O diagnóstico da doença
demora em média sete anos para acontecer por desconhecimento dos sintomas
A dor nas costas é a maior causa de invalidez em todo mundo1 e afeta
oito em cada dez pessoas em alguma fase de vida2. São muitas as
razões que podem levar a dor nessa região, por isso, o diagnóstico correto nem
sempre é tarefa fácil. No entanto, é preciso ficar atento, pois a dor nas costas pode ser o sintoma de
uma doença mais grave, podendo levar a uma deformidade da coluna, como
é o caso da espondilite anquilosante3.
Cerca de 70% dos pacientes que tem espondilite anquilosante (EA) podem evoluir
para um quadro de fusão de vértebra, sendo que 40% destes terão uma fusão completa
da coluna3,4,5,6. “O que acontece na espondilite é a calcificação e
ossificação das estruturas da coluna, conhecido como anquilose, fazendo com que
ela fique rígida e encurvada”, explica a Dra. Carla Gonçalves Schahin Saad,
reumatologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. Esse quadro faz com que o
paciente sinta dores muito fortes, tenha restrição de mobilidade,
principalmente do quadril, coluna lombar e pescoço, rigidez matinal10.
Quanto pior o grau da anquilose, mais difícil é realizar movimentos simples do
dia a dia, como dobrar o corpo para frente ou virar o pescoço11.
Um paciente com EA pode demorar em média oito anos para ter o diagnóstico,
principalmente por desconhecimento dos sintomas7. “Dor nas costas é um
sintoma muito comum, por isso, muitas vezes o paciente não procura o médico.
Entretanto, depois que o dano foi estabelecido, não é possível reverter o
quadro, e por isso o diagnóstico precoce é muito importante para evitar a
progressão radiográfica da doença”, explica a médica. Segundo a Dra. Saad, 100%
dos pacientes diagnosticados com Espondilite Anquilosante após sete anos sem
tratamento terão comprometimento da articulação sacroilíaca, que é uma das
articulações responsáveis pelo movimento de caminhar.
Ainda não há cura para a espondilite anquilosante,
no entanto com o tratamento adequado, mudança de estilo de vida, prática de
exercícios físicos e fisioterapia, o paciente poderá levar uma vida normal, sem
dores e sem limitação8. O tratamento é feito com
terapias para alívio da dor e anti-inflamatórios9. Os
medicamentos biológicos são indicados para pacientes que não apresentam boa
resposta ao tratamento convencional9.
Sobre a Espondilite
Anquilosante
A espondilite anquilosante é uma doença reumatológica crônica
que causa inflamação na coluna vertebral e nas articulações que ligam o
final da coluna aos ossos da bacia, afetando principalmente os quadris e ombro
e nos casos mais graves deixando o paciente com o aspecto curvado10-11. O principal sintoma da espondilite
anquilosante é uma dor lombar persistente, por mais de três meses9.
Pode começar com uma simples dor nas costas ou nas nádegas e evoluir, chegando
a causar dificuldades para a pessoa se movimentar11.
Os homens têm três vezes mais chances de desenvolver a
EA11 e de forma mais grave7, especialmente entre os 15 e 40 anos12, afetando diretamente a
qualidade de vida em idade produtiva13,14. O fator genético pode explicar a maior prevalência
entre os homens, porém, a espondilite anquilosante não tem causa conhecida.
Como não há cura para a doença, quanto mais cedo for diagnosticada, menor será
sua progressão e melhor será a qualidade de vida do paciente15.
Para saber mais sobre a Espondilite Anquilosante,
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Referências:
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world's highest contributor to disability. Disponível em http://www.monash.edu.au/news/show/low-back-pain-worlds-highest-contributor-to-disability
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