigos ou com alta quilometragem, devido a possíveis desgastes das
peças do motor, aumentando as folgas por onde ele passa”.
Importante ressaltar que
é indicado sempre seguir a recomendação do fabricante do veículo em relação ao
período de troca do lubrificante, disponível no manual do proprietário. “Os
valores giram em torno de 10.000 km ou 12 meses, mas depende do fabricante do
veículo. Ao final do período recomendado, deve-se realizar a troca completa do
lubrificante e do filtro também”, explica.
Optar por uma limpeza ou
higienização?
Neste período de
pandemia, as recomendações são de ampliar os cuidados de higiene e evitar
aglomerações, além do uso obrigatório de máscaras. Mas, de que forma podemos
saber se a limpeza removeu os microorganismos, como o vírus do Covid-19, e
estamos seguros? Qual o melhor método para garantir eficiência na proteção,
limpeza ou higienização? E de que forma elas devem ser feitas? Para responder a
essas dúvidas, o Diretor Executivo da divisão de Saúde da Verzani &
Sandrini, empresa líder em prestação de serviços, explica a diferença entre os
métodos.
A limpeza é a remoção da
sujeira de superfícies. Se utilizar um produto químico no processo convencional
de limpeza, com esfregação e enxágue, há redução de até 60% de microbiologia e
de 95% dos resíduos. Somente a limpeza não é o suficiente para eliminar vírus e
bactérias. Já o processo de desinfecção de um ambiente consiste no uso e na
aplicação de algum desinfetante, produto que busca eliminar das superfícies 99%
dos germes, bactérias e vírus, assim como o novo coronavírus. “É importante
destacar que, para que o processo impossibilite o vírus de agir é preciso um
tempo médio de contato de 10 minutos. Para isso utilizamos produtos feitos à
base de cloro, álcool ou hipoclorito de sódio”, afirma Maurício Almendro,
Diretor executivo da divisão de Saúde da Verzani & Sandrini.
A higienização, por outro lado, corresponde ao processo que
envolve a limpeza seguida da desinfecção. “É o método mais completo e indicado
para ser feito em ambientes residenciais e empresas em geral, se o objetivo for
estar livre de riscos de infecção”, explica.
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