O que é ser
mulher? Entre tantas conclusões que podemos chegar acerca do que é ser mulher,
vemos que saímos de uma polaridade a outra. Toda a revolução feminina a
cobrança de igualdade de gêneros nos fez trafegar nos opostos das questões
relacionadas à independência, autossuficiência e justiça entre gêneros. E qual
seria o caminho para conquistar o equilíbrio feminino? Como ser independente
sem deixar de ser mulher?
Há pouco tempo
fiz alguns trabalhos de treinamento e orientação focados em como evitar
assédio. Me senti feliz por ajudar outras mulheres e ao mesmo tempo refleti
sobre como minhas dicas seriam interpretadas. Percebi que por medo de sofrer
algum tipo de abuso somos muitas vezes extremistas e até afastamos os homens.
Conversando com algumas mulheres vi que muitas têm dificuldade de discernir
entre o que é abuso e o que cuidado, paquera ou galanteio. É importante
estarmos atentas para impor nossos limites, entretanto isso não significa que
devemos anular a possibilidade de despertar o interesse de outras pessoas. Isso
quer dizer não generalizar, não deixar que o abuso de um proíba a gentileza do
outro.
A necessidade de
igualdade de classes nos faz muitas vezes ser muito duras. Esquecemos da nossa
delicadeza, do instinto feminino e da nossa feminilidade.
As decepções que
todas nós, mulheres, temos em alguma fase da vida, nos faz despertar, empoderar
e ir de um extremo ao outro. Criamos um orgulho que nos faz mover céus e terras
e assim declaramos a independência feminina. Essa honra as vezes nos fortalece
tanto que nos faz criar uma capa protetora que proíbe os outros de se
aproximarem verdadeiramente, não nos permite deixar ser cuidadas, precisar do
outro ou até mesmo falhar.
Existe uma linha
muito tênue entre se proteger e se permitir ser amada e é preciso ter cuidado
para não esquecer de deixar fluir a nossa essência de mulher.
Além disso,
muitas vezes a felicidade da mulher vem carrega de culpa. Criamos uma ideia de
que uma mulher de verdade é aquela que é uma boa mãe e esposa exemplar, que tem
a missão de cuidar dos outros e esquece de se cuidar, como se a prioridade para
si mesmo fosse motivo de culpa, e esquecemos nossas necessidade de atenção e de
cuidados.
O equilíbrio
entre a independência feminina e a feminilidade é uma busca constante que pode
parecer muito difícil, no entanto é muito simples. Basta estar sempre atenta
para distinguir entre igualdade de direitos e se deixar ser mulher. É ser forte
sem deixar de ser delicada. Pense nisso. Permita-se! Permita-se ser cuidada,
pedir ajuda, ser frágil, feminina, amada. Permita-se ser mulher.
Fabiana Carvalho Vinke -
especialista em life & business coaching e fundadora da Zoom Mind
Excelente texto, irmã!!!!
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