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quinta-feira, 1 de junho de 2023

Lipedema é uma doença comum e pode impactar a qualidade de vida da mulher

Junho, o mês da Conscientização do Lipedema, é dedicado a promover o diagnóstico precoce e incentivar uma vida mais saudável

 

Junho foi instituído o mês da Conscientização do Lipedema, uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O objetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP) é difundir o diagnóstico precoce e também garantir um tratamento adequado para todos aqueles que enfrentam essa condição.

O transtorno é uma situação caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura nas pernas e braços que resulta em dores nos membros afetados e que atinge quase que exclusivamente mulheres.  O cirurgião vascular e membro do Departamento de Doenças Linfáticas da SBACV-SP, Dr. Mauro Figueiredo Carvalho de Andrade, explica que a doença progride em quatro estágios, com a possibilidade de afetar o sistema linfático. "O mecanismo exato dessa lesão linfática não é totalmente claro. Além disso, devido ao comprometimento da musculatura da perna, o sistema venoso das extremidades inferiores pode apresentar um funcionamento inadequado", afirma o especialista.

A doença é dividida de acordo com as áreas dos membros que estão afetadas: Tipo I: acomete a região do quadril; Tipo II: envolve o quadril e as coxas; Tipo III: atinge todo o membro inferior, com a formação de “manguito” de gordura nos tornozelos; Tipo IV: braços - bastante associado aos tipos II e III; Tipo V: apenas do joelho para baixo.

Existe ainda outra classificação que se refere à evolução e gravidade da doença:

  • Estágio 1: a superfície da pele é normal, ocorre aumento da gordura no tecido subcutâneo e há presença de nódulos de gordura, palpáveis sob a pele.
  • Estágio 2: a pele é irregular, um pouco mais flácida do que o esperado para a idade e com aspecto de celulite, e os nódulos que podemos palpar ficam maiores.
  • Estágio 3: a pele é significativamente mais flácida, com a presença de dobras de pele. Isso pode causar dificuldade para caminhar e se movimentar. Além dos nódulos, podemos palpar também áreas de fibrose, que são como cicatrizes por baixo da pele causadas pela inflamação crônica.
  • Estágio 4: todas as alterações descritas no estágio 3, mais o comprometimento do sistema linfático. O linfedema (comprometimento dos vasos linfáticos) pode ocorrer em qualquer estágio, mas é mais frequentemente encontrado no estágio 4, chamado de lipolinfedema.

As mulheres em idade de reprodução, desde a puberdade até a fase de mudanças hormonais com o início do climatério, são as mais atingidas. Além da gordura excessiva desproporcionalmente distribuída, os sintomas também incluem desconforto, fragilidade capilar, equimoses e edema nas regiões afetadas. “Pacientes com lipedema são mais suscetíveis a lesões das articulações. Em casos mais avançados, podem ter dificuldades na marcha e consequente atrofia muscular”, alerta o Dr. Mauro, que reforça sobre o fator genético ter um grande peso para o diagnóstico, já que a maioria dos pacientes apresenta histórico familiar.

Conforme o médico, atividades físicas como exercícios aeróbicos, caminhada e natação podem desempenhar um papel importante no controle da doença. Porém, é essencial que os exercícios sejam gradualmente intensificados e supervisionados por um profissional de educação física ou fisioterapeuta. Além disso, o cuidado com a alimentação também é destacado. É importante ressaltar que dietas restritivas não têm efeito significativo na redução do acúmulo de gordura do lipedema e podem até piorar a desproporção corporal. No entanto, é fortemente recomendado que os pacientes mantenham um peso saudável. Embora haja relatos sobre certas dietas chamadas de "anti-inflamatórias", que proporcionam um melhor controle dos sintomas, ainda não há evidências científicas suficientes para recomendá-las.

O diagnóstico da doença é clínico, e cabe ao profissional detectar a suspeita. “Não existem exames que marquem a presença da enfermidade antes que ela seja clinicamente observável. Os exames (ultrassom, tomografia, cintilografia linfática, bioimpedância) servem para diagnóstico de casos em que há suspeita de associação de problemas”, informa o cirurgião vascular.

Apesar de não ter cura, existem opções de tratamento disponíveis para aliviar os sintomas, evitar agravamentos e trazer mais qualidade de vida. Uma das recomendações é o uso das meias de compressão, sugestão que, de acordo com Dr. Mauro Andrade, pode ser recebida com relutância e parte dos pacientes resiste em utilizá-las por experiências prévias malsucedidas devido a prescrições inadequadas.

“As meias normalmente usadas para o tratamento de edemas de membros inferiores (em doenças venosas não avançadas, por exemplo) são meias tecidas com malhas circulares. Em pacientes com lipedema, o uso recomendado – aliado ao acompanhamento médico – são meias elásticas com baixo estiramento (menor elasticidade), obtidas quando o material da fabricação é a malha plana. É um tipo de tecido menos extensível, mais robusto, confortável e se adapta melhor ao formato do membro afetado”, esclarece o médico.

Como o paciente viverá com a condição pelo resto da vida, o acompanhamento médico é fundamental. Ele é realizado de forma multidisciplinar, ou seja, com profissionais de diferentes áreas, sendo os mais recomendados os  cirurgiões vasculares, dermatologistas, fisioterapeutas e nutricionistas.

