Embora alguns implantes ajudem na perda de peso e na redução da celulite, hormônios não devem ser prescritos para fins estéticos. Lembre-se: efeitos secundários podem ser bons, ou ruins.
Vamos começar pelo nome: esqueça o termo “chip da
beleza”. Primeiro, porque não se trata de um chip, mas sim de implantes, que
são tubos de material inorgânico utilizados como uma via de administração de
medicamento. Depois, porque a informação de que esse implante está relacionado
à beleza não tem qualquer apoio da medicina ou de estudos clínicos.
O nome “chip da beleza” surgiu com o uso da
gestrinona, medicamento muito usado no tratamento de endometriose, e que
apresenta como efeito secundário uma ação androgênica, ou seja, aumenta os
níveis de testosterona no organismo.
Observou-se então que o implante de gestrinona pode
auxiliar a mulher a ter seu metabolismo acelerado e a melhorar seu perfil de
musculatura e massa magra. Associada a exercícios físicos e dieta correta, o
hormônio permite uma melhor definição do corpo, perda de peso e diminuição da
celulite. Ainda, o “chip da beleza” melhora a disposição e aumenta a libido.
Mas é bom lembrar que assim como qualquer implante
hormonal, o “chip da beleza” também pode apresentar efeitos colaterais negativos.
No caso da gestrinona, é possível citar maior oleosidade e queda de cabelo
(calvície), acne, aumento de retenção hídrica (inchaço), sangramento irregular,
entre outros.
Assim, a gestrinona deve ser utilizada apenas para
cumprir seu papel primário, que é o de tratar doenças como endometriose,
adenomiose, miomatose (miomas), tensão pré-menstrual (TPM), reposição hormonal
da menopausa, ou mesmo como método anticoncepcional.
Dr.
Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela
Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São
Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual.
Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia,
videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; (pólipos, miomas),
doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser,
radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso
genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de
beleza, menstruação, pílulas, Diu...). Mais informações podem ser obtidas
pelo canal no YouTube e também pelo Spotify ou pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/
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