Cuidados devem ser redobrados no inverno, principalmente para
mulheres expostas a esforços visuais contínuos, como a leitura em computadores
O uso incorreto de cosméticos como máscaras, lápis e
delineadores podem agravar a síndrome do olho seco, caracterizada pela
diminuição da produção ou evaporação excessiva da lágrima, situação que costuma
ser ainda pior no inverno. Alguns cuidados simples, contudo, podem ajudar a
prevenir o problema e a evitar sintomas incômodos, como coceira, ardor,
vermelhidão e secura na superfície ocular.
“Utilizar máscara junto à
raiz dos cílios ou, ainda, lápis e delineador na borda interna dos olhos, não
remover a maquiagem antes de dormir, nem higienizar adequadamente a região são
hábitos que favorecem o entupimento das glândulas que produzem a gordura
necessária para evitar a rápida evaporação da lágrima”, explica a
oftalmologista Ruth Santo, coordenadora do Grupo de Estudos em Superfície
Ocular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (USP).
Os cílios são protetores naturais contra poeira, luz e
microrganismos. Resíduos nessa região favorecem o crescimento de bactérias e
parasitas dentro do folículo piloso (estrutura que origina os pelos), o que
pode causar irritação e alergia. “Além de usar demaquilantes específicos para
os olhos, lavar os cílios durante o banho com uma pequena quantidade de espuma
feita com xampu infantil é um bom hábito”, recomenda Ruth.
Outras dicas para evitar a síndrome do olho seco são ingerir
líquidos, sobretudo quando o tempo estiver mais seco, e fazer pequenos
intervalos nas atividades que demandam esforço visual contínuo, como a leitura
em computadores, o que faz o indivíduo piscar menos. Além disso, é possível
utilizar as lágrimas artificiais e lubrificantes oculares, quando prescritos
pelo médico.
De acordo com a médica, a síndrome do olho seco chega a atingir
10% das mulheres acima dos 50 anos, faixa etária em que os sintomas são mais
frequentes em função de fatores hormonais que diminuem a produção das lágrimas.
Já em mulheres mais jovens, a síndrome do olho seco está relacionada
principalmente com a evaporação excessiva da lágrima, favorecida pelos
ambientes climatizados, pela falta de higienização adequada dos cílios, o que
inclui os resíduos de maquiagem, e pelo excesso de esforço visual durante o uso
de computadores, tablets e celulares.
Medicamentos amplamente usados no País, como antidepressivos e
anti-hipertensivos, também podem afetar a produção lacrimal, assim como algumas
condições clínicas, a exemplo da diabete. “É fundamental buscar um
oftalmologista para que se investigue as causas do olho seco e se avalie,
assim, a necessidade de um tratamento adequado”, enfatiza Ruth.
Em alguns casos, os pacientes podem se beneficiar do uso de
medicações para melhorar a produção aquosa pela glândula lacrimal. “Também há
medicações que melhoram a produção de gordura pelas glândulas palpebrais,
produtoras do componente oleoso da lágrima que é importante para evitar a
evaporação excessiva”, detalha a médica.
Hylo-Comod (hialuronato de sódio 0,1%) e Hylo-Gel (hialuronato
de sódio 0,2%), da Pfizer, estão entre as opções de tratamento para a síndrome
do olho seco. De fácil aplicação, esses lubrificantes oculares são
comercializados em frascos com uma tecnologia exclusiva, que dispensa o uso de
conservantes e impede a entrada de ar. Com isso, é liberada a dose exata por
aplicação, evitando superdosagem, contaminação e desperdício.
PFIZER
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