Não tem mais retorno: a inteligência artificial já
chegou ao mundo empresarial e social. E ao da advocacia também! Por isso, os
advogados têm que se adaptar à essa nova realidade. Para tanto, é necessário
mudar o mapa mental do curto prazo com que costumamos nos orientar. Na prática,
nossos clientes já estão há tempos lutando para compreender e dominar a
tecnologia de cognição em suas operações. E assim, num piscar de olhos, a
sociedade está se transformando rapidamente. Não apenas as práticas
empresariais, mas a forma como os consumidores adquirem seus serviços mudou
muito. O futuro já chegou, mas muitos de nós acreditávamos que essas
transformações levariam anos para chegar ao Direito – e ainda mais ao Brasil.
Deste modo, temos a obrigação de racionalizar dois
sistemas distintos. O primeiro são as oportunidades que nascem da adoção das
tecnologias de cognição nas mais diversas esferas de negócios e de como isso
atinge as pessoas. O olhar de curto prazo sugere reunir os advogados do
escritório e definir uma nova maneira de analisar o impacto econômico do que
está a ocorrer: no tributário, nas relações de consumo, nas fusões e
aquisições, enfim, faça a diferença, crie novas abordagens junto aos clientes e
construa o espaço para a sua carreira individual ou na advocacia.
A
segunda consideração é a mais crucial; até mesmo imediatista. Já ouvi muitos
dizerem coisas como “acabou a advocacia; viveremos a era do advogado robô!”.
Calma! A inteligência artificial não substituirá o advogado, mas estará ao seu
lado para ampliar de maneira incrível as habilidades de pesquisa, escrita e
modelos mentais comparativos – redefinindo os conceitos de produtividade a
índices de ficção cientifica, criando teias de novas ideias nas mais diversas
áreas do Direito moderno.
Essa
segunda análise é cheia de nuances. Sim, a tecnologia de cognição irá tirar
emprego e função dos profissionais que não atuam em nichos específicos, como
advocacia de volume. Jamais vai tirar de todos, mas daqueles menos preparados,
infelizmente. Advogados que não têm contato com o cliente (empresarial ou
pessoa física) podem deixar de ser estratégicos. Por isso, fiquem alertas! Ai
daqueles que nunca se preocuparam em buscar diferenciais na carreira. Que
julgam que não é necessário esforço para escrever e dar palestras; ou que não
têm tempo para isso – afinal, são coisas de professor... Para estes, a
tempestade já começou. Não apenas por conta da inteligência
artificial, mas pelo contexto de excesso de profissionais no mercado brasileiro
– disparado o maior do mundo. Trabalhos repetitivos, tarefas intermediárias ou
simples vão desaparecer em um piscar de olhos!
O
que fazer para estar alinhado com o novo olhar
A
inteligência de cada pessoa é única, mas não é por isso que pode se dar ao luxo
de ignorar o avanço impressionante da tecnologia de cognição no mundo jurídico.
Todos os que apostaram contra as revoluções tecnológicas perderam. Deve-se
utilizar a tecnologia de cognição para ampliar os horizontes e ter sucesso no
mais intrigante desafio dos novos tempos.
Procure
se orientar com os melhores profissionais. Desse modo, a inteligência artificial
poderá ajudar seu escritório a economizar e também a ganhar fortunas –
com menos estrutura e mais inteligência de mercado jurídico, social e
econômico. Um novo modo de atender clientes, de realizar pesquisas de um jeito
nunca antes imaginado, de apoiar a construção de teses jamais cogitadas, de
economizar milhares de horas.
Insisto:
o futuro chegou. Então, mexa-se!
Rodrigo Bertozzi - sócio da Selem Bertozzi Consultoria (www.estrategianaadvocacia.com.br);
especialista em negócios jurídicos e tecnologia de cognição. Autor de 19 obras,
entre elas: A Nova Reinvenção da Advocacia; Marketing Jurídico Essencial;
Advocacia – As Leis do Atendimento ao Cliente; A Era das Marcas Jurídicas e Marketing
Jurídico – O Poder das Novas Mídias. Co-fundador do Instituto Internacional de
Gestão Legal, Palestrante, Professor e Administrador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário