O medo do envelhecimento faz muitas pessoas
perderem a medida certa nas intervenções cirúrgicas
Há
situações na vida que não tem como adiar, é necessário encarar! O
envelhecimento é uma delas. Não tem como pular etapas, é necessário vivê-las.
Porém, muitos pensam que podem congelar o tempo, principalmente em se tratando
de corpo. Por isso, correm para as academias, tomam suplementos e vitaminas,
mudam a dieta alimentar e recorrem à cirurgia plástica para tentar - de alguma
forma - retardar os efeitos que as células, a pele e os músculos sofrem com a
idade.
De
fato, segundo o IBGE, a expectativa de vida dos brasileiros aumentou mais de 40
anos em 11 décadas, e os brasileiros estão vivendo muito mais. Por isso,
cresceu também a corrida pelo rejuvenescimento e por uma vida mais saudável.
Não há nada de errado nessas atitudes! Pelo contrário, saúde e bem-estar devem
ser mesmo os pilares para quem quer envelhecer com saúde. Porém, a busca
“doentia” pela perfeição na estética corporal não é saudável e deve ser olhada
com critério.
Ninguém
precisa ter medo da velhice e exagerar nos esmeros estéticos. Buscar
tratamentos que amenizem as rugas e a flacidez devem iniciar antes que elas
cheguem. Porém, se não tem mais jeito, a alternativa mais procurada é a
cirurgia plástica, que já é mais comum e acessível do que há 10 anos. “A
medicina evolui muito rapidamente e hoje as técnicas cirúrgicas estão mais
eficientes. Fazer cirurgia plástica deixou de ser um tabu e se tornou algo mais
comum e aceito pela maioria das pessoas. Além disso, os preços estão mais
acessíveis e há como negociar e parcelar o pagamento”, explica Arnaldo Korn,
diretor do Centro Nacional – Cirurgia Plástica.
Mas,
mesmo com toda essa facilidade e agilidade nos procedimentos, não dá para fazer
cirurgias plásticas exageradamente. Pois, o que era para ficar bonito pode
virar uma “aberração”. Atualmente não é difícil ver alguns atores – mais
expostos em TVs ou cinemas-, que simplesmente perderam os contornos naturais e
ficaram com “cara de manequim”, com rostos muito puxados e quase sem
expressividade e - em alguns casos - deformados, com boca, olhos ou cavidades
da bochecha desproporcionais ao restante do rosto. “Bons cirurgiões usam de bom
senso e sabem direcionar os seus pacientes a buscarem o rejuvenescimento de forma
equilibrada, sem excessos e exageros”, alerta Korn.
Pessoas
bem resolvidas aceitam a idade que têm - mesmo que queiram aparentar serem mais
jovens - e sabem que por mais que possam ficar mais bonitas e rejuvenescidas,
não podem perder a essência dos seus traços naturais. Caso contrário,
aparentariam ser outra pessoa e não elas mesmas. “A cirurgia deve chamar
atenção por aperfeiçoar e nunca - em hipótese alguma – por deformar. Todos
podem e devem recorrer aos procedimentos cirúrgicos.
Porém, é fundamental
escolher empresas e profissionais sérios e não caça-níqueis. Tudo deve ser
analisado, não somente o preço a ser pago”, completa o diretor do Centro
Nacional – Cirurgia Plástica.
Não há por que temer o envelhecimento e o
amadurecimento, pois são sinônimos de experiência e vivência. A vaidade
exagerada não pode eliminar a bagagem construída por uma vida bem vivida.
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