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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Dermatologista ensina a redobrar a proteção da pele durante as altas temperaturas




Preservar a pele contra os malefícios do sol diariamente é ganho, mas intensificar os cuidados durante a estação mais quente do ano é lucro. Por isso, dermatologista reforça a importância do fotoprotetor, da quantidade ideal e adequada para aproveitar o período de calor com segurança
As estações mudam e, com elas, os cuidados contra os malefícios do sol também devem ser adaptados, sobretudo, durante o verão, quando os raios ultravioletas são mais fortes e frequentes, podendo causar prejuízos à aparência, deixando-a com um aspecto envelhecido. Portanto, investir num bom fotoprotetor, na quantidade e no tipo ideal para o rosto e corpo, além de roupas com proteção adequada, são atitudes determinantes para enfrentar as altas temperaturas e garantir um verão saudável e prazeroso.
O excesso de sol pode provocar queimaduras, desidratação, envelhecimento precoce, flacidez, os temidos melasmas, ou seja, manchas. "É importante enfatizar que esses efeitos são resultado do sol que tomamos durante a vida inteira, pois é cumulativo na pele, quer dizer, o dano causado ao DNA celular pela exposição solar, ao longo dos anos, vai determinar o envelhecimento precoce e, até mesmo, o aparecimento de um câncer de pele, dentre outras doenças desenvolvidas pelo abuso da radiação", comenta o Dr. Abdo Salomão, dermatologista de Minas Gerais.
Um dado que preocupa divulgado recentemente pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) é que a incidência dos raios solares está ultrapassando cada vez mais a barreira da camada de ozônio, chegando a Terra com mais intensidade, principalmente no verão. Por esta razão não economize na hora de passar o fotoprotetor. Estudos indicam que o ideal é aplicar 2 miligramas (uma colher de chá) de filtro solar por centímetro quadrado de corpo. Portanto, calcula-se que, para uma pessoa de porte médio, são necessárias nove porções de filtro distribuídas pelo corpo.. Aplique uma porção em cada uma das seguintes regiões: face e pescoço, barriga e peito, braço e ombro direto, braço e ombro esquerdo e costas. Duas porções para perna e pé esquerdo, e a mesma quantidade para perna e pé direito.
"Por precaução, recomendo aos meus pacientes uma quantidade de protetor solar um pouco maior para prevenir e manter a proteção da pele. Para o uso corporal, indico cerca de três colheres de sopa, contanto que a aplicação seja em um período de 30 minutos antes da exposição ao sol, pois esse é o tempo médio que o filtro solar necessita para agir na pele. É fundamental, também, utilizar o produto indicado para o rosto e corpo. Alguns produtos para o corpo são mais densos e oleosos que os protetores feitos especialmente para o rosto. Por esse motivo, se você tem a pele oleosa e com predisposição a espinhas, o protetor do corpo pode piorar a situação. Para os homens, que normalmente possuem a pele mais oleosa, indico os produtos em gel e spray", explica a dermatologista.
Outra dica do médico é na hora de escolher o protetor solar na prateleira. Ele recomenda que o PPD do produto, que é o método utilizado para medir o UVA na pele, deve ser, no mínimo, 1/3 do fator de proteção solar (FPS), ou seja, se um bloqueador solar tem 30 FPS, ele deve ter 10 PPD para garantir a proteção contra os raios UVA, mesmo em dias nublados.

Acerte na roupa
Ao contrário do que muita gente pensa, as roupas do corpo não oferecem proteção total contra o sol. Isso porque os raios ultravioletas são capazes de penetrar através do tecido e podem danificar a pele. Independente disso, a roupa continua a ser imprescindível na luta contra os malefícios dos raios solares, inclusive com o uso de um bom chapéu, que protege contra os raios UV, pois cobre parte do rosto, pescoço, orelhas e o couro cabeludo da luz solar direta. Entretanto, atenção: "Evite chapéus de palha, pois os furinhos permitem os raios passarem. Procure roupas que têm um fator de proteção ultravioleta estampada na etiqueta, o que indica quanta proteção UV o tecido proporciona. Você pode fazer um teste simples para avaliar o grau de proteção da roupa: segure-a contra a luz solar para verificar o quanto de luz chega ao outro lado do tecido", afirma o dermatologista.


Dr. Abdo Salomão - Dermatologista de Guaxupé (MG)

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