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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

O papel da Inovação na busca pelo desenvolvimento sustentável




Nos últimos tempos, falar em inovação tornou-se quase obrigatório para o mundo corporativo. Inovar passou a ser fundamental em praticamente todos os segmentos do mercado. Com isso, assistimos o emergir da cultura da inovação e atribuímos ao substantivo uma visão extremamente positivista. Inovar virou sinônimo de “mudança para o sucesso”.

Mas seria assim tão simples e definitivo? Um olhar mais atento logo percebe algumas controvérsias. O conceito de inovação está baseado no desenvolvimento de novos bens, na implantação de diferentes métodos de produção e em novas formas de organização, fatos que refletem o comportamento atual da sociedade.

A edição especial de cinquenta anos da revista Exame, publicada em agosto de 2017, apresentou uma série de reportagens sobre as recentes mudanças no comportamento da sociedade. Seja em questões econômicas e políticas ou acerca dos padrões de produção e sobre as diferentes formas de se fazer negócios no Brasil e no mundo, as reportagens evidenciam que estamos em uma importante fase de mudança e de profundas transformações.

Para os mais céticos, a redução de empregos frente à outras soluções tecnológicas, o consequente aumento da desigualdade social e a mudança o ritmo de crescimento das grandes economias são pontos preocupantes desse processo. Há ainda o ressurgimento de movimentos radicais e o nacionalismo exacerbado que vão de encontro à ideia de um mundo integrado, resultando no fechamento de fronteiras e na indiferença para as dificuldades de nações subdesenvolvidas.

Para os que enxergam a partir dessa perspectiva, a inovação pode ser uma grande vilã. No entanto, o outro lado desse cenário pode ser muito mais promissor. Em destaque estão a aplicação da inovação em pesquisas científicas para a cura de doenças crônicas, no desenvolvimento de novos materiais e no investimento em energias limpas e renováveis. Assistimos também grandes transformações no campo educacional com o incentivo à adoção de novas tecnologias da educação; a capacitação das pessoas para um novo cenário econômico; e, até mesmo, o surgimento de novas profissões como alternativa para o mercado. Cabe a nós encontrarmos o equilíbrio entre esses extremos e clarificarmos nossos objetivos.

Assim como afirma Ricardo Voltolini em seu livro Sustentabilidade Como Fonte de Inovação, para obter bons resultados, é preciso saber porque inovar, em que inovar, como inovar, com quem inovar, que tempo dedicar à inovação e até onde devem ir. Com foco nesses resultados, a ONU estabeleceu uma Agenda Global para o Desenvolvimento Sustentável que determina 17 Objetivos desdobrados em 165 metas interdependentes e interconectadas que orientam a sociedade na construção de um mundo economicamente viável, ambientalmente correto e socialmente mais justo até 2030.

Enquanto a inovação avança em criações de alta complexidade, a chamada Agenda 2030 busca soluções para questões que afetam a vida das pessoas e do planeta. Assim, para encontrar o equilíbrio entre esses interesses, é fundamental que os líderes globalmente responsáveis atuem de forma integrada para incentivar e estabelecer iniciativas que possam aproximar a inovação e a sustentabilidade. Nesse contexto, cabe às instituições de ensino e escolas de negócios a responsabilidade de promover a educação executiva responsável no intuito de desenvolver habilidades técnicas e de estratégias de gestão associadas a valores como a ética e o desenvolvimento sustentável.

É preciso formar profissionais dotados de uma visão mais global de suas ações, que assumam papeis de protagonistas e responsáveis pela transformação que o mundo tanto precisa para se tornar um lugar mais justo e sustentável. Somente dessa forma será possível concentrar toda a capacidade de pesquisa e desenvolvimento da humanidade em seu próprio benefício.




Norman de Paula Arruda Filho - presidente do ISAE — Escola de Negócios e do Capítulo Brasileiro do PRME (Princípios para Educação Executiva Responsável), da ONU.



Life Coaching: A vida começa ou muda a partir dos quarenta?





O velho ditado diz que a vida começa aos quarenta, ou seria melhor dizer que vida começa a mudar a partir dos quarenta? O volume de pessoas que estão nesta faixa de idade (entre 40 e 50 anos, mais ou menos) que buscam mudar os rumos da sua vida é considerável.

Nesta fase diversas pessoas começam a pensar em uma alternativa para o resto de suas vidas por diversos fatores:
- Insatisfação por estar há muito tempo realizando o mesmo trabalho

- Medo de ser substituído por outro profissional mais novo (e mais barato)

- Necessidade de ganhar mais pensando no futuro


Para a Master Coach, Bianca Caselato, este é o melhor momento para iniciar o Life Coaching:

"É a partir dos quarenta que as pessoas começam a se questionar sobre  o futuro. O que eu vou fazer da minha vida quando eu já tiver saído do meu trabalho ou o que pode acontecer comigo se a empresa não mais me quiser? Quando eu tiver mais idade ou mesmo quando eu me aposentar. Essas dúvidas são angustiantes e surgem também quando se começa a pensar na qualidade de vida que se está dando para os seus familiares."


