Os medicamentos à base de canabidiol (CBD) não
contêm efeitos psicoativos e ajudam no bem-estar dos pacientes que tratam
desses distúrbios
No mês em que se comemora o
Dia das Crianças, além das festividades e dos presentes, é importante alertar
sobre as melhorias na qualidade de vida do público infantil, que sofre com
doenças crônicas e transtornos mentais em todo o mundo, a partir dos
tratamentos à base de canabinóides.
Entre os distúrbios
neurológicos mais frequentes na infância estão, por exemplo, a epilepsia e o
autismo, e ambos podem ser tratados por meio do canabidiol. “É importante
esclarecer que o tratamento à base de CBD não contém efeitos psicoativos, já
que o canabidiol não provoca alterações de percepção ou de humor, nem causa
dependência. O extrato da Cannabis Sativa (planta medicinal)
tem atuação no sistema nervoso central, intervindo de forma benéfica em algumas
vias de inflamação, comunicação celular e produção de neurotransmissores que
podem levar a melhora dos sintomas dessas patologias”, diz Gabriela Gonçalves,
diretora médica da Ease Labs.
Ela explica que no caso da
epilepsia, o tratamento na dosagem certa tende a reduzir, significativamente, o
número de crises por dia, proporcionando uma melhora da qualidade de vida do
paciente e, consequentemente de toda a família. “No tratamento do autismo, o
medicamento à base de CBD, pode ajudar na interação social da criança e
contribuir para que ela fique mais tranquila”, comenta Gabriela.
A capacidade dessas
substâncias de melhorar a qualidade de vida pode justificar ainda a sua
indicação na luta contra o câncer infantil. “Os tratamentos oncológicos são, em
geral, muito agressivos à saúde, especialmente às crianças que são mais
sensíveis. Estudos comprovaram que os canabinóides reduzem os efeitos
colaterais comuns da radioterapia e da quimioterapia como por exemplo dor, náuseas
e vômitos, sendo assim, o uso dessas substâncias pode ser indicado também para
tais pacientes”, explica Gabriela.
A médica orienta porém, que
o tratamento à base de CBD não exclui o tradicional, mas pode sim ser uma
alternativa terapêutica a diferentes comorbidades. “É importante esclarecer que
os medicamentos à base de canabidiol não curam doenças, mas os benefícios da
sua utilização para diversas patologias já estão cientificamente comprovados”,
comenta Gabriela.
Além disso, ela reforça que,
assim como qualquer outro tipo de tratamento, o uso medicinal dos derivados da
Cannabis deve ser recomendado e acompanhado por um médico. “É essencial seguir
as orientações médicas e comprar somente medicamentos prescritos, com segurança
e qualidade garantida”, reforça.
Legislação
Desde 2015, o uso
terapêutico do canabidiol é liberado no Brasil, mas os medicamentos devem ser
importados. Atualmente, além da receita médica, para adquirir produtos à base
de canabidiol, é preciso solicitar a autorização da Anvisa para importar.
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