Os
pais devem se aliar à escola para ajudar crianças e adolescentes na hora de
organizar uma rotina de estudos e adequar melhor as necessidades de cada um às
oportunidades existentes no cotidiano, evitando, assim, a correria da
recuperação do final do ano
Todo o ano é a mesma coisa:
os meses vão se passando, seu filho vai acumulando atividades, trabalhos e
notas baixas e, lá para outubro, bate o desespero e um professor particular,
para reforço, é contratado para tentar ‘salvar’ o ano. Por que é sempre a mesma
confusão? Por que não organizar o ano, desde o começo, para evitar tanto
estresse e tentar fazer as coisas de maneira diferente agora?
“Quando os pais conhecem bem
a escola que escolheram para seus filhos, a escutam, confiam nela e criam uma
parceria com professores e demais educadores, é muito mais fácil obter da criança
ou do adolescente uma boa performance durante o ano. Porém, é preciso investir,
com interesse e dedicação, nesse relacionamento”, ensina Katarina Bergami,
Pedagoga, Coordenadora Educacional da Faces Bilíngue, escola situada no bairro
de Higienópolis, em São Paulo, que há quase 20 anos educa crianças dos quatro
meses aos dez anos de idade.
O que a educadora diz é que
a escola consegue mostrar aos pais, na maioria das vezes, a realidade em
relação ao comportamento dos filhos e, assim, é possível encontrar caminhos que
facilitem tanto o aprendizado quanto a adequação de costumes que levam a um
desempenho muito melhor. “Quer um exemplo? Uma criança que dorme muito tarde
tem dificuldade em acordar cedo e ir para a escola. Portanto, ou eu a matriculo
no período da tarde e mantenho o hábito já adquirido de ela dormir tarde ou
forço um novo hábito, o de ir para a cama cedo. O que não dá é para ter uma
atitude passiva diante do fato de que ela estuda de manhã, mas não dá conta de
se manter acordada durante a aula. E quem mostra isso aos pais é a escola, em
reuniões ou convocações. Quando os pais não atendem a estes chamados, porém,
não sabem da realidade e se omitem. A criança pode passar o ano todo com
rendimento baixo simplesmente porque tem sono durante a aula, algo que poderia
ser resolvido”, ilustra.
Katarina Bergami diz que o
desempenho escolar ruim deve ser analisado desde que dá os primeiros sinais e
um plano de ação precisa ser traçado entre a escola e os pais. “Não vejo por
que passar um ano inteiro estressado se é possível se dedicar um pouco por dia
ao estudo, com dedicação e apoio de quem entende de ensino. A escola existe
para dar o suporte que a família precisa e a família, por sua vez, é o apoio da
escola nas questões comportamentais. Se ambas se unirem, não haverá como
repetir erros e nem cometer novos”, finaliza.
Katarina - mestra em
Psicopedagogia pela Leibniz Universität Hannover - School of Education e atua
como Coordenadora Educacional da Faces Bilíngue, escola situada no bairro de
Higienópolis, em São Paulo, que há quase 20 anos educa crianças dos quatro meses
aos dez anos.
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