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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Cuidados com a voz nos finais de semana de dias quentes


Nos dias em que as temperaturas estão mais altas, é comum que alguns hábitos se tornem recorrentes para suportar ou minimizar as altas temperaturas, principalmente aos finais de semana. O médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros, da capital paulista, conta que a ingestão de líquidos muito gelados e sorvetes é um dos costumes que geram polêmica, principalmente quando se trata da saúde da voz, mas não é mito! “O gelado provoca vaso constrição, ou seja, diminui o fluxo sanguíneo na região e pode provocar rouquidão e dor na garganta, principalmente se o organismo estiver mais fragilizado, com propensão a quadros virais”, fala. 

A dica para evitar prejuízos à saúde é "climatizar" o líquido gelado ou sorvete na boca por alguns segundos antes de engolir, evitando assim o choque térmico na região da laringe. E atenção esta orientação vale também para "cervejinha estupidamente gelada". 

Outro hábito bastante frequente nesta época é o uso de ar-condicionado e ventiladores. “No caso do ar-condicionado o prejuízo acontece em função da diminuição da umidade do ar, causando ressecamento nas mucosas e edema de pregas vocais (rouquidão) principalmente nos indivíduos com propensão aos quadros alérgicos (rinite), portanto é importante o uso do umidificador em ambientes onde há exposição prolongada ao ar-condicionado. Vale lembrar que a higienização dos aparelhos de ar condicionado, seja de uso doméstico, nas empresas ou nos veículos deve ocorrer pelo menos uma vez ao ano”, comenta o médico que ainda completa, dizendo que “os ventiladores devem estar preferencialmente a 1 metro do chão e circulando o ar para cima, evitando assim que o vento seja direcionado ao corpo quente e prejudique a saúde respiratória, causando resfriados, coriza e por vezes alteração no sistema de ressonância da voz (hiponasalidade)”, fala. 

O especialista lembra ainda algumas dicas básicas que ajudam a manter a saúde da voz no verão: 

- As pás dos ventiladores devem estar sempre limpas para que os ácaros da poeira não sejam espalhados pelo ambiente;

- Evitar andar descalço;

- Não sair com cabelos molhados;

- Evitar tomar banho muito frio;

- Manter o organismo bem hidratado;

- Fazer uma alimentação leve e saudável (evitando gorduras e excesso de condimentos, investindo em frutas, verduras e sucos).

 

FONTE: Bruno Borges de Carvalho Barros - Médico otorrinolaringologista pela UNIFESP Professor Medcel Pós-graduação pela UNIFESP. Especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo.


Gravidez na adolescência: quais são os impactos psíquicos para a gestante?

Na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, especialista fala sobre os danos emocionais da gestação nesta fase

 

No Brasil, desde 2019 o número de adolescentes que se tornaram mãe diminuiu cerca de 18%, de acordo com levantamento do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do Governo Federal. Apesar da queda, 380 mil nascimentos de filhos de meninas de até 19 anos, em 2020, correspondem a 14% de todos os partos no Brasil1. A Dra Talita Poli Biason, diretora médica associada da área de Saúde Feminina da Organon, lembra que, além dos problemas de saúde pública, as consequências psicológicas que uma gestação na adolescência pode causar também é motivo de preocupação.

“A adolescência é a fase de transição da infância para a vida adulta, um período repleto de transformações físicas e psíquicas, que passa por questões que são de extrema importância para formação da individualidade, como a busca por independência psicológica dos pais e pela própria identidade. Uma gestação nesse momento reduz a possibilidade de uma adolescente passar plenamente por essa etapa da vida. Ter que lidar ao mesmo tempo com adolescência, com as questões que são inerentes a ela, e com maternidade é um desgaste psicológico bastante complexo”, explica a hebiatra, acrescentando que pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência vai de 10 a 19 anos e que as consequências emocionais são mais intensas quando a gravidez ocorre até os 14 anos.

De acordo com a especialista, é imprescindível que a gestante adolescente tenha acompanhamento psicológico durante a sua gravidez para que ela consiga lidar bem com esta fase e não passe por dificuldades de adaptação social, que pode ocasionar um isolamento espontâneo dos amigos por vergonha de ser a única grávida entre eles, ou problemas mais graves como ansiedade e depressão. “Se esta menina não tiver ferramentas que a ajudem a minimizar as consequências desta gravidez não planejada, isso poderá influenciar na relação dela com a criança, na decisão de querer ter outro filho no futuro e até de carregar a depressão para a vida adulta”, afirma Talita Poli

Além dos danos emocionais, há também os riscos para a saúde. De acordo com a OMS, adolescentes grávidas de 10 a 19 anos enfrentam mais riscos de eclampsia, endometrite puerperal e infecções sistêmicas do que mulheres de 20 a 24 anos. A entidade ainda revela que as complicações na gestação e no parto são a principal causa de morte entre meninas de 15 a 19 anos em todo o mundo.

Para combater essas estatísticas, Talita acredita que um modo eficiente é o compartilhamento de informação qualificada. “É papel de todos nós orientar as meninas adequadamente, falando profundamente sobre as opções de métodos contraceptivos. Não adianta acharmos que elas estarão informadas por conta de um cartaz na parede. A informação tem que estar disponível em todos os canais que os adolescentes acessam e ser discutida de forma ampla e profunda”, conclui.

