Ação é
promovida pelo Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo e acontecerá das 10h
às 16h
Em celebração ao Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quinta-feira
(8), a unidade móvel do Programa Municipal de DST/AIDS (PM DST/AIDS), da
Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, estará no Parque da Luz, no
Centro da cidade, ofertando testes rápidos e gratuitos de HIV e sífilis. A ação
acontecerá das 10h às 16h.
“Essa é uma oportunidade da prevenção estar mais próxima da população, em
especial às mulheres. Pretendemos atingir também as profissionais do sexo da
região, que são um público vulnerável às infecções sexualmente transmissíveis
(ISTs)/HIV/AIDS”, diz Cristina Abbate, coordenadora do PM DST/AIDS.
Apesar da atividade ser focada para as profissionais do sexo, todos que
passarem pelo parque poderão se testar. Para realizar o exame, é preciso
primeiramente preencher um breve cadastro e depois coletar uma gota de sangue.
O resultado fica pronto em apenas 20 minutos e é dado por um profissional da
saúde em uma sala isolada. Todo o procedimento é sigiloso e gratuito.
Prevenção às mulheres
O Programa Municipal de DST/AIDS de São Paulo conta também com dois projetos de
prevenção às ISTs/AIDS voltados ao público feminino. Um deles é o “Elas por
Elas”, que trabalha com mulheres em situação de vulnerabilidade. São, por
exemplo, aquelas que sofrem ou sofreram violência doméstica e sexual. O outro é
o “Tudo de Bom!”, dedicado a fazer prevenção com profissionais do sexo e
mulheres trans.
Os projetos são compostos por agentes de prevenção que vão aos lugares de
convivência do público-alvo de cada projeto para fazer a distribuição gratuita
de preservativos masculinos e femininos e gel lubrificante. Eles também
entregam materiais informativos, orientam as pessoas sobre a Prevenção
Combinada às ISTs/AIDS e as referenciam para um serviço de saúde da Rede
Municipal Especializada (RME) em ISTs/AIDS de São Paulo para fazer testes,
retirar mais preservativos e buscar as Profilaxias Pós (PEP) e Pré-Exposição
(PrEP), por exemplo.
A visita a esses locais acontece, muitas vezes, fora do horário de
funcionamento dos serviços de saúde, já que alguns dos pontos de ação são em baladas,
festas e em encontros noturnos em praças. “Esse trabalho é fundamental para
ampliar a prevenção na cidade”, comenta Abbate.
O coordenador de prevenção do PM DST/AIDS, Adriano Queiroz, explica que esses
projetos atuam com a chamada educação entre pares, ou seja, “um agente de
prevenção que tem ciência do que aquela pessoa abordada já passou ou vive. Isso
gera identificação e potencializa os resultados da atividade”, comenta.
HIV/AIDS e sífilis em mulheres
De acordo com os últimos dados epidemiológicos, a cidade de São Paulo
registrou, em 2016, 5.193 casos de HIV/AIDS, dos quais 991 casos (19,1%) no
sexo feminino. A atual proporção é de um caso de AIDS em mulher para cada três
notificações em homens. Esse cenário se mantém desde 2010. Já em HIV, desde
2015, são cinco casos masculinos para cada caso feminino.
Em relação à faixa etária, as mulheres entre 35 e 39 anos (15,7%) concentram os
casos de AIDS e as mais jovens, entre 25 e 29 anos (16,7%), são a maioria dos
registros de HIV na capital.
Outro dado relevante é das mulheres que comercializam o sexo. Uma pesquisa de
2016 do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/AIDS e
das Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, em 12 cidades brasileiras revelou
que 5,3% das mulheres profissionais do sexo entrevistadas tinham HIV, sendo que
a prevalência na população geral é de 0,49%.
Sobre sífilis, a cidade de São Paulo registrou no ano retrasado 3.637 casos em
gestantes, dos quais 34% (1.254) evoluíram para sífilis congênita; ou seja,
quando a infecção passa da mãe para o filho.
“É por isso que é tão importante a mulher gestante fazer o pré-natal e,
consequentemente, se testar, par evitar esse tipo de infecção para a
criança”, diz Queiroz.
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