Segundo o cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional de São Paulo (SBACV-SP), Dr. Fabio Rossi, o lipedema é uma doença bastante comum, que afeta uma em cada dez mulheres. Dependendo da gravidade, essa condição pode ter um impacto significativo na qualidade de vida. “O primeiro passo no tratamento é procurar um especialista angiologista ou cirurgião vascular, que realizará a avaliação dos diagnósticos diferenciais nos casos de sintomas como dor e inchaço nas pernas. Além da conscientização e da orientação adequada sobre a doença, exames complementares, como Doppler Vascular, linfocintilografia, medida de gordura corporal e, em certos casos, ressonância magnética, também podem ser recomendados”, afirma o médico.

O presidente da SBACV-SP ainda esclarece que em alguns casos onde o tratamento clínico não é suficiente, e são descartadas outras causas para a doença, e que ainda comprometa a qualidade de vida, técnicas de lipoaspiração podem ser indicadas. Porém, as taxas de complicações e os resultados a longo prazo ainda são desconhecidos. “Esses casos devem ser avaliados por uma equipe multidisciplinar, e a melhor estratégia terapêutica deve ser decidida de forma compartilhada”, explica Dr. Fabio Rossi.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br


Meu filho não quer beber água, e agora?

A nutricionista recomenta deixar a garrafinha com água ao alcance da criança

 

É comum crianças que não têm o hábito de beber água. Segundo Irani Gomes dos Santos Souza, nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Santa Marcelina, crianças podem ter resistência para ingestão de água devido à falta de hábito familiar. “Esse hábito precisa ser constituído desde a infância. Um jeito de estimular, por exemplo, é deixando o (squeeze) garrafinha com água de fácil acesso para que a criança não precise ficar pedindo para um adulto ou dependendo de alguém para dar água para ela”, explica.

Confira as dicas da nutricionista de como introduzir água na rotina das crianças.


Introduzir suco de frutas cedo demais atrapalha o interesse da criança pela água?

A introdução de suco de frutas precoce traz outros maléficos como sobrecarga de frutose (açúcar presente nas frutas). Na introdução complementar que acontece, a partir dos 6 meses, é o momento que também inicia a oferta de água para a criança (ou conforme recomendação do pediatra). Cabe ao cuidador da criança ofertar pequenos goles no decorrer do dia, trazendo o hábito da ingestão hídrica.


O que podemos fazer para incentivar a crianças?

  • Deixar a garrafinha de água sempre a vista para que a criança tenha acesso sozinha.
  • Ensine a criança a sempre beber água após urinar. Pois logo sentirá vontade de urinar e terá que beber água novamente. A frequência do xixi irá diminuir com a adaptação do corpo a essa ingestão hídrica e a criança então já terá o hábito de beber água frequentemente.
  • Atividades lúdicas também são válidas estimulando a ingestão de água, principalmente no calor.
  • Levar a garrafinha de água quando for ao parquinho também é fundamental.
  • Levar um squeeze (garrafinha) para a escola.
  • Estimular uma meta para a criança e toda a família para consumo diário conforme a recomendação de água por dia.


Tem como substituir a água? Alguma ideia de um “truque” para isso?

Água saborizada é bem-vinda sempre. A criança pode montar a garrafinha dela colocando frutas, especiarias e ervas como por exemplo:

Rodelas de maçã, cravo e canela (em pau);

Rodelas de laranja com cravo;

Rodelas de abacaxi com folhas hortelã;

Rodelas de limão com capim cidreira;

Rodelas de limão com folhas de manjericão;

Rodelas de limão com hortelã;

Fatias de morango, framboesa e amora;

Fatias de morango e cereja, com um pouco de suco de limão;

Fatias de morango com rodelas de laranja;

Melancia picada com folhas de hortelã;

Rodelas de Kiwi e fatias de limão.

Para dar um melhor sabor coloque as combinações e deixe a água por pelo menos 2 horas na geladeira. Quando a água da garrafa acabar poderá ser reposta e continuar bebendo no decorrer do dia. As frutas e as ervas devem ser usadas um dia apenas, e se no final do dia a criança quiser comê-las para não desperdiçar, pode também.


Qual é a quantidade necessária de água que uma criança precisa ingerir por dia?

A Sociedade Brasileira de Pediatria estabelece que:

7 a 12 meses a ingestão deve ser de 800 ml.

1 a 3 anos 1,3litros.

4 a 8 anos 1,7litros.

9 a 13 anos 2,4 litros.

A recomendação abaixo dos 7 meses deve seguir a recomendação do Pediatra, porém é importante reforçar que o Leite Materno é a principal fonte hídrica para a criança. E no caso de fórmulas infantis, estas também são diluídas em água.


Quais são os prejuízos na saúde da criança caso não ocorra a ingestão de água?

Os principais prejuízos são: infecção urinária, prejuízo no desempenho escolar, dores de cabeça, cansaço e desidratação.

 

Faculdade Santa Marcelina

 

Doenças de pele podem ser agravadas pelo inverno: Saiba como se proteger

 

Divulgação

Especialistas listam os cuidados que devem ser redobrados durante esta época do ano, principalmente para quem já sofre com doenças crônicas

 

O ano de 2023 deve ser marcado por um inverno menos rigoroso, por conta do fenômeno El Niño, responsável por grandes mudanças na temperatura. No Brasil, sua elevação atua diminuindo as probabilidades de episódios de ar polar intenso, tornando a estação mais amena.