 

Organon
www.organon.com/brazil
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Referência:
Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Departamento de Análise da Situação de Saúde (MS/SVS/DASIS) - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvuf.def

Atenção às doenças de verão: pediatra alerta sobre os riscos e cuidados com as crianças

 Especialista do Hospital IGESP orienta sobre medidas de prevenção contra infecções no ouvido, diarreias e insolação

 

Época do ano marcada por chuvas e altas temperaturas, o verão é sinônimo de férias, viagens em família e descanso. Porém, para muitos, ele pode se tornar motivo de preocupação, já que os meses de calor registram o aumento de doenças como diarreia, otite e insolação, principalmente em crianças. 

De acordo com a pediatra do Hospital IGESP, Patricia Terrivel, é importante que os pais estejam atentos aos cuidados básicos com a higiene dos pequenos, como o consumo de água potável, a ingestão de alimentos bem acondicionados e a lavagem das mãos após brincadeiras ou idas ao banheiro. 

“No período do verão e de férias escolares, é inevitável que ocorram mais atividades ao ar livre, como praias e piscinas, o que pode facilitar a contaminação de crianças por diversas vias. É fundamental ter atenção à higiene e à conservação de alimentos para evitar viroses e diarreia nesses momentos”, explica a médica. 

O contato com a água pode trazer outro problema aos pequenos: as otites, inflamações no ouvido causadas por fungos e bactérias, provocando infecção geralmente no ouvido externo. “Nesse caso, o ideal é procurar o médico e iniciar o tratamento adequado. Com otites, as crianças podem sofrer com dor no ouvido, secreções e zumbido”, afirma. 

Em relação à exposição excessiva ao sol, a famosa insolação, o uso de protetor solar deve ser item obrigatório na rotina, assim como a hidratação. “A insolação causa queimaduras dolorosas, que incomodam bastante e podem fazer com que as crianças tenham febre, vômito e até diarreia. Como a pele deles é mais sensível se comparada com a dos adultos, recomendo não apenas o uso de protetor solar, mas também de acessórios de proteção, como chapéus e bonés, além da ingestão de água e outros líquidos durante o dia”, finaliza a pediatra do Hospital IGESP.

 

Hospital IGESP


Imunidade: como manter a defesa do corpo em dia

Com alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e suplementação e outros hábitos, especialistas explicam o que fazer para evitar problemas de saúde

 

A imunidade é a capacidade do organismo de reagir contra agentes, que ele identifica como estranhos e que podem afetar a saúde de forma negativa. Após a pandemia da Covid-19 o assunto imunidade passou a ganhar cada vez mais espaço na mídia. Nas redes sociais, técnicas para aumentá-la passaram a ser amplamente difundidas e com isso surge a dúvida sobre o que realmente funciona e o que não. 

Saber mais sobre este tópico é muito importante, uma vez que uma imunidade competente vai proteger não só contra doenças infecciosas, mas também contra doenças crônicas, como câncer, e o desenvolvimento de doenças autoimunes. 

De acordo com a clinica médica do Hospital Anchieta de Brasília, Drª Patrícia Maira, uma boa imunidade se adquire com um estilo de vida saudável. Hábitos como uma alimentação anti-inflamatória, rica em frutas, verduras e legumes, boas noites de sono e cuidar do intestino são essenciais. 

“Além disso é necessário evitar alguns fatores que podem causar baixa na imunidade como o estresse excessivo, tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas, deficiência de nutrientes, devido a má alimentação, sedentarismo e o uso recorrentei de corticoides e antibióticos”, conta a especialista. 

Outro fator importante, de acordo com Patrícia, é a prática de atividades físicas. “Exercícios físicos de forma moderada trazem inúmeros benefícios à saúde, e um deles é a melhora da imunidade por reduzir o estresse e ajudar na produção de anticorpos, deixando o organismo mais fortalecido e aumentando a capacidade cardiorrespiratória", diz. 

A médica conta que alguns suplementos também ajudam a melhorar a imunidade como Ômega 3, Cúrcuma, Probióticos, Zinco, selênio, Vitamina A, C, D e E, mas que é necessário um acompanhamento médico para saber onde está a deficiência de imunidade para que os medicamentos façam o efeito correto.
 

Shots para imunidade 

Atualmente com a alta repercussão do assunto, receitas de shots para imunidade que propõem grandes mudanças tem se propagado na internet . Esses shots são concentrados em nutrientes e compostos bioativos que trazem muitos benefícios à saúde e por isso podem atuar na imunidade. 

De acordo com Mariana Arraes, médica experiente em emagrecimento e longevidade saudável, as bebidas não são um shot da imunidade e sim aditivos naturais que promovem aumento e melhor absorção de nutrientes no corpo. A médica alerta para a forma que eles devem ser tomados. 

“Tudo precisa estar interligado. Não existe apenas um shot isolado que irá aumentar sua imunidade. Ativos com vitamina c natural, anti-inflamatório, antioxidante promovem uma melhora no seu sistema imune, porém se outros hábitos não existirem, o shot será uma gota no oceano”, explica Mariana. 

Antioxidante, antiinflamatório, digestivo, estimulante e diurético são algumas funções que o shot tem no organismo. Drª Mariana dá algumas dicas de como fazer a receita. “A base sempre gosto de limão pela manhã e você pode acrescentar alguns ativos como: Cúrcuma, Maca peruana, Própolis, Spirulina. Já nos que têm o café preto sem açúcar como base podemos colocar canela, maca peruana, tribulus, e pode até ser usado como pré-treino.”



