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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Segundo semestre é o momento para negociar dívidas



Quatro em cada dez brasileiros estão com as contas atrasadas; educador financeiro dá dicas de como começar a quitar os débitos


Segundo dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 58 milhões de brasileiros estão com dívidas em atraso e, só em abril, 500 mil consumidores entraram para a lista de devedores e negativados. Isso representa quatro em cada dez adultos com nome na lista de inadimplentes. "A inadimplência atingiu seu ápice. Não dá mais para remediar a situação, é hora de controlar de vez o orçamento", preocupa-se o educador financeiro Pedro Braggio.

As contas bancárias são as que mais registram pagamentos atrasados, porém, cada vez mais, contas como de energia elétrica e água estão ficando pendentes. O educador aconselha que para renegociar as dívidas com os bancos é importante avaliar condições de taxas e juros dos concorrentes e, sobretudo, fazer cálculos realistas. “O inadimplente deve se comprometer apenas com o que realmente poderá ser pago. Por outro lado, parcelamentos muito longos devem ser evitados”, indica.

Pedro ainda aconselha que o acordo seja feito sempre pessoalmente e não ocorra exatamente na primeira visita ao gerente, por pressão ou desespero. “Ao negociar e começar a pagar sua dívida, não caia novamente no descontrole a ponto de não cumprir o combinado. Se isso ocorrer, as taxas para renegociação são ainda maiores. Prometeu pagar, pague”, alerta.

Com relação à prioridade das contas, comece por aquelas que possuem juros mais altos. Deixar o cartão de crédito em casa e esquecer a possibilidade de um novo empréstimo também são formas de se evitar novas contas. “Só com educação financeira podemos alcançar felicidade na nossa relação com o dinheiro e isso inclui renúncia e disciplina”, finaliza Pedro Braggio.



Pedro Braggio - Há 20 anos, atende famílias e empresas ajudando-os a cuidar das finanças por meio de palestras, cursos, encontros individuais e grupos de apoio financeiro. É graduado em Ciências Contábeis e especialista em Finanças. Desde criança, Pedro enfrentou dificuldades financeiras na família e assumiu o controle do orçamento doméstico aos 9 anos. O talento natural o impulsionou a auxiliar mais pessoas no equilíbrio da saúde financeira.




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