Sete jogadores da seleção brasileira de futebol
foram criados apenas pela figura materna
Durante o maior torneio de futebol do Mundo, sete mulheres se
tornaram pauta de diversas matérias: Vera Lúcia de Jesus, Rosângela Fredda,
Magda Casemiro, Delane Alves, Maria Miranda, Erica Nascimento e Maria de
Lourdes Ramos. Elas são as mães de sete titulares da seleção brasileira de
futebol masculino que criaram seus filhos sozinhas. Segundo
levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 10
anos, o Brasil ganhou 1,1 milhão de famílias compostas por mães e filhos, que
somam 11,6 milhões famílias deste formato.
Diversas
mulheres provam todos os dias que apesar de não ser uma tarefa fácil, podem
conciliar carreira, vida pessoal e maternidade. Muitas delas ainda têm, seja
por opção pessoal ou por um afastamento paterno, mostrado que conseguem fazer
isso sem a presença do pai. Diante da realidade já constituída de que a
sociedade conta com outros modelos de família, elas criam seus pequenos de
forma independente e enfrentam muitos desafios contornados com muito amor e
responsabilidade.
De acordo
a psicóloga do Hapvida Saúde, Patrícia Guimarães, é possível criar os filhos
sem a presença paterna, mas a mulher não precisa estar sozinha nesta tarefa. “A
importância dos vínculos afetivos que a criança cria não apenas com a mãe, mas
também com o pai e outras pessoas que estão no seu convívio, constitui a
construção biopsicossocial e da personalidade, papel no qual as mães não
precisam estar solitárias”, salienta a especialista.
Segundo
Patrícia, grupos que rodeiam a criança contribuem para originar sua identidade.
É importante construir vínculos afetivos com indivíduos que podem ser um membro
da família - um tio, um irmão, o avô – ou alguém apenas próximo, como um amigo.
“O importante é construir um sentimento sincero e afetivo”, afirma a psicóloga.
O
conjunto de pessoas que fazem parte de uma infância proporciona suporte para
construção de conhecimento, sentimentos de confiança, capacidade afetiva,
física, cognitiva, ética, estética de inter-relação pessoal e a compreensão da
cidadania. Para as mães que assumem a missão, em meio às múltiplas tarefas,
será importante encontrar tempo também para ter uma vida pessoal, e não deixar
de encontrar e conviver com os amigos, além de fazer atividades que sejam
exclusivamente para si.
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