Falta de óculos é a maior causa de cegueira

Estudo inédito mostra que a Inteligência Artificial e imagem de fundo do olho podem prever a alta miopia, risco mais relevante.

 

Na férias toda criança deveria passar por exame oftalmológico antes de retornar às aulas. Isso porque, a miopia, dificuldade de enxergar à distância, está crescendo em uma velocidade assustadora no País.  Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que a falta de óculos é a maior causa de cegueira. Pior: no Brasil a maioria das crianças nunca foi ao oftalmologia. Como se não bastasse, o  relatório da OMS revela em 2030 a miopia vai atingir 35,5% dos brasileiros e ter um aumento maior que a média mundial. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, a correção da miopia é essencial para o aprendizado. “Isso foi comprovado em um levantamento com 36 mil crianças das escolas públicas que receberam óculos durante uma ação social promovida pelo hospital em parceria com a prefeitura de Campinas” pontua. Após um ano de uso dos óculos 50% tiveram melhora no desempenho escolar e 36,2% ficaram menos agitadas, uma comprovação da importância do acompanhamento da saúde ocular na infância.

 

Causas

O oftalmologista afirma que a miopia é hoje a principal causa de deficiência visual reversível. Pode ser corrigida com óculos ou  lente de contato. É desencadeada por herança genética quando os dois pais ou um deles é míope.  Mas o aumento exponencial da miopia na infância está relacionado ao esforço visual para perto imposto pela vida digital e à falta de exposição ao sol, pontua. Um levantamento realizado por Queiroz Neto no hospital com 360 crianças na faixa etária de 6 a 9 anos mostra que o uso intensivo das telas praticamente dobrou a prevalência da miopia entre os participantes.  O oftalmologista explica que se trata de uma miopia acomodativa, causada pelo espasmo nos músculos ciliares que movimentam o cristalino para focalização nas várias distâncias. A recomendação para evitar esta paralização da musculatura dos olhos é não ultrapassar 2 horas contínuas de uso das telas, recomenda.

 

Risco da alta miopia

Para o especialista hoje um dos maiores desafios da Oftalmologia é prever a alta miopia.  Isso porque, acima de 6 graus a miopia pode causar descolamento de retina, glaucoma, catarata precoce e degeneração macular, importantes causas de deficiência visual grave que reduzem a produtividade e aumentam os custos sociais relacionados à falta de acompanhamento oftalmológico. Pior:  A estimativa é que 1 em cada 10 míopes ultrapasse o marco de seis dioptrias ou graus. A  boa notícia é que uma pesquisa inédita mostra que a IA (Inteligência Artificial) somada à  imagem do fundo do olho podem prever a alta miopia  anos antes da progressão, tornando a indicação de tratamentos preventivos mais precisa.

 

Efeitos na saúde

Queiroz Neto afirma que a miopia, também aumenta a tendência à depressão e insônia, sobretudo entre altos míopes, conforme ficou demonstrado em outro estudo publicado na Nature .

“Isso acontece porque todo nosso organismo - da temperatura do corpo, à pressão arterial, frequência cardíaca, fome, estado emocional e sono – é regido pela luz que sensibiliza células fotossensíveis da retina e avisa uma porção de nosso cérebro quando é dia ou noite”, pontua. O oftalmologista esclarece que no míope o diâmetro antero posterior é maior que o normal.  “Esta alteração faz com que menos luz penetre nos olhos e as imagens se formem antes da retina, tornando tudo o que está distantes desfocado”, salienta. A diminuição da entrada de luz nos olhos reduz a produção de dois hormônios, adrenalina e cortisol que controlam o estresse, mantêm o bom funcionamento sistema imune e a glicemia em equilíbrio. No entardecer estes hormônios diminuem ainda mais para dar espaço à produção da melatonina, hormônio indutor do sono que também tem queda na produção e causa insônia em míopes.

 

Dificuldade na fala e cognição

Queiroz Neto é membro da ABRACMO (Academia Brasileira de Controle da Miopia e Ortoceratologia) onde muitos pediatras têm relatado que recebem em seus consultórios crianças com necessidade de acompanhamento de um fonoaudiólogo. Isso porque, são crianças que aos 2 anos ainda não entraram na fase do balbucio por terem no celular uma babá eletrônica. O oftalmologista explica que a OMS preconiza não expor crianças com até dois anos às telas porque o cérebro está em desenvolvimento e a neuroplasticidade fica comprometida por esta exposição.

 

Prevenção

O especialista  ressalta que poucos pais conseguem restringir o tempo de uso das telas porque hoje as crianças estudam pelo computador ou celular. A boa notícia é que a miopia pode ser prevenida com duas horas/dia de atividades externas durante o dia. Isso porque, o sol estimula a produção da dopamina, hormônio que controla o crescimento do olho, maior nos míopes. 

Hoje também já estão disponíveis lentes de contato e  de óculos que controlam a progressão da miopia. As lentes comuns, explica, corrigem a visão, mas na periferia da retina jogam a imagem à frente da retina estimulando o crescimento axial do olho e, portanto, a progressão da miopia. Nas novas lentes de contato e óculos as imagens se formam exatamente encima da retina em toda sua extensão e isso permite o controle da miopia. Não significa que estaciona totalmente, apenas controla.

As recomendações da OMS de uso seguro das telas são:

  Menores de 2 anos. Não é indicado o uso de telas.

