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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Carnaval: O excesso de barulho pode prejudicar os ouvidos e causar o zumbido




No Carnaval, costumeiramente, as pessoas exageraram no que escutam - o volume dos sons ficam cada vez mais alto -, além das noites mal dormidas, elas passam da conta também nas bebidas alcoólicas ingeridas

 No período de Carnaval algumas pessoas ‘extravasam’ mais do que de costume e isso pode trazer prejuízos à saúde, como, por exemplo, aos ouvidos, pois elas passam a ter um sintoma muito comum a população: o zumbido. “O zumbido é uma indicação de que algo de errado está acontecendo no organismo, como se fosse um desajuste, devido ao excesso de gordura e ao álcool e até alguns medicamentos ingeridos. E é neste período que as consultas no consultório com pessoas com o zumbido aumentam”, explica Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ.
O som alto dos ensaios das Escolas de Samba, dos shows e das baladas podem causar o chamado “trauma acústico”. A dica, segundo a especialista, para evitar isso é usar os protetores e fazer um intervalo de hora em hora do barulho e se manter distante das caixas acústicas. “Esse cuidado é necessário para manter que os tímpanos não sejam afetados e nenhuma outra parte do canal auditivo, pois temos pacientes sendo tratados devido a essas exposições e o som alto pode até causar danos irreversíveis”, complementa a Profa Dra. Tanit Ganz Sanchez.
Os números do zumbido no ouvido:
O zumbido no ouvido ocorre com pessoas de todas as idades, inclusive crianças e adolescentes, podendo comprometer o sono, a concentração na leitura, o equilíbrio emocional e até a vida social e familiar. Um levantamento da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ com o apoio do Instituto Ganz Sanchez, indica que no Brasil ha de 34 a 48 milhões de pessoas com zumbido no ouvido, tratando-se de um aumento expressivo em relação aos 28 milhões estimados há quase 20 anos.
O aumento de pessoas acometidas ao longo dos últimos anos (de 15% para 24%), em especial os jovens (31% de crianças e 50% de adolescentes), e a falta de informação adequada sobre diagnóstico e tratamento precoce têm preocupado vários profissionais, justificando a criação de campanhas informativas. Aliado a isso, outro entrave para o avanço nessa área, é um estigma que cerca o zumbido sobre a falta de cura.

Dicas para evitar o zumbido nas festas e comemorações:

• Evite o consumo excessivo de álcool e cigarro;

• Adote alimentação mais saudável: pouco sal, açúcar e frituras, mais frutas, verduras, legumes e grelhados;

• Alimente-se de 4 a 6 vezes por dia em pequenas porções;

• Continue com as atividades físicas, pelos menos, três vezes por semana;

• Jamais interrompa o uso de medicamentos para hipertensão ou qualquer outra doença sem que o médico tenha conhecimento;

• Use protetores auriculares e evite ficar exposto a sons altos durante muito tempo.

Profa Dra. Tanit Ganz Sanchez - Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ. Assumiu a “missão” de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias.

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