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terça-feira, 14 de julho de 2020

Instituto Estáter e Sociedade Brasileira de Infectologia anunciam primeira fase da campanha "alert(ar)" para conscientização de sintoma silencioso da COVID-19


A iniciativa visa chamar a atenção sobre a importância de acompanhar os níveis de saturação de oxigênio no sangue (oximetria) para um diagnóstico precoce da doença e evitar a chamada ‘hipóxia silenciosa’ nos pacientes, especialmente de grupos de risco

O Instituto Estáter (IE) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) anunciam um acordo de cooperação para atuação conjunta na primeira etapa da campanha "alert(ar)", que visa à conscientização sobre a importância de se medir e monitorar os níveis de saturação de oxigênio no sangue (oximetria). A iniciativa tem como objetivo apoiar o enfrentamento à pandemia da COVID-19 para reduzir a mortalidade e internação em UTIs, principalmente nas comunidades mais vulneráveis e grupos de risco.
A campanha "alert (AR)" surgiu a partir da constatação, por meio de uma base de dados e análises do IE, de que grande parte dos óbitos por COVID-19 no mundo ocorreu fora das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Esses estudos mostram que parcela importante das mortes nesta pandemia, bem como a sobrecarga nas UTIs, tem sua origem na hipóxia silenciosa, doença que se caracteriza por não ter sintomas perceptíveis - o paciente não se queixa da falta de ar, mas apresenta a queda no nível de oxigênio sanguíneo. De acordo com os dados, grande parte dos infectados ou morre ou chega em estado muito crítico aos hospitais, aumentando a demanda por internação em UTIs, uso de respiradores e também o tempo de recuperação.
"A experiência internacional mostra que pacientes com perda de oximetria constatada precocemente podem ser submetidos a métodos mais simples e menos invasivos de oxigenação ministrados ou apenas clinicamente ou em leitos de enfermaria, etapa anterior ao tratamento intensivo, com recuperação mais rápida", diz Clovis Arns da Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.
O Instituto Estáter compila desde o início da pandemia uma base de informações de mais de 20 países diretamente de fontes primárias como ministérios da saúde ou secretarias de estado. As curvas de mortalidade por hipóxia silenciosa no mundo mostram que a medição do oxigênio das populações mais vulneráveis poderia ser um dos caminhos auxiliares para detecção e tratamento precoces da doença proporcionando uma redução importante na mortalidade.
"Mais de 70% das mortes por COVID-19 no mundo ocorrem fora as UTIs", informa Pércio de Souza, fundador do Instituto Estáter. "Por isso, estabelecemos uma aliança baseada em protocolos e referências científicas, com atuações estruturadas, para agir de forma coordenada e reunindo recursos para apoiar os esforços e planejamento do sistema de saúde, assim como levar informações para a população por meio de suas entidades representativas e veículos de comunicação", completa.

Fase 1 e Fase 2
A campanha "alert.(ar)" terá duas fases distintas. A primeira fase, anunciada hoje, tem a missão de disseminar a informação de que medir o nível de oxigênio no sangue pode ser uma das medidas mais eficientes para o diagnóstico precoce da doença. Além de conscientizar a população, essa primeira fase da campanha visa trazer parceiros e entidades da sociedade civil para que a segunda fase, a de implementação, ocorra de forma planejada e abrangente.
O reconhecimento da importância da iniciativa já reúne apoio institucional de empresas como O Boticário, Embraer, Gol, Grupo Ultra, Klabin e banco Voiter, assim como entidades da sociedade civil organizada (terceiro setor) como a CUFA (Central Única das Favelas) e o Todos Pela Saúde, além de entidades como Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) e Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) - todas mobilizadas para apoiar institucionalmente a campanha por meio de sua difusão e, numa segunda etapa, de operacionalização do projeto.
Caberá à SBI, em todo o projeto, estabelecer orientações médicas que permitam o acompanhamento seguro da oximetria nas comunidades e os parâmetros para as situações de hospitalização. O Instituto Estáter, por sua vez, atuará no planejamento e logística necessários para a implementação do programa assim como na busca de alternativas para a implementação do plano de ação, além de realizar, em conjunto com SBI, a análise dos dados coletados.

Instituto Estáter - Criado em 2010, o Instituto Estáter tem como objetivo de investir em projetos de responsabilidade social focados na educação, na promoção da autoestima e no desenvolvimento de crianças e adolescentes de comunidades carentes ou que se encontram em situações de vulnerabilidade social. O Instituto tornou-se uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) em abril de 2012. Desde sua criação, o Instituto Estáter já investiu mais de R 5 milhões em diversos projetos.
Pércio de Souza - Sócio-fundador da Estáter Assessoria Financeira, formado em engenharia civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), iniciou sua carreira em 1984 na área corporativa do Citibank. Em 1992, seguiu para o BBA, onde se tornou sócio, diretor estatutário e responsável pelas áreas de mercado de capitais, fusões e aquisições e pela corretora da instituição. Fundou o Instituto Estáter em 2010.

Sociedade Brasileira de Infectologia - Fundada em 1980, é uma entidade civil, sem fins lucrativos e de caráter científico, composta por médicos especialistas. Com abrangência nacional, encontra-se presente em 24 estados do país. O objetivo da SBI é promover o desenvolvimento da especialidade de Infectologia - que se dedica à prevenção, ao diagnóstico, ao tratamento e à cura das doenças infecciosas - bem como os intercâmbios científico, técnico, cultural e social entre seus associados e profissionais da área. A SBI possui diretrizes específicas para promover o desenvolvimento da especialidade, promove permanente atualização e estudos referentes à especialidade, sob diversas atividades para o aperfeiçoamento profissional dos infectologistas. A entidade defende os interesses profissionais dos especialistas em Infectologia e colabora com autoridades governamentais e entidades congêneres, nacionais ou internacionais, em assuntos pertinentes à Infectologia. Desde sua criação, a SBI tem atuado em conformidade com as demandas da sociedade brasileira, desempenhando papel fundamental na discussão dos principais problemas de saúde pública do país.

Clovis Arns da Cunha - atual presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, é professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Infectologia pela Universidade de Minnesota (EUA) e consultor médico na área de antibióticos.


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