Mas apesar das estatísticas, manter os cuidados com a pele nesta estação do ano é essencial, principalmente para quem já possui determinadas doenças de pele. Doenças crônicas como a dermatite seborreica (descamação da pele), por exemplo, tende a ter uma maior renovação celular durante o frio, o que piora o quadro. O aumento de banhos quentes também prejudica a pele, levando à inflamações e a proliferação de fungos causadores da caspa.

A dermatite atópica, também causadora de uma inflamação da pele, leva ao aparecimento de lesões e coceira que podem se agravar com alguns hábitos durante o frio. Banhos longos, roupas de lã, tecidos ásperos e sintéticos podem piorar o caso.

Além das doenças crônicas, outros incômodos podem aparecer durante esta época do ano, como a foliculite, uma infecção bacteriana dos folículos pilosos (onde nascem os pelos). Embora muitos a associem ao verão, ela é muito comum também no inverno, principalmente quando a tendência é usar roupas mais apertadas causando atrito entre os pelos.

Para diminuir os aborrecimentos causados pelas baixas temperaturas, os dermatologistas Anelise Dutra e Dário Rosa, da Unique Dermatologia, destacam alguns cuidados que devem ser mantidos e redobrados:

1 – Procure um dermatologista – Pode parecer simples, mas ninguém melhor para te ajudar a resolver o problema do que um especialista.

2 – Hidrate a Pele – A nossa pele tende a ficar mais sensível durante essa época, por isso é imprescindível mantê-la hidratada.

3 - Evite banhos muito quentes e prolongados.

4 – Evite usar buchas vegetais, esponjas ou cremes com grânulos.

5 – Use toalhas macias.

6 - Utilize protetor solar – Muitas pessoas abandonam o protetor durante o inverno, mas é importante mantê-lo, pois os raios ultravioletas emitidos pelo sol ocorrem o ano inteiro, independentemente das estações do ano.

 

Idosos buscam informações sobre tratamento com cannabis

Levantamento feito pela Remederi, mostra que 20% de todas as consultas recebidas são de idosos em busca de tratamento com cannabis medicinal


Levantamento exclusivo feito pela Remederi, farmacêutica brasileira que promove o acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal, mostra que os idosos representam 20% do total de pessoas que entram em contato com a empresa em busca de tratamento e esclarecimento sobre o produto. Na maioria dos casos, eles querem saber como age a cannabis medicinal em doenças neurodegenerativas. 

O Parkinson, doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, é uma das que vem sendo tratada com a cannabis medicinal. A médica de família especialista em Geriatria, Letícia Mayer, explica que a doença ocorre por causa da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem o neurotransmissor dopamina, responsável pelo controle da atividade motora do corpo (dos músculos), além de influenciar nas emoções, aprendizado, humor e atenção. “Pesquisas científicas mostram que os canabinóides interagem com os receptores CB1 e CB2 do Sistema Endocanabinoide, modulando a liberação de dopamina no sistema nervoso central. Isso é uma esperança no tratamento da doença. Além disso, há o efeito neuroprotetor dos derivados da cannabis, muito positivo nas doenças neurodegenerativas, e o efeito, também demonstrado em estudos, de melhora de sintomas e qualidade de vida", explica.

A Dra. Letícia também elenca os benefícios da cannabis medicinal em pacientes com Alzheimer, informando que a conduta pode ser adotada em qualquer estágio da doença, que é um transtorno neurodegenerativo progressivo, que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória. “Existem duas frentes de ação, a melhora sintomática que percebemos no dia a dia, como a ansiedade, e o efeito neuroprotetor, que diminui a neuroinflamação no cérebro, que leva à morte de neurônios”, pontua.

O fundador e CEO da Remederi, Fabrizio Postiglione, ressalta que é preciso facilitar o acesso para que mais pessoas possam ser beneficiadas. “O Brasil é um dos países que mais produz pesquisas sobre a cannabis medicinal, o que é um ponto extremamente positivo, ainda assim é preciso oferecer mais facilidades para que os pacientes possam ter acesso mais simples e ágil ao tratamento”.

Ainda de acordo com a pesquisa da farmacêutica, além dos tratamentos contra Parkinson (30% do total de idosos) e contra Alzheimer (40% do total de idosos), os idosos também buscam saber como se tratar com a cannabis medicinal contra dores crônicas como artrite e artrose (30%).

A Remederi, além dos produtos à base de cannabis medicinal, também oferece orientação ao paciente sobre todo o trâmite necessário, junto a Anvisa, para obter a permissão de adquirir a cannabis medicinal. 

 

Remederi
Facebook, LinkedIn e YouTube; e no site


Conscientização dos pais é o maior desafio para combater a Obesidade Infantil

Dia 3 de junho é o Dia da Conscientização contra a Obesidade Infantil

 

O tema é motivo de preocupação da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) que faz um alerta sobre a crescente problemática da obesidade entre crianças e adolescentes no estado. O relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, com dados de pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde, aponta que, até meados de setembro de 2022, mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos de idade foram diagnosticadas com obesidade. Em 2021, a APS diagnosticou obesidade em 356 mil crianças dessa mesma idade. A condição traz consequências graves para a saúde física e mental dos pequenos, como o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, distúrbios alimentares e baixa autoestima.