  Entre 2 a 5 anos, o ideal é não ultrapassar 1 hora diária e sempre com um adulto por perto.

  Entre 6 a 10 anos, no máximo 2 horas por dia e também com a supervisão de um adulto.

  A partir dos 10 anos,  não ultrapassar o limite de 3 horas por dia. É importante também evitar a utilização de noite, que pode causar agitação e   atrapalhar o sono.

• Para todas as idades, sempre preferir as telas maiores e usar mantendo distância. Se for tablet ou celular, a recomendação é de 30 cm entre o aparelho e rosto. Outra recomendação é evitar a utilização durante as refeições. Isso porque, induz  á alimentação compulsiva e leva ao ganho de peso, outro problema de saúde que está em alta entre as crianças brasileiras.

 

Obesidade: Anvisa aprova injeção para perda de peso

Endocrinologistas aguardam ansiosos a entrada da injeção

 

Para quem trabalha no dia a dia com obesidade, a entrada de novas medicações traz consigo a oportunidade de mudar a história dessa doença dentro do tratamento clínico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima, em 2025, 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30. No Brasil, a obesidade aumentou 72% nos últimos 13 anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 2019 (Vigitel). 

A obesidade é uma doença crônica, recorrente, multifatorial, com característica genética e progressiva, reconhecida como doença em 1997 pela OMS e incluída no CID-6 (Código Internacional de Doença) em 1946. Associa-se a outras doenças crônicas, piorando a evolução ou desencadeando doenças como hipertensão arterial, dislipidemia, doença cardiovascular, diabetes melitus, osteoartrite e apneia obstrutiva do sono. Sabemos que reduções de peso na ordem de 10-15% trazem consigo a melhora do risco cardiovascular, com impacto na hipertensão arterial, controle da glicemia e dislipidemia. 

A endocrinologia brasileira comemora a entrada da caneta de semaglutida 2,4mg com agulha incluída (Wegovy ™) de uso subcutâneo semanal para tratar obesidade e pacientes com sobrepeso associado à comorbidades (hipertensão, síndrome metabólica, dislipidemia), promovendo perda de peso de 16%-17% do peso corporal em 68 semanas. A medicação já estava sendo usada na caneta de 1mg para tratamento do diabetes (Ozempic ™). 

A semaglutida faz parte das medicações agonistas do GLP-1 (glucagon like peptide-1 receptor agonista) que agem não apenas retardando o esvaziamento gástrico, mas também reduzindo ingestão alimentar por ação central no apetite. Principais efeitos colaterais apresentados foram efeitos gastrointestinais como náusea, vômitos, diarreia e constipação intestinal. 

Será comercializado pela farmacêutica Novo Nordisk, com o nome Wegovy. Trabalhos preliminares com as injeções semanais ajudaram na redução de até 20% do peso corporal de uma em cada 3 pessoas, sendo a redução igual ou superior a 5% do peso corporal vista em 83,5% dos pacientes. 

A medicação já vem sendo utilizada nos Estados Unidos, onde foi aprovada para comercialização em 2021 pelo FDA. Países como Reino Unido, Japão e Dinamarca já aderiram a medicação, aqui no Brasil esperamos sua entrada no segundo semestre de 2023. Ainda seu preço não foi definido. 

Mas é importante lembrar que a entrada de novas opções terapêuticas para tratar ambos, obesidade e sobrepeso com comorbidades, não nos isenta do foco na melhoria de qualidade da alimentação e atividade física, pelo contrário, são estratégias a serem somadas no tratamento da obesidade. Lembrando que obesidade precisa de tratamento de longo prazo, como toda doença crônica. 

 

Maria Augusta Karas Zella - Professora de Endocrinologia e Semiologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - regional Paraná


Dia Mundial de Combate ao Câncer alerta para o aumento da doença no país

O oncologista Ramon Andrade de Mello ressalta a necessidade da adoção de medidas preventivas

 

No dia 4 de fevereiro, é comemorado o Dia Mundial do Câncer. A data foi criada para conscientizar a população sobre as medidas preventivas e a importância do diagnóstico precoce da doença. “O avanço das pesquisas, tanto para o diagnóstico como para os tratamentos dos tumores cancerígenos, traz um novo panorama para a oncologia. Já podemos vislumbrar o câncer como uma doença crônica”, avalia o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Para o oncologista, apesar do cenário otimista para os pacientes com câncer, o país ainda precisa investir na prevenção. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar 704 mil casos novos de câncer para o triênio 2023-2025. As regiões Sul e Sudeste devem concentrar 70% dos registros: “Uma parcela significativa dos diagnósticos é realizada quando a doença já está em estágio avançado. Isso aumenta os riscos de insucesso no tratamento, reduz a qualidade de vida do paciente, bem como amplia as despesas de saúde”. 

O câncer é a segunda causa de mortes no mundo. No Brasil, o tumor oncológico com maior incidência é o de pele não melanoma, que responde por 31,3% do total de registros. Em seguida, vem o câncer de mama feminino (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). 

“Estudos internacionais mostram que entre 30% e 50% dos cânceres podem ser evitados ou alcançar maiores percentuais de cura por meio de estratégias de prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado”, orienta Ramon Andrade de Mello. Segundo ele, fatores de riscos como alto índice de massa corporal, baixo consumo de frutas e vegetais, ausência de atividades físicas regulares, bem como o consumo de álcool e tabaco ampliam significativamente a possibilidade de diagnóstico da doença ao longo dos anos. 

