População, especialmente os jovens, deve
buscar informação sobre formas de exposição e de prevenção ao HIV
A informação é a arma principal na luta
contra o vírus HIV. Para o Infectologista Valdez Madruga,
coordenador do Comitê Científico de HIV/AIDS da Sociedade Brasileira de
Infectologia (SBI), é fundamental que a população, em especial os jovens, entenda
um pouco sobre as formas de exposição para que todos possam se prevenir
adequadamente do vírus.
Um estudo publicado no site da revista
médica norte-americana Lancet, agora em maio, apontou
que a prática do sexo sem proteção já é a 2ª maior ameaça à vida dos jovens de
15 aos 24 anos no mundo. Para se ter uma ideia da gravidade do problema,
de acordo com a série histórica, em 1990 o sexo desprotegido era a 6ª maior
ameaça à vida para os jovens de 20 a 24 anos e a 12ª para o grupo de 15 a 19
anos.
“É sempre importante relembrar: saliva,
beijo, abraço, aperto de mão, nada disso transmite o vírus. Mas quem
compartilha agulhas e seringas ou faz sexo sem proteção está sempre sujeito à
contaminação por HIV. É uma roleta russa com a qual ninguém deveria brincar”,
disse o médico da SBI.
De acordo com Madruga, os jovens também precisam se informar sobre o uso da PEP
(Profilaxia Pós-Exposição). Trata-se de uma medicação disponível na rede pública
de saúde que evita que o vírus HIV contamine a corrente sanguínea de alguém que
se expos em uma relação sem camisinha. A PEP é uma medicação que não deve ser
banalizada, pois precisa ser tomada durante 28 dias e tem efeitos colaterais
como náuseas e dores de cabeças, além de ter menor eficácia se o uso ocorrer de
forma repetitiva. Normalmente, a eficácia da PEP para impedir a contaminação
atinge cerca de 95% de sucesso.
“Por exemplo, a pessoa que faz sexo sem
proteção pode e deve procurar ajuda. A PEP precisa ser tomada até no máximo 72
horas após ter tido uma relação desprotegida. Quanto mais rápido se tomar a
medicação, maiores as chances de se proteger da contaminação”, explicou o
infectologista. A PEP está disponível de graça nas emergências e serviços de
saúde especializados em doenças sexualmente transmissíveis e quem precisa da
medicação é atendido como prioridade.
No último dia 7, o Comitê Científico de
HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia iniciou uma bateria de
reuniões para definir diretrizes para projetos e posicionamentos da SBI
relativos às futuras políticas para o diagnóstico e tratamento da doença.
HIV
NÃO é transmitido por:
Saliva
Beijo
Abraço
Aperto
de mão
Contato
físico
HIV
É transmitido:
Em relações
sexuais de risco sem o uso de preservativo
Contato
com sangue contaminado por meio de compartilhamento de seringas, especialmente
entre usuários de drogas
Sociedade Brasileira de Infectologia
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