A pediatra e membro da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Cristiane Kopacek, ressalta a importância dos pais terem consciência sobre a relevância de uma alimentação saudável.

"É fundamental discutir as dúvidas com o pediatra, mas o bom senso desempenha um papel crucial. Se perguntarmos a uma criança qual é a opção mais saudável entre uma maçã e uma bolacha recheada, ela saberá responder que a fruta é melhor. Portanto, é importante que os pais também se preocupem em educar seus filhos em relação ao comportamento alimentar", afirma.

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) está comprometida em combater a obesidade infantil e trabalhar em parceria com pais, escolas e profissionais de saúde para promover um ambiente favorável à saúde e ao bem-estar das crianças. Reforça a importância de adotar hábitos alimentares saudáveis, incentivar a prática regular de atividades físicas e limitar o consumo de alimentos ultraprocessados. Além disso, é essencial o acompanhamento pediátrico regular para monitorar o crescimento e desenvolvimento das crianças, identificar precocemente o risco de obesidade e proporcionar intervenções adequadas.

Atualmente, a região Sul possui 11,52% de crianças obesas nessa faixa etária, maior índice do País. Em seguida aparecem as regiões Sudeste, com 10,41%; Nordeste, com 9,67%; Centro-Oeste, com 9,43%; e Norte, com 6,93% das crianças acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região.

A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) do Ministério da Saúde reconhece a obesidade como um problema de saúde pública. Por ser multifatorial,a doença exige intervenções integradas de diversos setores, além da saúde, paradeter o avanço e garantir o pleno desenvolvimento durante a infância.

 

Marcelo Matusiak


Dia Nacional do Teste do Pezinho: saiba tudo sobre este exame

Nesta terça-feira (6) comemora-se o Dia Nacional do Teste do pezinho, exame obrigatório realizado em recém-nascidos com o objetivo de detectar uma série de doenças e condições congênitas

 

Com a coleta e análise de apenas algumas gotas de sangue do calcanhar do bebê é possível identificar precocemente e prevenir complicações de diversas doenças que não apresentam sintomas no período neonatal (0 a 28 dias de vida), mas podem levar a deficiências ou afetar gravemente a saúde da criança.

 

A coleta do sangue deve ser realizada entre o terceiro e o quinto dia de vida do bebê e é disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

O Programa Nacional de Triagem Neonatal consegue identificar até seis doenças: Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Doença Falciforme e outras hemoglobinopatias, Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência de Biotinidase.

 

Quando tratadas a tempo, as chances de sequelas são reduzidas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. O exame pode ainda fazer a diferença nos índices de mortalidade infantil e no desenvolvimento saudável da criança.

 

"A maioria das doenças não apresenta sintomas ao nascimento, por isso o teste auxilia no diagnóstico e tratamento precoce desses pacientes. Algumas doenças raras quando são tratadas precocemente, possibilitam a eliminação de possíveis sequelas para o futuro da criança", alerta Daniela Fiorenzano, pediatra da Maternidade São Luiz Star.

 

A unidade da Rede D’Or, localizada na zona Sul da capital paulista, oferece uma versão ampliada do Teste do Pezinho, capaz de identificar 48 doenças.

 


O exame do pezinho é obrigatório?

O teste é obrigatório e gratuito para todos os recém-nascidos. Este exame faz parte do Programa de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde. Todos os estados do país estão credenciados para realizá-lo.

 


O bebê sentirá dor na coleta do exame?

As mamães e papais costumam ficar preocupados com a realização de exames em seus bebês recém-nascidos. Mas é importante lembrar a importância, mesmo que cause algum desconforto.

 

O teste é feito rapidamente, e a coleta de sangue é realizada no calcanhar por ser uma região bastante vascularizada, sendo fácil a coleta de algumas gotinhas de sangue.

 


Quanto tempo demora o resultado?

O tempo de espera para receber o resultado do teste do pezinho é de 10 dias.

 


O que fazer caso o resultado der positivo?

Caso o resultado seja positivo para alguma doença, o melhor é fazer um novo teste para confirmar. Além disso, o acompanhamento regular com o pediatra é essencial para que ele possa estar ciente das manifestações clínicas da doença.


Extensão de cílios: técnica pode prejudicar a saúde dos olhos; veja quais cuidados tomar

Surgida no Japão e na Coreia em meados dos anos 2000, a extensão ou alongamento de cílios conquistou o mercado estético brasileiro há poucos anos. No entanto, a técnica que promete valorizar o olhar pode causar danos graves à saúde ocular. A aplicação, segundo a médica oftalmologista do Núcleo de Oftalmologia, Emília Lucena, pode causar a princípio irritação nos olhos, inflamação de repetição, alergias, conjuntivites, traumatismo da conjuntiva e até problemas mais graves como úlceras, derrame e cegueira.

O especialista explica ainda que as implicações na saúde dos olhos se dão pelo material usado nos cílios e como ele impede o funcionamento natural do órgão ocular. “Geralmente o cílio aplicado para dar volume é sintético, então, não é compatível com os nossos cílios nascidos, o que pode acabar levando a obstrução das glândulas de produção de lubrificação dos olhos, por exemplo. A partir disso, também pode ocorrer a queda dos cílios naturais, aumentar a suscetibilidade a infecções por traumatizar a superfície e até levar a um derrame ocular", pontua a oftalmologista.

