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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O ano escolar se inicia: como não cometer os mesmos erros do ano anterior na organização dos estudos?




Os pais devem se aliar à escola para ajudar crianças e adolescentes na hora de organizar uma rotina de estudos e adequar melhor as necessidades de cada um às oportunidades existentes no cotidiano, evitando, assim, a correria da recuperação do final do ano


Todo o ano é a mesma coisa: os meses vão se passando, seu filho vai acumulando atividades, trabalhos e notas baixas e, lá para outubro, bate o desespero e um professor particular, para reforço, é contratado para tentar ‘salvar’ o ano. Por que é sempre a mesma confusão? Por que não organizar o ano, desde o começo, para evitar tanto estresse e tentar fazer as coisas de maneira diferente agora?

“Quando os pais conhecem bem a escola que escolheram para seus filhos, a escutam, confiam nela e criam uma parceria com professores e demais educadores, é muito mais fácil obter da criança ou do adolescente uma boa performance durante o ano. Porém, é preciso investir, com interesse e dedicação, nesse relacionamento”, ensina Katarina Bergami, Pedagoga, Coordenadora Educacional da Faces Bilíngue, escola situada no bairro de Higienópolis, em São Paulo, que há quase 20 anos educa crianças dos quatro meses aos dez anos de idade.

O que a educadora diz é que a escola consegue mostrar aos pais, na maioria das vezes, a realidade em relação ao comportamento dos filhos e, assim, é possível encontrar caminhos que facilitem tanto o aprendizado quanto a adequação de costumes que levam a um desempenho muito melhor. “Quer um exemplo? Uma criança que dorme muito tarde tem dificuldade em acordar cedo e ir para a escola. Portanto, ou eu a matriculo no período da tarde e mantenho o hábito já adquirido de ela dormir tarde ou forço um novo hábito, o de ir para a cama cedo. O que não dá é para ter uma atitude passiva diante do fato de que ela estuda de manhã, mas não dá conta de se manter acordada durante a aula. E quem mostra isso aos pais é a escola, em reuniões ou convocações. Quando os pais não atendem a estes chamados, porém, não sabem da realidade e se omitem. A criança pode passar o ano todo com rendimento baixo simplesmente porque tem sono durante a aula, algo que poderia ser resolvido”, ilustra.

Katarina Bergami diz que o desempenho escolar ruim deve ser analisado desde que dá os primeiros sinais e um plano de ação precisa ser traçado entre a escola e os pais. “Não vejo por que passar um ano inteiro estressado se é possível se dedicar um pouco por dia ao estudo, com dedicação e apoio de quem entende de ensino. A escola existe para dar o suporte que a família precisa e a família, por sua vez, é o apoio da escola nas questões comportamentais. Se ambas se unirem, não haverá como repetir erros e nem cometer novos”, finaliza.





Katarina - mestra em Psicopedagogia pela Leibniz Universität Hannover - School of Education e atua como Coordenadora Educacional da Faces Bilíngue, escola situada no bairro de Higienópolis, em São Paulo, que há quase 20 anos educa crianças dos quatro meses aos dez anos.






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