Regulamentada no
país no final dos anos 1960, a TO tem se tornado cada vez mais popular nos
últimos anos
O terapeuta ocupacional é o profissional da área da
saúde responsável por trabalhar a reabilitação humana focada nas ocupações, ou
seja, tudo o que o ser humano faz no seu dia a dia, como: comer, fazer a
higiene pessoal, estudar, trabalhar e realizar diferentes tarefas. O objetivo é
promover a autonomia e independência dessas pessoas que, por razões
específicas (doenças ou acidentes), apresentam dificuldade de cumprir seus
papéis ocupacionais na sociedade.
A busca pela Terapia
Ocupacional tem se mostrado cada vez maior com o passar dos anos. Segundo a
coordenadora do curso no Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), Professora
Mestre Claudia Scolari, isso acontece por diversos fatores: o crescimento da
população acometida por doenças ou sofrimentos mentais, como a depressão, o
ganho de força em discussões como humanização e/ou reabilitação ao trabalho, o
autismo, o aumento do número de idosos, a inclusão de pessoas com deficiência
em escolas regulares e as cotas para deficientes em empresas.
“A Terapia Ocupacional busca entender a pessoa como
ela é, com as suas limitações, dificuldades, habilidades e potenciais. Os
indivíduos e familiares que, de repente, se veem doentes ou precisando cuidar
de entes queridos provavelmente terão várias ocupações alteradas, sendo assim,
o terapeuta ocupacional se faz cada vez mais importante na vida das pessoas”,
conta.
Para exercer a profissão, é necessário ter um
diploma de bacharel. A faculdade
tem duração de quatro anos e abrange disciplinas como anatomia humana, cinesiologia,
farmacologia, patologia e saúde mental. Os interessados precisam gostar de
trabalhar com pessoas, ter afinidade pela área da saúde e muita empatia. Quanto
ao mercado de trabalho, ele está cada vez mais aquecido, pois a demanda é muito
maior do que o número de profissionais que se formam e atuam no país.
Ficou interessado pela profissão? Então, confira
algumas curiosidades.
1. O terapeuta ocupacional trabalha
também com a adaptação de objetos para o paciente, a chamada tecnologia
assistiva. Além de
trabalhar a parte motora e social diretamente com o próprio paciente, o
terapeuta ocupacional é responsável por desenvolver e confeccionar produtos
personalizados com o objetivo de aumentar a funcionalidade dessas pessoas em
suas atividades diárias, proporcionando-lhes mais independência. Esse recurso é
chamado de tecnologia assistiva, que pode ter soluções simples ou altamente
tecnológicas.
2. O profissional não trabalha
apenas a parte motora, mas também as partes mental e social do indivíduo. Dependentes químicos, pessoas em
presídios, com dificuldades de interação social, déficit intelectual ou que são
acometidas por doenças mentais também podem se beneficiar da terapia
ocupacional. “Quando recebemos indivíduos com essas características nós
buscamos entender quais são as limitações que eles apresentam e criamos um
plano de tratamento, que pode incluir tanto algo simples como pegar um ônibus
quanto a inclusão no mercado de trabalho”, completa Claudia.
3. O terapeuta ocupacional é
responsável também por avaliar e corrigir as relações familiares do paciente. Muitas vezes, os familiares
acabam se apropriando da atividade diária do sujeito com o intuito de ajudar,
interferindo ou dificultando o desenvolvimento de sua independência. “Quando o
profissional avalia que o paciente tem condições cognitivas e motoras para
realizar as tarefas diárias, mesmo que com as adaptações, mas a família acaba
tirando o papel ocupacional do sujeito ao realizá-las por ele, a intervenção se
faz necessária”, diz a Professora Claudia.
4. O consultório não é a única área
de atuação do profissional que pode trabalhar também em hospitais e UTIs
neonatais, centros de reabilitação física, com atendimento domiciliar, escolas,
ONGs, presídios, empresas privadas e ainda em serviços públicos como CEREST
(Centro de Referência e Saúde do Trabalhador), APAEs (Associação de Pais e
Amigos dos Excepcionais), CAPS (Centro de Atenção Psicosocial) e INSS
(Instituto Nacional do Seguro Social), entre outros.
FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha. www.fsg.edu.br
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