A cola utilizada nesse tipo de procedimento também é um dos principais pontos negativos do procedimento em relação à saúde dos olhos. “A cola usada para colocar os cílios libera alguns gases que podem derreter as lentes de contato e causar um mal estar e desconforto imediato na visão, além da possibilidade da dermatite de contato. Outro ponto em que é necessário ter atenção, é quanto à higienização dos cílios. Se não cuidado de forma correta, pode haver o acúmulo de ácaros no procedimento, em alguns casos”, elucida Emília.

Por fim, o médico aconselha que, em caso de possíveis efeitos colaterais após o procedimento estético, seja procurado de forma rápida e assertiva um(a) oftalmologista. “Até mesmo antes. Se você deseja realizar a extensão de cílios, procure um especialista no trato da saúde ocular. Apenas um profissional pode ajudar a indicar o melhor tratamento pré e pós aplicação”, esclarece.

 

Núcleo de Oftalmologia

 

Conheça a miastenia, uma doença rara e incurável

2 de Junho é o Dia Mundial da Miastenia; conheça os sintomas, o tratamento e as ações que vão marcar a data

 

Dia 2 de junho, próxima sexta-feira, marca o Dia Mundial da Miastenia, uma doença rara, incurável, mas que pode ser controlada com tratamento adequado, permitindo uma melhora dos sintomas e possível qualidade de vida do paciente.

A miastenia é uma doença neuromuscular crônica que afeta a função dos músculos voluntários, aqueles que controlamos conscientemente. Ela é caracterizada por fraqueza e fadiga muscular anormal, que pioram com a atividade física e melhoram com o descanso.

A Abrami (Associação Brasileira de Miastenia) estima que existam cerca de 40 mil pessoas com a doença no país.

Para marcar o Dia Mundial da Miastenia, a pedido da Abrami, a fachada da Câmara Municipal, no Viaduto Jacareí, centro de São Paulo, será iluminada em azul na noite do dia 2. Também na Câmara Municipal, no sábado, dia 3 de junho, haverá um seminário organizado pela associação no qual a defensora pública Renata Tibiriçá falará sobre os direitos do paciente. O evento contará também com uma apresentação da Camerata Vassileva.

 

Sintomas

A miastenia ocorre devido a uma disfunção na comunicação entre os nervos e os músculos. Normalmente, quando queremos mover um músculo, os nervos enviam sinais elétricos que ativam a liberação de uma substância química chamada acetilcolina na junção neuromuscular. Essa substância estimula os músculos a se contraírem. Na miastenia, ocorre uma diminuição na quantidade de receptores de acetilcolina na junção neuromuscular, resultando em uma redução da força muscular.

O neurologista Eduardo de Paula Estephan, diretor científico da Abrami, aponta alguns sintomas que podem indicar a presença de miastenia:

·         Fraqueza muscular: A fraqueza é o sintoma principal da miastenia. Ela pode afetar vários grupos musculares, e os mais comumente afetados são os músculos oculares, faciais, bulbares (envolvidos na fala, mastigação e deglutição) e os músculos do pescoço e dos membros. A fraqueza geralmente piora ao longo do dia e com o esforço do músculo acometido.

·         Fadiga muscular: A fadiga é um sintoma comum na miastenia e ocorre devido à fraqueza muscular. Os músculos se cansam rapidamente e perdem a capacidade de manter uma contração adequada. Isso pode levar a dificuldades para realizar atividades simples, como segurar objetos ou andar.

·         Diplopia (visão dupla): A miastenia pode afetar os músculos oculares, resultando em visão dupla. Os músculos responsáveis pelo alinhamento dos olhos podem enfraquecer, levando a uma visão desfocada e imagens duplicadas.

·         Pálpebra caída: A ptose palpebral, nome técnico da “pálpebra caída”, é outro sintoma comum da miastenia, e se manifesta como dificuldade de manter os olhos totalmente abertos. Ela ocorre devido ao enfraquecimento dos músculos que controlam o movimento das pálpebras. A ptose pode afetar um ou ambos os olhos e piorar ao longo do dia.

·         Dificuldade na fala e na mastigação: A fraqueza muscular na região bulbar pode causar dificuldades na fala, como voz fraca ou nasalizada. Além disso, a mastigação e a deglutição podem ser comprometidas, resultando em engasgos frequentes ou dificuldade em engolir alimentos.

É importante ressaltar que esses sintomas podem variar de pessoa para pessoa e sua gravidade pode ser diferente em cada caso. Se você suspeita que possa ter miastenia, é fundamental procurar um médico especialista, como um neurologista, para um diagnóstico adequado. O profissional realizará uma avaliação clínica completa, podendo solicitar exames complementares, como o teste de eletroneuromiografia e a pesquisa de auto-anticorpos específicos para confirmar o diagnóstico, e iniciar o tratamento adequado.

 


Controle e tratamento


Ainda não existe cura para miastenia, mas há como controlar os sintomas, permitindo uma melhora importante nos sintomas e na rotinas das pessoas que tem a doença.