O oncologista lembra ainda que medidas preventivas, como a vacinação de meninas e meninos contra o HPV (Papilomavírus humano), podem reduzir os casos de câncer relacionados a essa doença sexualmente transmissível. “Alguns casos de câncer, como do colo do útero e anal, podem ser evitados se a população receber as vacinas no período adequado”. 

 

Dr. Ramon de Mello -oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP. Confira mais informações sobre o tema no site

 

Reflexões sobre o Dia Mundial do Câncer

 

Reflexões sobre o Dia Mundial do Câncer


O Dia Mundial do Câncer é celebrado anualmente em 4 de fevereiro e tem como objetivo chamar a atenção para a importância da prevenção e do tratamento do câncer. 

O câncer é uma doença complexa e pode afetar vários órgãos. Ele é causado pela multiplicação descontrolada de células no corpo. Existem muitos tipos diferentes de câncer, cada um com suas próprias características e tratamentos. 

A prevenção é a melhor maneira de combater o câncer. Isso inclui hábitos saudáveis, como manter uma dieta equilibrada, fazer exercícios regularmente, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, e se proteger da exposição dos raios solares e de substâncias tóxicas no ambiente de trabalho e no lar. Além disso, é importante realizar exames regulares para detectar o câncer precocemente, quando as chances de cura são maiores. 

Quando o câncer é detectado, o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo e imunoterapia. A terapia é planejada de acordo com o tipo de câncer e estágio da doença. 

Além disso, é importante lembrar que o controle do câncer não é apenas uma questão médica, mas também psicológica e social. Acompanhamento psicológico e apoio de familiares e amigos são fundamentais para ajudar os pacientes a enfrentar a doença. 

Embora 10 milhões de pessoas no mundo morram a cada ano da doença, hoje, sabemos mais sobre o câncer do que nunca. Através do investimento em pesquisa e inovação, testemunhamos avanços extraordinários na medicina, diagnóstico e conhecimento científico. 

Mais de 40% das mortes relacionadas ao câncer poderiam ser evitáveis, pois estão ligadas a fatores de risco modificáveis, como tabagismo, uso de álcool, má alimentação e sedentarismo. 

Quanto mais sabemos sobre a doença, mais progresso podemos fazer na redução dos fatores de risco, aumentando a prevenção e melhorando o diagnóstico, a prevenção, o tratamento e os cuidados com o câncer.

A União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) acredita que o acesso ao diagnóstico, tratamento e cuidado do câncer que salva vidas deve ser equitativo para todos -- não importa onde o paciente mora, qual a renda, etnia ou gênero. 

A entidade crê que os governos devem ser responsáveis ​​e acredita que a liderança nacional em políticas, legislações, investimentos e inovação é a chave para o progresso acelerado. 

Em resumo, o Dia Mundial do Câncer é uma oportunidade para lembrar a importância da prevenção e do tratamento do câncer. Com hábitos saudáveis, exames regulares e tratamentos eficazes, podemos reduzir o impacto da doença na nossa sociedade.  

 

Dr. Paulo Pizão - oncologista. Por ter trabalho como docente em faculdade, como pesquisador na indústria farmacêutica, gestor em instituições de saúde e por atuar no atendimento clínico, tem uma visão geral do setor e conhece o mecanismo desse segmento. Especialista em Oncologia Clínica pela Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO); Especialista em Cancerologia (Oncologia Clínica) pela Associação Médica Brasileira; PhD em Medicina (Oncologia) pela Universidade Livre de Amsterdam, Holanda.


Ansiedade, depressão e burnout - como empresas devem lidar com essas doenças?



O mundo passa por uma verdadeira revolução nos últimos anos, com uma digitalização cada vez maior, com o avanço tecnológico. Tudo isso foi potencializado com a pandemia, isso tudo também tem impactos negativos, como é o caso da pressão cada vez maior nas empresas e busca por altas metas. Isso se potencializa nos períodos de fim de ano, com muitas frustrações por parte das pessoas.

“O fim de ano representa fim de um ciclo, para o qual muitas pessoas se planejaram e estabeleceram metas. Além disso, se observa que as pessoas ficam muito mais sentimentais e sensíveis nesse período. Isso, em conjunto com questões que vivemos recentemente, podem ser gatilhos para esses problemas de ordem psiquiátrica”, explica Vicente Beraldi Freitas, médico e consultor e gestor em saúde da Moema Assessoria em Medicina e Segurança do Trabalho.

Ele conta que neste ano ainda existiram fatores com as eleições e sua polarização e a Copa do Mundo, com sua euforia, que potencializam os impactos nas pessoas. Com isso, em relação a saúde do trabalhador grande parte dos problemas deixaram de ser de ordem física passando a atingir o psicológico.

"Há 20 anos, o maior número de afastamentos era por conta de acidentes do trabalho, de trajeto ou por problemas ortopédicos. Hoje, a situação se inverteu. Em uma rápida análise, percebemos que na Unidade da Moema 70% são de pacientes com problemas psiquiátricos. Em seguida vêm os problemas ortopédicos", aponta Tatiana Gonçalves, sócia da Moema Medicina do Trabalho.