Analisando a hora da grande mudança

Geralmente pessoas na faixa dos quarenta a anos já estão faz algum tempo nas suas vidas profissionais, talvez não na mesma empresa, mas na mesma função - exercendo as mesmas atividades ao longo dos anos. Esses são sinais de que algo está faltando na vida de uma pessoa - e o sinal de que uma mudança é necessária fica mais claro.

Bianca explica que se até essa idade a pessoa não encontrou um sentido para a vida dela ou ainda tem algo incompleto, o Life Coach começa a se fazer necessário para encontrar o que está faltando:


A especialista explica que o Life Coaching consegue unir a realização pessoal, a qualidade de vida e uma atividade profissional que vai ser menos intensa que possibilite encontrar lazer e vida profissional ao mesmo tempo.

"Eu percebo que muitas pessoas na faixa dos quarenta anos buscam esse equilíbrio, que é o que todo mundo busca.  É comum esta crise nesta faixa de idade, mas é bom salientar que estes questionamentos sobre o sentido da vida e do trabalho podem surgir a qualquer momento." conclui a Master Coach.







Bianca Caselato - Master Coach formada em Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior pela Faculdade de Estudos Sociais do Paraná- FESP. É especialista em SELF coaching, Executive Coaching e Master Coach pelo Instituto Brasileiro de Coaching, com certificação internacional, pela ECA - European Coaching Association, GCC- Global Coaching Community, BCI- Behavioral Coaching Institute e IAC – International Association of Coaching. Após uma bem sucedida carreira dentro de instituições bancárias, Bianca Caselato começou a atuar há dois anos em seu escritório Bianca Caselato Coaching com palestras motivacionais, coaching individual e empresarial com acompanhamento e diagnóstico de empresas de todos os portes.





Rock In Rio: Geração Z busca experiências entre amigos, além de atrações artísticas, nos festivais de músicA



A hiperconectividade da geração Z (nascidos entre o final de 1992 até 2010) mudou o comportamento de consumo dos grandes festivais de música, a exemplo do Rock In Rio. Enquanto as gerações X (1960 a 1980) e Y (1970 a 1990) curtiam por si só os shows de cantores e bandas favoritas, os fãs da geração Z buscam experiências, ou seja, momentos de entretenimento entre amigos além das atrações artísticas destes eventos.

Esse é o entendimento do idealizador do Festival de Verão de Salvador Mauricio Magalhães, que também é presidente da agência de comunicação Tudo e criador da Banda EVA, responsável por revelar grandes nomes da música brasileira, como Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Carlinhos Brown.

Magalhães explica que para uma geração ‘on demand’, que já nasce com oferta abundante de conteúdo acessado a qualquer momento e lugar, a música já é onipresente no cotidiano dessas pessoas, cujo símbolo é o fone de ouvido. Serviços de streamings como YouTube e Spotify possibilitam que os fãs da geração Z assistam shows personalizados e exclusivos de/em qualquer lugar do mundo e em tempo real ou ‘ao vivo’. A oferta de festivais é generosa e em muitos casos, as atrações artísticas se repetem nestes eventos.

Já para as gerações anteriores, a relação com a música é de escassez. Esperava-se mais tempo por lançamentos, comprava-se CD/DVD físicos e shows dos artistas favoritos demoram mais tempo para acontecer, principalmente, em cidades longe dos grandes centros culturais.

Os festivais de música se tornaram grandes parques de diversões e é isso que tem gerado interesse das novas gerações de fãs. Os shows são apenas uma parte desses eventos. Rodas gigantes, tirolesas, games, entre outras atividades, viram atrações à parte. O que se busca é promover experiências únicas que as pessoas podem viver só nestes festivais junto aos seus amigos.

Magalhães também observa que a característica forte da geração Z é compartilhar os momentos vividos no mundo offline nas redes sociais. Por isso, as estruturas desses festivais de músicas são desenvolvidas para que a geração atual possa disseminar conteúdos (fotos e vídeos) criados por eles. As técnicas de cenografia e roteiro do cinema ajudam a definir as atrações ‘instagramáveis’ (referência ao Instagram) destes festivais. Não basta só viver a experiência, os creators, como são chamados, querem registrar e compartilhar os momentos vividos por eles.



   

Mauricio Magalhães - especialista em grandes eventos de rua. É um dos executivos da indústria do entretenimento pioneiros no Brasil a trabalhar a economia em torno dos eventos que acontecem no país. Criou o Festival de Verão de Salvador, a Banda EVA, participou da reordenação comercial do Carnaval de Salvador e também atua no Carnaval de Rua de São Paulo. Como presidente da agência de comunicação Tudo, cria e produz ativações de marcas em eventos de grande porte no país, entre eles Carnaval e Rock In Rio.




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