Semana passada, a Câmara dos Deputados liberou três
inibidores de apetite muito populares no Brasil: anfrepramona, femproporex e
mazindol. Essas substâncias tinham sido vetadas pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária, a Anvisa, em 2011, sob a alegação de que os riscos à
saúde são maiores que os benefícios. Agora o assunto volta à tona e, ao que
parece, questões políticas parecem se sobrepor aos interesses dos maiores
prejudicados com essa decisão: os pacientes.
A obesidade é um dos problemas mais graves da
atualidade. Estima-se que uma em cada três pessoas no mundo esteja acima do
peso. São cerca de 2,1 bilhões de pessoas. O número de obesos ou com sobrepeso
cresceu 70% em três décadas. O Brasil é o quinto país mais “pesado” do mundo,
com 26,2 milhões de pessoas, sendo 11,7% dos homens e 20,6% das mulheres. Um
nicho e tanto para as indústrias farmacêuticas fazerem riqueza com substâncias
que prometem um emagrecimento rápido e livre de sacrifícios.
Contudo, o que parece milagre logo revela efeitos
colaterais devastadores. Quem conhece alguém que já tomou inibidores de apetite
sabe que uma das maiores reclamações é o efeito rebote. O paciente, sem fome,
reduz drasticamente a ingestão de calorias e perde peso rapidamente. No
entanto, quando o tratamento é interrompido, o ganho de peso é quase que
imediato e, na maioria das vezes, os ponteiros na balança tendem a subir ainda
mais. Em vez de perder peso, a médio prazo, o paciente acaba é ganhando.
Além disso, esse tipo de medicamento pode induzir a
doenças cardiovasculares e transtornos psicológicos, já que essas substâncias
afetam diretamente o sistema nervoso central. Os prejuízos são tão grandes que
o manzidol está suspenso nos Estados Unidos e na Europa desde 1999. O
femproporex jamais foi autorizado nos Estados Unidos e está banido da Europa
também desde 1999. A anfepramona ainda é permitida nos Estados Unidos, mas está
proibida na Europa.
O grande cerne da questão é que a obesidade precisa
ser levada mais a sério tanto pelos pacientes quanto pelos médicos e
autoridades competentes. Ter um corpo saudável requer cuidados com alimentação
e atividade física permanentes. Lógico que há produtos que atuam como
importantes coadjuvantes nessa luta, como é o caso dos suplementos alimentares
nutracêuticos. Baseados em pesquisas científicas e novas tecnologias, eles são
compostos por extratos de plantas, frutas, algas e sementes com princípios
ativos capazes acelerar o metabolismo de forma natural e muito mais saudável.
Como não são “milagres” da poderosa indústria
farmacêutica, esses suplementos tem resultados um pouco mais lentos que as
anfetaminas, porém com a vantagem de ser uma eliminação permanente e não uma
perda momentânea. Se com anfetamina um paciente consegue emagrecer cerca de dez
quilos por mês, com os nutracêuticos associados à uma pequena reeducação
alimentar e uma curta rotina de exercícios físicos, é possível eliminar de
forma definitiva em torno de cinco quilos por mês.
O caminho pode ser mais longo, mas a recompensa,
sem dúvida, é muito maior. O paciente ganha saúde e não apenas perda de peso.
Com simples mudanças de hábito é possível ganhar não apenas um corpo mais
bonito como muito mais saudável, livre dos efeitos colaterais das anfetaminas.
Quando as pessoas finalmente entenderem que saúde se conquista no dia a dia,
esse tipo de medicamento não terá espaço nas casas de quem procura qualidade de
vida de verdade.
Daniela
Müller -
farmacêutica da Idealfarma, empresa que dedica-se à fabricação e distribuição
de extratos nutracêuticos, fitoterápicos, cápsulas gelatinosas e suplementos.
Idealfarma
www.idealfarma.com.br (11) 5592 6403
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