O neurologista Eduardo Estephan afirma que, com tratamento adequado, mais de 90% dos casos atinge bom controle, levando uma vida normal, ou quase normal. No entanto, em cerca de 95% dos casos há necessidade de utilizar medicamentos por muitos anos, às vezes pela vida toda. Estephan é membro do Grupo de Miopatias e Ambulatório de Miastenia do Hospital das Clínicas/FMUSP, do Ambulatório de Doenças Neuromusculares do Hospital Santa Marcelina e professor do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina Santa Marcelina.


Segundo ele, o tratamento envolve uso de medicamentos específicos, em alguns casos a cirurgia de retirada do timo, e o atendimento de uma equipe multidisciplinar da área da saúde.


Estephan indica ainda duas outras terapias como parte do tratamento:

·         Fisioterapia – é fundamental para recuperação e/ou melhora dos movimentos, enquanto a fonoaudiologia contribui com a mastigação e a deglutição.

·         Terapia ocupacional – também faz parte do tratamento, pois ajuda a pessoa com miastenia a lidar com as atividades comuns do dia a dia. Medida fundamental porque a fadiga e comprometimento dos movimentos afeta tarefas como tomar banho, comer e se vestir. 


Grupos de apoio
miastenia.com.br
abrami.org.br


Próteses de quadril modernas: veja como isso tem melhorado a vida de quem usa

Os avanços tecnológicos vêm ajudando e muito no que se diz respeito à qualidade de vida. O quadril, por exemplo, é uma das articulações fundamentais para o funcionamento pleno do corpo. Afinal, ele é formado pelo fêmur (osso da coxa) e o acetábulo (uma parte do osso da bacia), além de outras estruturas, como músculos, cartilagem, ligamentos e nervos. Todo esse conjunto revela que esta é uma das principais articulações de carga do corpo humano.

Quando está em plena harmonia, esse sistema permite que a pessoa execute atividades básicas do dia-a-dia, como sentar, vestir suas roupas, subir escadas, correr, agachar, cruzar as pernas, entre muitos outros movimentos. Só que muitos brasileiros não podem desfrutar isso. Exemplo disso é que cerca de 15 milhões de pessoas no Brasil sofrem de algum tipo de artrose.

Para recuperar a qualidade de vida, é comum que a pessoa coloque uma prótese naquela região. Segundo o médico ortopedista Dr. David Gusmão
, as técnicas atuais têm trazido uma melhora significativa para a pessoa. “Depois de sofrer com as dores, ao colocar a prótese a condição apresenta resultados tão positivos que há aqueles que até se aventuram em fazer atividades físicas mais intensas”. Logicamente, é preciso cautela e atenção para quem deseja praticar estes exercícios, reforça o médico.

 “As próteses são excelentes para que a pessoa restaure sua mobilidade, mas é preciso tomar os cuidados para que elas não sofram um desgaste prematuro. Tendo a orientação correta e sabendo ter um autocuidado, a expectativa é muito positiva”.

Para quem precisa colocar a prótese, o médico lembra que “o acompanhamento e a fisioterapia neste primeiro momento são vitais. No primeiro momento este suporte é necessário exatamente para o corpo se adaptar bem à essa prótese. Depois disso ela poderá ter uma vida normal e inclusive praticar diversos esportes e atividades que lhe der prazer e vontade”.

E o melhor de tudo é que, conforme lembra o Dr. David, as melhores próteses do mercado tem grande durabilidade, podendo ultrapassar 30 anos, quando um bom modelo for escolhido. Tudo isso, é claro, sem esquecer que “as próteses são mecanismos ‘biônicos’, ou seja, estão sujeitos a desgastes assim como o quadril natural sofreu também, por isso é sempre bom procurar o médico ao menor sinal de um incômodo aqui ou ali”, acrescenta. “Afinal, como diria aquele velho conselho, cuidado e prudência não faz mal a ninguém”, finaliza.

 

Catarata infantil: especialista lista as causas e explica como tratar a doença

Algumas doenças,como a catarata, são comumente relacionadas à terceira idade. No entanto, o problema ocular pode atingir também crianças no nascimento ou ao longo da infância. Estima-se que 3 a cada 10.000 crianças manifestem a catarata infantil. A enfermidade, também conhecida como catarata congênita, é uma das principais causas de cegueira infantil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O médico oftalmologista do Núcleo de Oftalmologia, Dr. Cícero Narciso, explica que a doença, no caso das crianças, atua como uma película opaca nos olhos. “A catarata infantil faz com que elas percam a transparência do cristalino, uma lente translúcida que fica dentro do olho, atrás da pupila. A perda ocorre por meio da formação de uma película opaca de espessura mediana, que provoca a sensação de embaçamento da visão. A formação desse ‘vidro fosco’ nos olhos é capaz de comprometer a visão dos pequenos, em casos graves”, esclarece Dr. Cícero.

A doença tem sintomas visíveis e aparentes. Dentre os mais comuns em crianças, está a pupila esbranquiçada, ou leucocoria, como descreve o especialista. “Esse sintoma pode se manifestar logo após o nascimento ou após poucos meses. A leucocoria é um sinal de que a catarata já está em um grau mais avançado e, caso não haja o tratamento imediato, pode acontecer uma piora considerável da doença ao longo do tempo, levando ao desenvolvimento de estrabismo e nistagmo, por exemplo” complementa.