Tatiana Gonçalves acrescenta que nestes 70% entre as doenças que acometem as pessoas se destacam o transtorno de ansiedade, a depressão e a Síndrome de Burnout. Essas doenças e os transtornos que as permeiam correspondem a um conjunto de doenças psiquiátricas, caracterizadas por preocupação excessiva ou constante de que algo negativo vai acontecer.


Quais as principais causas?

Esses problemas podem surgir a partir de grande competitividade no local de trabalho, pressão inadequada ou por ser a atividade exercida muito intensa, sujeita a riscos. Veja algumas das principais causas:

  • Estresse na atividade profissional que abranja áreas de conflito como competência(s), autonomia, relação com os clientes, realização pessoal e falta de apoio social de colegas e superiores;
  • Fatores organizacionais como a elevada sobrecarga de trabalho, o desalinhamento entre os objetivos da instituição e os valores pessoais dos profissionais e o isolamento social no trabalho. E ainda há fatores de ordem pessoal, entre os quais estão as relações familiares e as amizades.


Como combater

Para combater esses problemas existem caminhos para empresas, um desses passa pela intensificação de ações relacionadas a medicina do trabalho que trabalhem o lado de bem-estar. “Uma alternativa é que as empresas podem fazer grupos para vivenciamentos, onde se aprenda a lidar com situações e pessoas. Além disso, as vezes o que falta nas empresas é um setor para prepara a equipe e acompanhe a situação”, explica Vicente Beraldi Freitas.

Cristine Pereira, gerente de Recursos Humanos da Confirp Contabilidade, conta que tem desenvolvido diversas ações para combater esse problema. “A área de recursos humanos da empresa busca cada vez mais próxima aos colaboradores. Fazendo um acompanhamento desde a contratação. Caso se observe algo que posso direcionar a esse quadro já iniciamos uma ação mais aprofundada”, detalha.

Como estes problemas estão mais frequentes, um caminho é sempre repensar situações que podem originar esses males. Com melhores condições de trabalho e das relações profissionais com diminuição do isolamento.

Pode ser importante um afastamento temporário do local de trabalho da pessoa impactada, a reorganização das suas atividades, um adequado investimento em outros interesses, como no maior convívio com família e amigos, a prática de exercício físico ou de atividades relaxantes.

Pode ainda ser necessário ter ajuda médica, nomeadamente, quando a pessoa tem sintomas como a depressão, crise do pânico, Burnout e ansiedade. A psicoterapia também pode ajudar a compreender melhor as razões que o levaram a situação e a evitar procedimentos semelhantes no futuro.

Assim, antes de que esses males comecem a acometer os colaboradores, as empresas possuem papel crucial de revisão das condições de trabalho e busca de qualidade de vida, evitando que isso impacte diretamente nos resultados dos negócios.

 

Médico comenta os benefícios do uso do laser vaginal

Conheça o método, suas indicações e como é realizado o tratamento com este instrumento

 

A diminuição ou ausência da lubrificação vaginal é um problema que afeta muitas mulheres, principalmente aquelas que estão no climatério ou menopausa. Para aquelas mulheres que não desejam ou não podem fazer a reposição hormonal, o laser ginecológico é uma excelente alternativa para melhorar a libido e diminuir a dor durante a relação sexual, trazendo mais autoestima e qualidade de vida para mulheres que sofrem com o ressecamento vaginal.

 

O que o laser faz?

O laser vaginal, principalmente o laser de CO2 (Dióxido de carbono), cada vez mais mostra sua importância para a saúde feminina. Para o Dr. Marcos Tcherniakovsky, Ginecologista e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), esta tecnologia é "nível A” de evidência na conduta do tratamento.

"Nas sessões de laser vaginal, um tubo emite o CO2, que quebra o colágeno da parede vaginal, melhorando a elasticidade desta região e estimulando as glândulas vaginais a produzir novamente uma lubrificação fisiológica, diminuindo a secura", diz o médico. 

 

Em qual situação o procedimento é indicado?

Esse procedimento é indicado para pacientes que têm queixas ao urinar, como em alguns casos de incontinência urinária; dor na região vaginal, ou em casos de atrofia vaginal. Também é indicado para mulheres na menopausa que apresentem secura vaginal ou em mulheres que sentem dores nas relações sexuais.

O laser melhora todo o ambiente vaginal de forma fracionada, e vale destacar que são necessárias de três a quatro sessões para se atingir um excelente benefício. E, dependendo da resposta de cada mulher, a duração desses efeitos perduram por até 2 anos.

"Este mesmo laser também é usado para fins estéticos. Usamos na plástica vaginal, para aquelas mulheres com flacidez na vulva", comenta o ginecologista. 

O laser vaginal possui muitos benefícios e por isso está cada vez mais sendo utilizado para beneficiar as pacientes e entregar uma melhor qualidade de vida, principalmente na menopausa. "Cada vez mais recebo em meu consultório mulheres que se informaram e estão querendo ter o benefício do laser ginecológico para a melhora de toda sua função vaginal. A mulher na menopausa tem o direito de se sentir perfeitamente bem, sem queixas que a incomodem e acima de tudo com sua saúde plena. Asseguro a vocês que a melhora é impressionante e, muitas vezes, acaba sendo mais efetivo do que o uso hidratante vaginal, que a mulher irá usar praticamente de duas a três vezes por semana durante toda a sua vida" finaliza Tcherniakovsky. 

