Segundo
pesquisa realizada pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
(Depecon) da Federação e do Centro das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp
e Ciesp), 81% dos entrevistados perceberam significativos aumentos de preços
nos últimos seis meses e mudaram hábitos de consumo.
A alta de itens dos setores de alimentação e
bebidas foi citada por 87% dos entrevistados. Em seguida vêm energia elétrica,
gás e água (59%), habitação (33%) e transporte (32%). Com o impacto dos
aumentos, a maioria dos consumidores decidiu trocar produtos com os quais
estavam acostumados por marcas mais baratas (51%) e produtos mais baratos
(42%). Refeições fora de casa foram reduzidas (27%), assim como o uso de
serviços pessoais (12%). Cinco por cento dos entrevistados trocaram o meio de
transporte que utilizavam.
De acordo com a pesquisa, a elevação das
tarifas de energia elétrica também foi sentida pelas famílias, que reduziram o
consumo, assim como a utilização de eletrodomésticos, por exemplo, para driblar
as contas.
O estudo aponta também que a combinação do
aumento dos preços, alta de juros e a percepção de que os salários não
acompanharam a inflação reduziu a intenção das famílias em contrair novas
dívidas, o que afeta diretamente o poder de compra.
A pesquisa ficou a cargo da
Pulso Brasil em âmbito nacional entre os dias 12 e 26 de maio de 2015. Foram
entrevistadas 1.200 pessoas.
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