No
Carnaval, costumeiramente, as pessoas exageraram no que escutam - o volume dos sons
ficam cada vez mais alto -, além das noites mal dormidas, elas passam da conta
também nas bebidas alcoólicas ingeridas
No período de
Carnaval algumas pessoas ‘extravasam’ mais do que de costume e isso pode trazer
prejuízos à saúde, como, por exemplo, aos ouvidos, pois elas passam a ter um
sintoma muito comum a população: o zumbido. “O
zumbido é uma indicação de que algo de errado está acontecendo no organismo,
como se fosse um desajuste, devido ao excesso de gordura e ao álcool e até
alguns medicamentos ingeridos. E é neste período que as consultas no
consultório com pessoas com o zumbido aumentam”, explica
Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP,
Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da Associação de
Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ.
O
som alto dos ensaios das Escolas de Samba, dos shows e das baladas podem causar
o chamado “trauma acústico”. A dica, segundo a especialista, para evitar isso é
usar os protetores e fazer um intervalo de hora em hora do barulho e se manter
distante das caixas acústicas. “Esse
cuidado é necessário para manter que os tímpanos não sejam afetados e nenhuma
outra parte do canal auditivo, pois temos pacientes sendo tratados devido a
essas exposições e o som alto pode até causar danos irreversíveis”,
complementa a Profa Dra. Tanit Ganz Sanchez.
Os
números do zumbido no ouvido:
O
zumbido no ouvido ocorre com pessoas de todas as idades, inclusive crianças e
adolescentes, podendo comprometer o sono, a concentração na leitura, o
equilíbrio emocional e até a vida social e familiar. Um levantamento da
Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ com o
apoio do Instituto Ganz Sanchez, indica que no Brasil ha de 34 a 48 milhões de
pessoas com zumbido no ouvido, tratando-se de um aumento expressivo em relação
aos 28 milhões estimados há quase 20 anos.
O
aumento de pessoas acometidas ao longo dos últimos anos (de 15% para 24%), em
especial os jovens (31% de crianças e 50% de adolescentes), e a falta de
informação adequada sobre diagnóstico e tratamento precoce têm preocupado
vários profissionais, justificando a criação de campanhas informativas. Aliado
a isso, outro entrave para o avanço nessa área, é um estigma que cerca o
zumbido sobre a falta de cura.
Dicas para evitar o zumbido nas festas e comemorações:
• Evite o consumo excessivo de álcool e cigarro;
• Adote alimentação mais saudável: pouco sal, açúcar e frituras, mais frutas, verduras, legumes e grelhados;
• Alimente-se de 4 a 6 vezes por dia em pequenas porções;
• Continue com as atividades físicas, pelos menos, três vezes por semana;
• Jamais interrompa o uso de medicamentos para hipertensão ou qualquer outra doença sem que o médico tenha conhecimento;
• Use protetores auriculares e evite ficar exposto a sons altos durante muito tempo.
Profa
Dra. Tanit Ganz Sanchez - Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência
pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da
Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ.
Assumiu a “missão” de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas
pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e
compartilhamento aberto de ideias.
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