O ortopedista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália
Franco, Dr. Luiz Antonio Vianna Lopes, explica como o corpo funciona durante o
processo agressor
Sobrecarga de trabalho, mudanças na
rotina, tensões diversas, privação de sono e repouso, problemas
financeiros e sociais, entre outros fatores podem contribuir para um
quadro de estresse. De acordo com o Dr. Luiz Antonio Vianna Lopes, ortopedista
do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, o organismo passa por três
estágios e a atividade física é essencial para auxiliar o problema. “Primeiro o
agente agressor é reconhecido e o sistema neuroendócrino ativado. Depois entra
o estágio de resistência ou adaptação e, por fim, o de exaustão. Se o indivíduo
passa a se exercitar, os níveis de neurotransmissores noradrenalina e
serotonina aumentam, melhorando o humor; sem contar na redução da ansiedade e
liberação maior de endorfinas.”
Quando o corpo reconhece a mudança de
quadro, as glândulas passam a produzir e liberar os hormônios do estresse
(adrenalina, noradrenalina e cortisol), que aceleram o batimento cardíaco,
dilatam as pupilas, aumentam a sudorese e os níveis de açúcar no sangue, além
de reduzir a digestão e a libido. “Caso avance para o segundo estágio, podem
aparecer ulcerações no aparelho digestivo, irritabilidade, insônia, mudanças de
humor, depressão e diminuição do desejo sexual. Em relação às modificações cognitivas,
pode haver um decréscimo da concentração, deteriora-se a memória de curto e
longo prazo, a velocidade de resposta reduz, e aumentam os índices de erros, as
ilusões e os distúrbios de pensamentos”, complementa o especialista.
O sedentarismo é responsável por
alterações sistêmicas no organismo, como doença arterial coronariana, infarto
agudo do miocárdio, hipertensão arterial, câncer de cólon, câncer de mama,
diabetes tipo 2 e osteoporose. Na infância é ainda mais grave, sendo o
principal responsável pela obesidade juvenil, o que pode interferir no estado
geral de saúde e desenvolvimento de doenças neuroendócrinas,
neuromusculares, osteoarticulares, renais e cardiovasculares.
De acordo com o especialista, a
atividade física permite que a pessoa se supere aos poucos. “Por aumentar os
níveis dos neurotransmissores noradrenalina e serotonina, o estado de
humor melhora. Durante a prática, há um aumento da pressão arterial e da
frequência cardíaca, estimulando mais o hemisfério direito cerebral em relação
ao esquerdo, gerando respostas emocionais positivas como redução da ansiedade.
Dependendo da intensidade e duração do exercício, há uma maior liberação das
endorfinas, que atuam como neurohormônios e neurotransmissores.”
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