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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Pessoas com deficiência têm direito a atendimento odontológico especializado


 Cirurgiões-dentistas especializados conseguem garantir a saúde bucal de pessoas com deficiência considerando suas limitações e dependências


A higiene bucal deve fazer parte da rotina diária de todas as pessoas que buscam ter um sorriso e um corpo saudáveis. Isso não muda para pessoas com restrições de locomoção e movimento ou alta sensibilidade e desconforto causados por transtornos. Esses obstáculos, no entanto, podem aumentar a dificuldade de realizar tarefas essenciais para a saúde bucal como simples a escovação e uso do fio dental.  

O Censo mais recente, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, indica que 23,9% da população brasileira apresentam algum tipo de deficiência física, mental, intelectual ou limitação funcional. Em números absolutos, essa porcentagem representava, à época do levantamento, 45,6 milhões de habitantes. 

Nesse cenário, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) aponta os benefícios de um atendimento especializado, considerando as necessidades de cada paciente. 

Adriana Gledys Zink, presidente da Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais do CROSP, explica que o(a) cirurgião(ã)-dentista especializado, que possui conhecimento para adequar o tratamento e métodos ao indivíduo com deficiência, deve realizar uma anamnese criteriosa e avaliação prévia. Além disso, o consultório deve ser adaptado para garantir a acessibilidade. 

“É preciso atentar-se à necessidade especial do paciente e se adequar durante o tratamento, seja aplicando um posicionamento diferente, ajuste de medicação ou utilizar uma manobra específica a depender do tipo de tratamento”, diz. 

Ainda segundo a especialista, manter um acompanhamento odontológico regular cresce em importância para pessoas com deficiência, levando em consideração que muitas condições de boca comprometem o paciente sistematicamente e agravam sua saúde em geral. “O(a) profissional precisa estar inserido na equipe multidisciplinar de acolhimento ao paciente com deficiência”, afirma a presidente. 


A família é importante para garantir a saúde bucal 

Nem todas as pessoas com limitações são dependentes, conseguindo realizar sua rotina de higiene bucal e demais atividades sem dificuldades. No entanto, ao tratar aqueles que dependem de um suporte a mais, a família ou comunidade de apoio entram como parte essencial para a manutenção da saúde bucal. “A relação paciente-família-profissional deve ser muito próxima. Se a família não for colaboradora não teremos sucesso no tratamento”, ressalta Adriana. 

Além de garantir que a família esteja a par do tratamento, o cirurgião-dentista também pode realizar adequações de certos materiais ou de abordagem, dando melhores condições ao paciente de realizar sua higiene bucal. No caso de crianças - segundo o levantamento do IBGE 7,5% dos brasileiros até 14 anos têm uma deficiência diagnosticada - explicações lúdicas podem ajudar os pequenos a seguirem as recomendações do profissional. “Para pacientes com autismo, por exemplo, usamos pistas visuais com o passo a passo para a escovação, que funcionam muito bem”, finaliza a presidente. 

No site do CROSP - http://www.crosp.org.br - é possível encontrar autoridades em Odontologia para PCD, além de diversas outras especialidades.


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