Para a orientadora emocional para mulheres Camilla
Couto, não existe amor incondicional, nem entre amigos, filhos, muito menos
entre casais. Saiba por quê.
Pelo dicionário, incondicional é um adjetivo que
significa “que não depende de, não está sujeito a qualquer tipo de condição,
restrição ou limitação; incondicionado”. Na linguagem dos relacionamentos, amor
incondicional é aquele que não cobra nada em troca. Será que esse tipo de amor
existe mesmo? Para a orientadora emocional para mulheres com foco em
relacionamentos, Camilla Couto, a resposta é não. E ela explica por que: “se
relacionamento é troca e o amor incondicional pode ser uma via de mão única,
ele não pode ser uma característica dos relacionamentos amorosos”.
Para ela, uma das principais características dos
relacionamentos saudáveis é o equilíbrio entre dar e receber: “o equilíbrio
media as relações e cria laços profundos e duradouros. Quando uma das partes
doa mais, cuida mais, cede mais, tolera mais, o desequilíbrio aparece. E aí,
quem deu demais se sente no direito de cobrar a conta do outro e quem recebeu
demais se sente em dívida. Nem precisamos falar sobre o estresse e a
dificuldade de permanecer numa relação assim”, enfatiza Camilla.
E quando o assunto é a relação mães e filhos, por
exemplo? “Se pararmos para pensar, até mesmo nesse tipo de relação há
condições. E a primeira delas é: amamos nossos filhos incondicionalmente
justamente porque são nossos filhos. Essa é uma condição! Ou será que amamos os
filhos do vizinho exatamente da mesma forma que amamos os nossos”? Mas não
amamos nossos filhos independentemente do que nos dão em troca? Segundo
Camilla, não: “e durante aqueles segundos ou minutos em que estamos bravas com
eles por não nos darem obediência em troca de todo o nosso amor, carinho e
atenção? Ou por serem diferentes daquilo que imaginávamos”?
Amor incondicional é algo que prescinde de um
desprendimento profundo. “Ainda estamos a anos luz de conseguir entender como
amar incondicionalmente e sem querer nada em troca. Somos conduzidas pelas
nossas próprias necessidades, nossos próprios desejos e, por isso, nossos
relacionamentos também têm ciúmes, possessividade, controle – características
totalmente opostas ao amor incondicional. Com nossos parceiros, construímos
relações baseadas na condicionalidade do afeto e do reconhecimento do amor”,
lembra a orientadora.
Para Camilla, é importante refletirmos sobre esse
assunto por duas razões: “para avaliarmos o quanto de nós estamos doando ao
outro e para entender que tipo de troca buscamos para a nossa vida”. Para ela,
o importante é observar nossas relações e não buscar o amor incondicional, mas,
sim, um amor equilibrado e maduro.
Camilla Couto - Orientadora Emocional para
Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e
fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora
emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8
anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog
amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e
dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre
esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez
mais.
Fonte: www.amarildas.com.br
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