A doença pode afetar um ou os dois olhos, sendo classificada em uni ou bilateral. O seu diagnóstico, segundo Dr. Cícero, acontece por meio do ‘Teste do reflexo vermelho’ ou, como é conhecido popularmente, ‘Teste do Olhinho”. “Se o recém-nascido apresentar sintomas logo na primeira semana, recomenda-se que seja realizada a testagem. No teste, uma luz é projetada sob o olho do bebê para observar possíveis alterações na estrutura ocular. Caso não seja identificado nenhum obstáculo na entrada e saída de luz pela pupila, a saúde ocular do bebê não está comprometida pela doença”, pontua o especialista.

A catarata infantil possui cura. O diagnóstico precoce aliado a um tratamento eficiente são a chave para a eliminação da doença, como enfatiza Dr. Cícero. ”O primeiro passo é buscar um médico oftalmologista especialista no assunto. Só por meio de uma orientação adequada, será possível encontrar e realizar o tratamento mais eficaz e indicado para cada criança. Em alguns casos o procedimento mais adequado é a remoção do cristalino, em outros o tratamento pode ser realizado apenas com colírios e demais medicamentos. Cada caso deve ser analisado de forma singular, a fim de recuperar a visão da criança”, finaliza.

 

Núcleo de Oftalmologia


Com chegada do inverno, cresce demanda por vacinas contra doenças respiratórias

Especialistas explica sobre leis que garantem vacinação gratuita no combate a doenças que aumentam incidência em período de tempo frio

 

Com a temporada de inverno se aproximando é essencial ressaltar a importância da vacinação contra doenças respiratórias. As vacinas desempenham um papel crucial na prevenção e controle dessas doenças, garantindo a saúde e bem-estar da população. 

Tanto que é um direito assegurado pela constituição. Principalmente através da Lei nº 6.259/1975, que estabelece as diretrizes para a organização das ações de vigilância epidemiológica e de táticas de imunização no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e da Lei nº 8.080/1990, dispondo sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, garantindo a assistência integral à saúde, incluindo a vacinação, como direito de todos os cidadãos brasileiros.

As doenças respiratórias, como a gripe sazonal, o resfriado comum e a pneumonia, são especialmente comuns durante os meses de inverno. Essas condições podem levar a sintomas graves, complicações e até mesmo hospitalização. No entanto, por meio da vacinação, é possível reduzir significativamente o risco de contrair essas doenças e suas complicações associadas.

Numa crescente de demanda por estas doenças, acarreta também programas para o seu combate. Quem esclarece o é advogado especialista em direito médico e direito público, Thayan Fernando Ferreira. “Vacinação é coisa séria e precisamos seguir à risca as necessidades do cartão de vacina. Tanto que há bastante tempo fomos taxados por leis, códigos e determinações que ajudam a instaurar um calendário vacinal como método preventivo a dezenas de doenças que assolaram a sociedade em outros tempos. Vacinar-se não é obrigatório, mas é de bom tom”, confirma. 

Thayan, que também é membro da comissão de direito médico da OAB-MG e diretor do escritório Ferreira Cruz Advogados, ainda conta sobre programas que ajudam na educação do brasileiro quanto a vacinação. “Além das leis, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é uma política do Ministério da Saúde que tem como objetivo oferecer vacinas gratuitas à população, abrangendo crianças, adolescentes, adultos e idosos. O PNI conta com uma lista de vacinas obrigatórias e um calendário nacional de vacinação, que orienta o momento adequado para a administração de cada imunizante”, salienta.

Vale ressaltar que as leis e políticas de vacinação gratuita podem variar em diferentes países. Portanto, é importante consultar as leis e regulamentações específicas de algum país de residência para obter informações atualizadas sobre a vacinação gratuita disponível, além, é claro, de verificar como é o código para outros países em casos de viagens ao exterior.

Entretendo, especialistas defendem que a vacinação contra doenças respiratórias oferece proteção tanto para o indivíduo vacinado quanto para a comunidade em geral. Ao se vacinar, você está fortalecendo seu sistema imunológico e reduzindo a probabilidade de adoecer. Além disso, ao evitar a infecção, você ajuda a interromper a cadeia de transmissão, protegendo pessoas vulneráveis, como idosos, crianças pequenas e indivíduos com sistemas imunológicos enfraquecidos.

Além da imunização, é fundamental adotar medidas preventivas diárias, como lavar as mãos regularmente, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, evitar o contato próximo com pessoas doentes e manter ambientes bem ventilados. Essas e outras orientações podem ser encontradas em sites de órgãos de saúde oficial como o portal do Ministério da Saúde.

 “Neste inverno, priorize sua saúde e a saúde daqueles ao seu redor. Vacine-se contra doenças respiratórias e incentive seus familiares, amigos e colegas a fazerem o mesmo. Juntos, podemos construir uma comunidade mais saudável e protegida. Para mais informações sobre as vacinas disponíveis e locais de vacinação, entre em contato com seu médico ou autoridades de saúde locais”, orienta o especialista.

 

Opioides no Brasil: Biomédico do CEUB alerta para o uso indiscriminado da medicação

Especialista faz alerta sobre o aumento do uso de analgésicos à base de ópio no Brasil e no mundo

 

Sentir dor e, sobretudo, 'conviver' com a dor sempre foi um problema para parte da população mundial. Nesse contexto, o tratamento da dor representa um grande desafio para profissionais de saúde ao redor do globo. O biomédico, mestre e doutor em Ciências (Fisiologia e Farmacologia) e professor de Enfermagem do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Danilo Avelar comenta a preocupante questão da dependência dos opioides, um problema de saúde pública em ascensão no Brasil.