 

Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra – Alto conhecimento em Endometriose e Vídeo-endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). É Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE). Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. Membro da comissão de especialidades na área de Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Médico Responsável da Clínica Ginelife. Instagram: @dr.marcostcher

 

Saúde integrada: a melhor maneira de cuidar da sua saúde

À medida que o mundo evolui, as pessoas estão buscando novas formas de tratamento. Exigem-se medicinas mais eficazes e práticas humanizadas por parte dos profissionais de saúde. As clínicas multidisciplinares têm ganhado muito espaço no Brasil devido à quantidade significativa de resultados positivos no tratamento dos pacientes. Esse tipo de clínica tem como objetivo principal investigar as causas das doenças de seus pacientes, para que ele tenha qualidade de vida e uma saúde integral. 

A saúde integrada é uma abordagem colaborativa para o atendimento ao paciente que combina os aspectos físicos, mentais e comportamentais da saúde. O objetivo é fornecer tratamento holístico e prevenção para uma ampla gama de condições crônicas. “Ela busca tratar a causa dos problemas de saúde, em vez de simplesmente aliviar os sintomas. Como resultado, os pacientes podem experimentar um aumento na qualidade de vida e um maior senso de bem-estar e promover um maior autodomínio de controle sobre sua própria saúde.” explica o diretor médico da Clínica Franco Amaral, referência em saúde integrada e especialista em medicina laboratorial, Dr. Roberto Franco do Amaral. 

Considerando todos os aspectos que afetam a sua saúde, a saúde integrada foca em unir diversos profissionais de saúde que se complementam, com o objetivo de oferecer um cuidado mais completo e eficaz. Dessa forma, o paciente recebe o tratamento mais adequado para as suas necessidades e pode melhorar sua qualidade de vida.

O Dr. Roberto Franco do Amaral vem agregando o mercado há 12 anos com um atendimento de ponta para pacientes que buscam tratamentos de saúde de forma multidisciplinar, ou seja, unindo profissionais de diferentes áreas em prol da melhora do paciente. Os atendimentos vão desde a cura de doenças, passando por aqueles que buscam se sentir com mais energia, dormir melhor, ter mais imunidade, mais desejo sexual e melhorar a forma física, integrando suplementação e tratamentos específicos prescritos pelo médico, dieta personalizada preparada pelo nutricionista e orientação pelo personal trainer do tipo de exercício físico a ser realizado após minuciosa avaliação física.
 

Atuando também na área de nutrologia, o Dr. Roberto tornou-se referência médica na área de emagrecimento, melhora da forma física e qualidade de vida. Através de sua equipe e pacientes, passa o legado de uma vida inteira voltada à saúde corporal. 

O Dr. Roberto Franco do Amaral comenta que a construção de hábitos saudáveis e a redução do estresse, por exemplo, são preceitos básicos que fazem com que a saúde integrada possa ser executada da forma esperada.
Outro ponto de vital importância é proporcionar ao paciente tratamentos que sejam complementares entre si, mas com abordagens diferentes. 

Com esse tratamento amplo, a qualidade de vida do paciente melhora consideravelmente, afinal, ter uma boa saúde vai muito além do que curar doenças, mas buscar o equilíbrio e a prevenção durante toda a vida. “A abordagem integrada utiliza tanto os recursos da medicina tradicional quanto as práticas de saúde alternativas para tratar o paciente de forma holística. Isso significa que ela não apenas visa curar doenças, mas também promover o bem-estar geral do paciente.” finaliza Dr. Roberto Franco do Amaral.


Roberto Franco do Amaral -  Diretor Médico da Clínica Franco do Amaral. Médico clínico geral. Graduação em Medicina pela Universidade Severino Sombra. Título de Especialista em Patologia Clínica -- Medicina Laboratorial pela Associação Médica Brasileira. Pós graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia. Palestrante e idealizador do curso para médicos Performance Física e Envelhecimento Saudável. Coescritor do livro: Você Precisa Saber -- Tudo sobre a medicina do futuro


A vacina que pode prevenir o câncer: saiba tudo sobre a vacinação contra o HPV

Já tem algum tempo que o carnaval acende um alerta para doenças e infecções sexualmente transmissíveis.

Muitas pessoas aproveitam o Carnaval para se divertir, mas é importante lembrar que o risco de contrair DSTs e ISTs aumenta durante esse período. “Lembre-se que as DSTs podem ser transmitidas por qualquer pessoa, mesmo as que aparentam ser saudáveis. Então, não coloque a sua saúde ou a da outra pessoa em risco.” alerta o médico Dr. Marco César Rodrigues Roque, também diretor técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações.
 

O principal foco do Ministério da Saúde é a prevenção de HIV/Aids. Mas especialistas alertam para o risco de propagação de outras doenças, como HPV, herpes genital, gonorreia, hepatite B e C e sobretudo sífilis - que vem apresentando aumento no número de ocorrências no Brasil, acompanhando uma tendência mundial.
 

Você sabia que 85% das pessoas terão uma infecção por HPV durante a vida?
 

Quase todas as pessoas não vacinadas que são sexualmente ativas contrairão o HPV em algum momento de suas vidas. Cerca de 13 milhões de americanos, incluindo adolescentes, são infectados com o HPV a cada ano. A maioria das infecções por HPV desaparece por conta própria. Mas infecções que não desaparecem podem causar certos tipos de câncer.
 

O Papilomavírus Humano existe com mais de 200 variações e se manifesta por meio de formações verrugosas - que podem aparecer no pênis, vulva, vagina, ânus, colo do útero, boca ou garganta.
 

