Criada
pela Altox, ferramenta pioneira no país proporciona economia e agilidade
para a área de P&D, além de deixar de lado os tradicionais testes com
animais, que causam controvérsia
O uso de animais em testes durante a pesquisa de novos
produtos por parte da indústria é um tema cada vez mais controverso no Brasil e
em outros países. Em busca de uma alternativa, a Altox, empresa pioneira no setor de toxicologia na América
Latina, desenvolveu uma plataforma online capaz de minimizar a prática.
Chamada de iS-Tox® (In Silico Toxicology Platform), a
ferramenta utiliza inteligência artificial para avaliar o nível de toxicidade
de compostos utilizados em cosméticos, medicamentos e produtos agrícolas, por
exemplo, sem a necessidade de síntese da substância química, e por meio de um
banco de dados que inclui milhares de parâmetros nacionais e
internacionais.
“Além de ser a única ferramenta brasileira que proporciona o
processo de triagem in silico de modo remoto (com várias características
específicas para o mercado local), é inovadora
por ser o primeiro laboratório virtual
de toxicologia em tempo real da América Latina. Pelo amplo histórico de atuação
e experiência acumulada no uso de ferramentas, vários diferenciais competitivos
foram implementados, desde a friendly interface ao report
altamente transparente, com design gráfico moderno e facilmente interpretável”,
explica Carlos dos Santos, diretor técnico da Altox e mestre em Saúde Pública
pela USP.
Ele ressalta ainda que a criação da plataforma é um avanço
científico não só para o Brasil, mas em esfera mundial. Outro ponto positivo da
iS-Tox® é a praticidade. “É um procedimento rápido e fácil de ser realizado, já
que as empresas não precisam ter um laboratório próprio, demandando apenas a
inserção de dados das moléculas a serem avaliadas (estrutura química e dados
das moléculas) e comunicação com o laboratório virtual”, complementa Santos.
Plataforma inovadora
A iS-Tox® foi desenvolvida ao longo de dois anos por uma
equipe composta por especialistas, empresas e núcleos de pesquisa de
universidades. O projeto de pesquisa foi aprovado no edital da Pesquisa e
Inovação Tecnológica/PIPE FAPESP de 2016. “Nosso próximo passo é fechar
parcerias com empresas de diferentes ramos para que a plataforma consiga
revolucionar os processos de segurança e eliminar o teste com animais em
pesquisa e desenvolvimento de novos produtos”, afirma Santos.
A ferramenta é altamente eficaz e precisa, com dezenas de
modelos preditivos, com posicionamento igual e em alguns casos superior aos de
outras ferramentas disponíveis internacionalmente, conforme estudos
independentes realizados em consórcios internacionais. A iS-Tox® permite testar
vários riscos, como potencial para irritação da pele, toxicidade, irritação dos
olhos, toxicidade do fígado, sensibilização, alergia, entre outros.
A plataforma é escalável o que permite implementar
rapidamente novos núcleos específicos para atender normas de segurança
que possam surgir para avaliação de moléculas.
Teste com animais
Não existe uma lei nacional que proíba o uso de animais em
testes de novos cosméticos ou medicamentos. Mas oito estados brasileiros
promulgaram leis que não permitem essa prática. São eles: SP, MS, AM, PR, PA,
MG e RJ.
Embora números oficiais sobre o uso de animais em testes no
Brasil sejam ainda desconhecidos, segundo informações da ONG Cruelty Free
International, hoje no mundo são utilizados cerca de 115 milhões de animais em
testes de novos produtos.
Quando o assunto é
a proibição dessa prática, os países da União Europeia estão na vanguarda.
Desde 2009, todas as nações da comunidade não permitem esse tipo de prática.
Além disso, em
2013, foi proibida a importação de produtos de empresas que incluem animais em
seus testes. Já gigantes como China e Estados Unidos ainda não possuem legislação
específica sobre o assunto.
Sobre a Altox: Empresa brasileira que é referência nacional em toxicologia,
oferecendo tecnologias alternativas de segurança de ingredientes e produtos
para diversas indústrias, como de cosméticos, farmacêutica e agro.
Desenvolvedora da plataforma iS-Tox® (In Silico Toxicology Platform), que é pioneira
no Brasil e, por meio de inteligência artificial, avalia o potencial de toxicidade
e ecotoxicidade de compostos, sem a necessidade de síntese da substância,
permitindo dessa forma racionalizar os tradicionais testes com uso de animais.
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