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terça-feira, 10 de maio de 2016

Com diagnóstico tardio, quase metade dos pacientes com espondilite anquilosante têm deformidade completa da coluna




O diagnóstico da doença demora em média sete anos para acontecer por desconhecimento dos sintomas

            A dor nas costas é a maior causa de invalidez em todo mundo1 e afeta oito em cada dez pessoas em alguma fase de vida2. São muitas as razões que podem levar a dor nessa região, por isso, o diagnóstico correto nem sempre é tarefa fácil.  No entanto, é preciso ficar atento, pois a dor nas costas pode ser o sintoma de uma doença mais grave, podendo levar a uma deformidade da coluna, como é o caso da espondilite anquilosante3

            Cerca de 70% dos pacientes que tem espondilite anquilosante (EA) podem evoluir para um quadro de fusão de vértebra, sendo que 40% destes terão uma fusão completa da coluna3,4,5,6. “O que acontece na espondilite é a calcificação e ossificação das estruturas da coluna, conhecido como anquilose, fazendo com que ela fique rígida e encurvada”, explica a Dra. Carla Gonçalves Schahin Saad, reumatologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. Esse quadro faz com que o paciente sinta dores muito fortes, tenha restrição de mobilidade, principalmente do quadril, coluna lombar e pescoço, rigidez matinal10. Quanto pior o grau da anquilose, mais difícil é realizar movimentos simples do dia a dia, como dobrar o corpo para frente ou virar o pescoço11.

            Um paciente com EA pode demorar em média oito anos para ter o diagnóstico, principalmente por desconhecimento dos sintomas7.  “Dor nas costas é um sintoma muito comum, por isso, muitas vezes o paciente não procura o médico. Entretanto, depois que o dano foi estabelecido, não é possível reverter o quadro, e por isso o diagnóstico precoce é muito importante para evitar a progressão radiográfica da doença”, explica a médica. Segundo a Dra. Saad, 100% dos pacientes diagnosticados com Espondilite Anquilosante após sete anos sem tratamento terão comprometimento da articulação sacroilíaca, que é uma das articulações responsáveis pelo movimento de caminhar.

Ainda não há cura para a espondilite anquilosante, no entanto com o tratamento adequado, mudança de estilo de vida, prática de exercícios físicos e fisioterapia, o paciente poderá levar uma vida normal, sem dores e sem limitação8. O tratamento é feito com terapias para alívio da dor e anti-inflamatórios9. Os medicamentos biológicos são indicados para pacientes que não apresentam boa resposta ao tratamento convencional9.


Sobre a Espondilite Anquilosante

A espondilite anquilosante é uma doença reumatológica crônica que causa inflamação na coluna vertebral e nas articulações que ligam o final da coluna aos ossos da bacia, afetando principalmente os quadris e ombro e nos casos mais graves deixando o paciente com o aspecto curvado10-11. O principal sintoma da espondilite anquilosante é uma dor lombar persistente, por mais de três meses9. Pode começar com uma simples dor nas costas ou nas nádegas e evoluir, chegando a causar dificuldades para a pessoa se movimentar11.

Os homens têm três vezes mais chances de desenvolver a EA11 e de forma mais grave7, especialmente entre os 15 e 40 anos12, afetando diretamente a qualidade de vida em idade produtiva13,14. O fator genético pode explicar a maior prevalência entre os homens, porém, a espondilite anquilosante não tem causa conhecida. Como não há cura para a doença, quanto mais cedo for diagnosticada, menor será sua progressão e melhor será a qualidade de vida do paciente15.

Para saber mais sobre a Espondilite Anquilosante, acesse: www.dornascostas.novartis.com.br



Referências:

1.      Monash Univertity. Low back pain world's highest contributor to disability. Disponível em http://www.monash.edu.au/news/show/low-back-pain-worlds-highest-contributor-to-disability Último acesso em março de 2016.
2.      MedlinePlus - National Institutes of Health (NIH). Back Pain. Disponível em http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/backpain.html. Último acesso em março de 2016.
3.      Lories RJ, Haroon N. Bone formation in axial spondyloarthritis. Best Pract Res Clin Rheumatol. 2014 Oct;28(5):765-77.
4.      Louie GH, Ward MM. Measurement and treatment of radiographic progression in ankylosing spondylitis: lessons learned from observational studies and clinical trials. Curr Opin Rheumatol. 2014 Mar;26(2):145-50.
5.      Wendling D, Claudepierre P. New bone formation in axial spondyloarthritis. Joint Bone Spine. 2013 Oct;80(5):454-8.
6.      Poddubnyy D, Sieper J. Radiographic progression in ankylosing spondylitis/axial spondyloarthritis: how fast and how clinically meaningful? Curr Opin Rheumatol. 2012 Jul;24(4):363-9.
7.      Reed MD et al. Ankylosing spondylitis: an Australian experience. Intern Med J 2008;38:321–27.
8.      MedlinePlus – National Institutes of Health (NIH). Ankylosing Spondylitis. Disponível em https://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ankylosingspondylitis.html. Último acesso emmaio de 2016.
9.      Dougados M, Baeten D. Spondyloarthritis. Lancet. 2011 Jun 18;377(9783):2127-37.
10.  Mohammad Ghasemi-rad et al.  Ankylosing spondylitis: A state of the art factual backbone. World J Radiol. 2015 Sep 28; 7(9): 236–252.
11.  J Sieper et al. Ankylosing spondylitis: an overview. Ann Rheum Dis 2002;61(Suppl III):iii8–iii18
12.  Feldtkeller E. Age at disease onset and delayed diagnosis of spondyloarthropathies. Z Rheumatol 1999;58:21–30.
13.  Ward MM. Quality of life in patients with ankylosing spondylitis. Rheum Dis Clin North Am 24:815–827.
14.  Bostan EE et al. Functional disability and quality of life in patients with ankylosing spondylitis. Rheumatol Int 23:121–126
15.  Raychaudhuri SP, Deodhar A. The classification and diagnostic criteria of ankylosing spondylitis. J Autoimmun. 2014 Feb-Mar;48-49:128-33.

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