Presente no Brasil desde 2016, a Nutrientes Para
Vida (NPV) é uma iniciativa que possui visão, missão e valores análogos aos da
coirmã americana, a Nutrients For Life. O objetivo é esclarecer e informar a
sociedade sobre os benefícios dos fertilizantes (ou adubos) na produção dos
alimentos, bem como sobre sua utilização adequada.
Este tipo
de esclarecimento é essencial, se considerarmos que há muita desinformação
sobre o tema. Como dizia uma antiga propaganda, com o manejo adequado do solo,
tudo no Brasil, se “adubando, dá”.
Os
nutrientes são a base da cadeia alimentar. “São eles, que regulam o metabolismo
da planta, que formam a base da produção vegetal para alimentar diretamente o
homem ou o gado e, consequentemente, alimentar indiretamente o homem com
proteína animal”, afirma Dr. Hélio Grassi Filho, Professor Titular do
Departamento de Nutrição Mineral de Plantas e Recursos Ambientais da Faculdade
de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho (UNESP), em Botucatu, SP.
Compreender
o ciclo que envolve a produção é essencial para a construção de um futuro de
fartura. Segundo o engenheiro agrônomo e florestal Dr. Valter Casarin,
Coordenador Científico da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), qualquer
adubo aplicado ao solo, seja ele mineral ou orgânico, “tem o propósito de
elevar o teor dos nutrientes dentro de patamares pré-estabelecidos pela
pesquisa e, assim, nutrir a planta adequadamente. Quando fornecemos esses
nutrientes em quantidades balanceadas ao solo, estamos beneficiando sua
fertilidade e promovendo a disponibilidade de alimento para as plantas. O uso
da fonte de adubo correta, na dose, local e época corretas é o caminho para
manter a sustentabilidade do sistema e o respeito ao meio ambiente”.
CLASSIFICAÇÃO
E DIFERENÇAS
As plantas
têm comportamento diferente dos humanos e de outros seres vivos. Enquanto os
animais, incluindo o homem, precisam consumir alimentos para sobreviver, as
plantas têm a capacidade de produzir a própria comida, por isso são chamadas de
autotróficas, (palavra grega que significa auto = próprio; e trofo = alimento).
De acordo
com o processo utilizado para produzir o alimento, podem ser classificadas em
quimiossintetizantes e fotossintetizantes.
Os
autótrofos quimiossintetizantes não necessitam de luminosidade para produzir a
própria comida, enquanto os seres autótrofos fotossintetizantes são os organismos
que possuem a capacidade de realizar fotossíntese, transformando energia
luminosa em química, exemplos: todas as plantas e algumas espécies de algas. Já
os seres heterótrofos (hetero = outro, diferente; trofos = alimento) são
conhecidos como consumidores porque não possuem a capacidade de fabricar seu
próprio alimento. Logo, necessitam se alimentar de outros seres.
Entre eles
estão os animais, inclusive os seres humanos, os protozoários, os fungos e a
maioria das bactérias.
O processo
pelo qual as plantas produzem seu alimento é chamado de fotossíntese e, em
geral, é feito através da combinação da luz solar, da água e do dióxido de
carbono (CO2), que depois de processado se transformam em açúcar e por meio
dessa substancia as plantas conseguem se alimentar. Essa é uma forma bem
simplista para explicar o processo da fotossíntese. É através da fotossíntese
que as plantas conseguem produzir alimentos para a sua sobrevivência.
A FORÇA DOS
NUTRIENTES NA NATUREZA
Os
nutrientes funcionam da seguinte maneira; as raízes absorvem a água e os
nutrientes. A mistura dos nutrientes e água formam a seiva bruta, a qual é
transportada para as folhas e caules através de vasos condutores chamado
xilema.
Principalmente
nas folhas são encontradas uma substância denominada clorofila e os estômatos
(estrutura que serve para absorver o gás carbônico (CO2) e ajudar na
fotossíntese).
Quando as
folhas recebem a água das raízes e o CO2 pelos estômatos, a clorofila entra em
ação para absorver toda a quantidade possível de luz solar. Depois da absorção
desses componentes, eles conseguem realizar um processo que transforma a
substância capturada em glicose e assim as plantas se alimentam.
Outro
produto produzido no processo da fotossíntese é o oxigênio. O oxigênio é liberado
para o exterior da planta e irá servir no processo de respiração dos animais
terrestres
COMO SE
COMPORTAM AS CARNÍVORAS
Porém, nem
todas as plantas se alimentam pelo processo da fotossíntese, existem alguns
casos especiais, como plantas carnívoras que se alimentam de animais como
aranha, sapo, lesma, mosca e passarinho.
A captura
de suas presas é feita através das suas folhas. A forma mais comum para
atraí-las é através de um cheiro atrativo que elas exalam. Quando as presas se
aproximam, ficam grudadas nas folhas, pois elas possuem um tipo de cola e o
animal não consegue se soltar.
Isso acaba
por ser a regra, mas outros tipos de plantas carnívoras conseguem abater suas
presas de modo diferente. Aquelas que não possuem a substância pegajosa,
prendem a presa por meio de uma espécie de boca.
Esse tipo
de planta possui um suco digestivo que ajuda a digerir os animais que foram
capturados, pois as presas se transformam em liquido e é bem mais fácil de ser
absorvido pela planta.
O
PARISITISMO NO MUNDO VERDE
As plantas
parasitas se alimentam com base nos nutrientes de outra planta. A absorção é
tamanha que às vezes chega a matar a outra planta, daí veio o nome de parasita.
Do mesmo modo que muitas estabelecem uma interação
com animais ou com fungos, também existem plantas que tem estreita relação com
outras plantas. São as plantas parasitas que perderam por completo a função
fotossintética. As folhas são desnecessárias e estão reduzidas a pequenas
escamas amareladas ou desapareceram por completo. A transpiração foliar é nula
e também os órgãos de transporte de água, como o xilema, são muito reduzidos ou
não existem, assim como as raízes. As plantas parasitas desenvolveram órgãos de
sucção especiais, que penetram na planta hospedeira, e roubam a seiva elaborada
pelo hospedeiro, assim, não há necessidade de realizar a fotossíntese.
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