A relação sexual é a principal forma de transmissão do HPV, seja pelo coito ou pelo sexo oral.
 

O HPV é uma preocupação grave de saúde pública pelo potencial de alguns tipos do vírus causarem câncer, principalmente no colo do útero e no ânus, mas também na boca e na garganta, que vêm aumentando entre os jovens.
 

“O vírus pode ficar latente por períodos prolongados sem que haja sintomas, e é difícil erradicar a infecção por completo.” comenta o Dr. Marco César Rodrigues Roque.
 

Por isso, especialistas recomendam que mulheres com vida sexual ativa façam exames preventivos anuais no colo do útero para monitorar o aparecimento de possíveis lesões que antecedem o câncer e que podem ser tratadas.


O HPV pode causar câncer de:
• Colo do útero, vulva e vagina em mulheres
• Pênis em homens
• Ânus tanto em mulheres quanto em homens
• Parte de trás da garganta (chamado câncer orofaríngeo), incluindo a base da língua e amígdalas, tanto em homens quanto em mulheres
 

A vacinação contra o HPV é a prevenção do câncer

Infecções por HPV, verrugas genitais e pré-cânceres cervicais (células anormais no colo do útero que podem levar ao câncer) caíram desde que a vacina começou a ser usada.
 

Prevenir o câncer é melhor do que tratá-lo e como já listado, o HPV pode causar vários tipos de câncer. Apenas o câncer do colo do útero pode ser detectado precocemente com um teste de triagem. O Dr. Marco esclarece que os outros tipos de câncer causados pelo HPV podem não ser detectados até que sejam mais grave e a vacinação contra o HPV também previne infecções que causam esses tipos de câncer.
 

As recomendações também se estendem a homens que fazem sexo anal desprotegido, e devem fazer exames preventivos na região anal e no reto.
 

O Ministério da Saúde anunciou que a vacina quadrivalente que protege contra quatro tipos de HPV passaria a ser oferecida também para meninos, na faixa de 11 a 14 anos. Anteriormente a vacina só era disponibilizada para meninas de 9 a 14 anos.
 

Crianças de 11 a 12 anos devem receber duas doses da vacina contra o HPV, com intervalo de 6 a 12 meses. As vacinas contra o HPV podem ser administradas a partir dos 9 anos de idade.
 

As crianças que iniciam a série de vacinas contra o HPV a partir dos 15 anos precisam de três doses, administradas durante 6 meses.
 

Se seu filho adolescente ainda não foi vacinado, converse com o médico sobre como fazê-lo o mais rápido possível.
 

Adolescentes e jovens também devem ser vacinados

Todas as pessoas até 26 anos de idade devem receber a vacina contra o HPV se ainda não estiverem totalmente vacinadas.
 

A vacinação contra o HPV não é recomendada para todas as pessoas com mais de 26 anos de idade.
 

• Alguns adultos de 27 a 45 anos que ainda não foram vacinados podem optar por receber a vacina contra o HPV após falar com seu médico sobre o risco de novas infecções por HPV e os possíveis benefícios da vacinação para eles.

• A vacinação contra o HPV em adultos oferece menos benefícios, porque mais pessoas nessa faixa etária já foram expostas ao HPV.

“Vacinar-se é uma forma de demonstrar cuidado e respeito por si mesmo e com outros. A vacinação é a forma mais eficaz de proteger-se contra o vírus do papiloma humano. Por isso, faça a sua parte: vacine-se!” Finaliza o Dr. Marco César Rodrigues Roque.

Marco César Rodrigues Roque - Diretor Técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações.
Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor Público Estadual- IAMSPE, responsável pelo setor de Neurologia Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP

Câncer do pulmão, que vitimou Glória Maria, é o segundo mais comum no país

 O oncologista Ramon Andrade de Mello explica que novas terapias têm ampliado a sobrevida dos pacientes 


A jornalista Glória Maria foi vítima de um câncer de pulmão, a segunda doença oncológica que mais afeta a população brasileira. No mundo, esse tumor ocupa a primeira posição tanto em incidência quanto em mortalidade, alcançando 13% de todos os casos novos de câncer. “A informação positiva é que os tratamentos tiveram grandes avanços nas últimas décadas e vêm se tornando mais precisos e personalizados como as terapias-alvo e a imunoterapia”, explica o médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), em São Paulo, e médico pesquisador honorário do Departamento de Oncologia da Universidade de Oxford, no Reino Unido. 

O oncologista alerta que a doença pode não apresentar sintomas na sua fase inicial: “Porém, os pacientes devem ficar atentos para alguns sinais como tosse persistente, escarro com sangue, dor no peito e rouquidão. Em alguns casos, a pessoa pode apresentar piora da falta de ar, perda de peso e apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, bem como sentir-se cansado ou fraco”. 

O tratamento de câncer de pulmão avançou nas últimas décadas. Segundo Ramon Andrade de Mello, os novos medicamentos ampliaram a taxa de sobrevida dos pacientes em 5 anos, que aumentou de 10,7% no início dos anos de 1970 para 19,8% na década de 2010: “Uma das indicações para o tratamento do câncer de pulmão é a terapia-alvo, prescrita para pacientes com determinadas características genéticas”. 

 

Dr. Ramon de Mello - oncologista do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e do Centro de Diagnóstico da Unimed, em Bauru, SP.

 

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