Exageros em atividades físicas desgastam o corpo e a mente e reduzem
imunidade
O Overtraining - ou treinamento em excesso – é uma síndrome que
demonstra, através de um conjunto de sintomas, que seu corpo passou do limite
suportado, diminuindo assim sua performance em treinos e competições. Exageros
nas práticas físicas se tornaram mais recorrentes, na busca por atingir objetivos
pessoais e superar os próprios limites. E certos cuidados precisam ser
considerados.
Os sintomas podem ser fisiológicos, como extremo cansaço, queda na
imunidade, perda de sono durante a noite, sono em excesso durante o dia, ou
aumento no número de lesões. Também, podem ser psicológicos, como apatia,
depressão, irritabilidade e até mesmo abandono do esporte.
Treinar demais, ou em volume exagerado em um único dia, aumenta o
estresse muscular e articular, causando alterações no sangue, no metabolismo e
diminuindo sua performance e sua imunidade. Além disso, pode causar, no longo
prazo, até mesmo depressão. Treinar em excesso desgasta o corpo, fazendo com
que ele não consiga responder ao estresse, nem combater infecções às quais
estamos expostos.
Além do treino, outro fator a ser observado é o descanso. Sem ele,
acaba-se favorecendo o Overtraining. O ideal para atletas profissionais, ou de
alto rendimento, é dormir de 8h a 10h por dia. Para quem corre ou treina por
prazer, o ideal são 8h, pelo menos. Sem o sono adequado, ocorre o acúmulo de
estresse.
Esse estresse gera produção maior de cortisol, que não é absorvido
durante a noite e impede algumas reações metabólicas no corpo, no longo prazo,
levando a lesões provocadas pela maior contratura muscular e o aumento da
pressão arterial.
É importante procurar um médico especialista em Medicina Esportiva para
aconselhar e evitar que se chegue neste ponto. O diagnóstico desses casos deve
ser feito baseado em exames sanguíneos, testes psicológicos e da experiência do
médico envolvido.
Dr. Leandro Gregorut Lima - ortopedista,
especialista em joelho, ombro e cotovelo, na Clínica MOVITÉ e no Hospital Sírio
Libanês. É especialista em Medicina Esportiva pela Sociedade Brasileira de
Medicina do Exercício e do Esporte. Já atuou como médico da Seleção Brasileira
Feminina de Handebol. Graduado pela Faculdade de Medicina da USP, possui título
de Ortopedia e Traumatologia, além de especialização em Cirurgia do Ombro e
Cotovelo pelo IOT - HC - FMUSP. É membro da Sociedade Brasileira de Medicina
Esportiva; do The American College of Sports Medicine; da Sociedade Brasileira
de Cirurgia de Ombro e Cotovelo; e da Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia.
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