O herpes simples (HSV 1 e 2) representa a doença viral mais comum no ser
humano moderno, excluindo-se as infecções respiratórias. Em pacientes
imunossuprimidos as infecções pelo vírus podem provocar severas complicações.
Classificado como doença sexualmente transmissível, o herpes caracteriza-se
pelo aparecimento de pequenas bolhas agrupadas especialmente nos lábios e nos
genitais, mas que podem surgir em qualquer outra parte do corpo.
Embora
ocorra por transmissão e sem variação sazonal, os meses de janeiro e julho são
os que apresentam picos de prevalência positiva da doença nos diagnósticos, em
especial às mulheres.
A
informação consta no levantamento estatístico realizado pelo Centro de Estudos
e Pesquisas da rede de medicina diagnóstica SalomãoZoppi Diagnósticos. Para o
trabalho, foram analisados 13.441 exames de sorologias para herpes vírus dos
dois tipos (tipo 1 e 2) simultaneamente, realizados no Centro de Diagnósticos
no período de 2005 a 2014, cobrindo 9 anos de investigação. Foram incluídos
pacientes de ambos os gêneros e todas as faixas etárias, que variam de 0 a 90
anos. Ao todo foram analisados 8.177 exames de pacientes do sexo feminino e
3.072 exames de pacientes do sexo masculino.
O herpes
simples (HSV 1 e 2), infecção viral que comumente resulta no surgimento
de pequenas bolhas ao redor dos lábios e/ou nos genitais, afeta 76,7% dos
indivíduos na cidade de São Paulo.A prevalência de resultados positivo
para exames realizados em mulheres foi de 76,4%. O percentual de exames
positivos para os homens atingiu a marca de 69,6%.
De acordo
com a coordenadora do Centro de Estudos e responsável pelo levantamento, a
médica ginecologista Adriana Campaner, a média geral de positividade nos
exames, incluindo homens e mulheres é de 76,7%.
Faixa Etária
Segundo o
estudo, quanto maior a faixa etária, independente do gênero, maior é a média de
positividade dos exames de sorologia de herpes analisados. Na população acima
dos 40 anos de idade, a prevalência ultrapassa a casa dos 85%, enquanto que na
população acima dos 50 anos o indicador atinge o patamar de 90% de casos
positivos. Nos indivíduos acima dessa idade pode se chegar a 98% dos casos,
como é o caso dos pacientes de 81 a 90 anos.
“Essa é uma
característica do vírus na sociedade, pois quanto maior tempo se tem de
exposição a ele, maiores as chances de se carregá-lo no organismo. Além disso,
a pessoa exposta pode nunca apresentar sintomas do herpes simples. O
desenvolvimento de alguma alteração no organismo, depende da imunidade de casa
um.”, afirma Campaner.
Entre as
populações de 0 a 10 anos, a prevalência é de 30%, enquanto que entre a faixa
etária que vai dos 11 aos 20 anos, 45%. Dos 21 aos 30 anos os casos positivos
superam a magrem de 70%.
Por Gênero
Entre as
mulheres, a prevalência de positividade para herpes ultrapassa os 50% dos
casos, a partir da faixa etária que vai dos 21 aos 30 anos. Em pacientes
mulheres dos 0 aos 10 anos, o número de casos positivos já supera os 35%.
“Trata-se de um indicador que revela o cuidado com que a doença deve ser
tratada pelos órgãos de saúde pública”, revela. Ao longo de todas as faixas
etárias, a proporção de casos positivos entre as mulheres supera a de homens. A
exceção fica nas faixas etárias que vão de 51 a 60 anos, além de 71 a 80 anos e
acima dos 90 anos.
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