Danilo Avelar explica que existem diferentes classes de medicamentos que aliviam a dor, como os anti-inflamatórios e analgésicos, entre eles a dipirona e a aspirina, além dos anestésicos com seus diversos subtipos. Já a morfina tem características moleculares semelhantes ou derivadas do ópio, substância conhecida por seu notável efeito no sistema nervoso, inibindo quase completamente a dor - que chegou a protagonizar a histórica 'Guerra do Ópio'.

Segundo o especialista do CEUB, os opioides são uma classe de fármacos eficazes no tratamento da dor, porém seu uso inadequado pode levar à dependência. Um exemplo é o fentanil, substância muito mais potente do que a própria morfina e que se tornou um preocupante problema de saúde pública, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos EUA, as mortes por overdose relacionadas ao uso de opioides aumentaram de 21 mil em 2010 para 80,4 mil em 2021, um crescimento de quase quatro vezes em pouco mais de uma década. Somente em 2021, mais de 100 mil óbitos foram registrados nos EUA relacionados à overdose por fentanil e substâncias similares, representando um aumento de quase 280% em relação a 2016.

"Nos Estados Unidos, há mais de duas décadas, houve uma promoção indevida do consumo de medicamentos opioides como uma opção mais viável e fácil para o tratamento da dor. Algumas empresas farmacêuticas afirmaram que substâncias como a oxicodona eram seguras e não causavam dependência. Essa abordagem resultou em um aumento alarmante no número de prescrições desses medicamentos", detalha Avelar.

No caso do Brasil, a popularidade dos opioides segue crescendo. Entre 2012 e 2018, a venda prescrita de analgésicos à base de opiáceos ou opioides sintéticos aumentou expressivamente, conforme dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com um crescimento de 465%. De acordo com pesquisa realizada pela Fiocruz em 2019, 2,9% da população já fez uso ilegal dessas substâncias, sem prescrição médica, um número significativamente maior do que o de pessoas que utilizam crack ou cocaína.

Investigações realizadas recentemente pela Polícia Federa em estados brasileiros resultaram na apreensão de lotes irregulares de fentanil. O biomédico do CEUB considera que esses acontecimentos servem como um alerta para a possível tendência de aumento na demanda por opioides sintéticos, tanto de forma legal quanto ilegal, em território nacional. "É crucial intensificar a vigilância e o controle dessas substâncias, bem como implementar políticas públicas que garantam o acesso adequado a esses medicamentos para aqueles que realmente necessitam", alerta.

Segundo Danilo Avelar, além do aumento da fiscalização nas prescrições e nas liberações dos lotes que saem das indústrias, associadas a políticas públicas de acesso a essas medicações para quem realmente precisa, é necessário aumentar as ações de vigilância e o controle sobre substâncias (farmacêuticas/tóxicas) que podem ser produzidas em laboratórios clandestinos e vendidas de forma ilegal. "Medidas como estas são imperativas já nesse momento, para evitar uma 'pandemia de dependência e mau uso de opioides' no Brasil", pontua o professor.

 

Como o cigarro afeta a saúde bucal

Especialista da Clínica Omint Odonto e Estética explica como o cigarro pode afetar os dentes e dá dicas de cuidados 


O cigarro é um dos maiores inimigos da saúde bucal, pois contém substâncias tóxicas que afetam as células da boca e prejudicam as funções dos tecidos. Segundo dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - Vigitel 2021, o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil é de 9,1%, sendo 11,8% entre homens e 6,7% entre mulheres. 


“Ao fumar, a fumaça do cigarro entra em contato diretamente com a boca, que é a primeira parte do corpo a ser exposta às toxinas do tabaco. Essas toxinas incluem nicotina, alcatrão, amônia, formaldeído e outras substâncias que podem alterar o comportamento das células bucais e provocar inflamações, infecções, lesões e até câncer”, explica o coordenador técnico da Clínica Omint Odonto e Estética, Marcus Azevedo do Amaral.  


O especialista enfatiza ainda que a fumaça do cigarro tem uma temperatura elevada e isso pode causar queimaduras na mucosa e reduzir o fluxo sanguíneo nos vasos da boca. “Isso diminui a oxigenação dos tecidos e a capacidade de cicatrização e defesa do organismo contra as bactérias que causam doenças na gengiva e nos dentes”, diz. 


O cigarro pode causar vários problemas, que variam de acordo com o tempo e a frequência do consumo de tabaco. Alguns dos principais são mau hálito, manchas nos dentes, doença periodontal e câncer de boca.  “A melhor forma de prevenir os problemas bucais causados pelo cigarro é parar de fumar”, destaca Azevedo.  


Essa atitude pode reduzir significativamente o risco de desenvolver doenças e melhorar a qualidade de vida. Por isso, a Clínica Omint possui um Plano Antitabagismo que define e incentiva ações de controle e combate ao tabagismo para clientes e colaboradores, por meio de ações educativas.  

“Mas, sabemos que essa não é uma tarefa fácil. Por isso, é importante seguir algumas recomendações para minimizar os danos, como escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, usar fio dental diariamente, beber bastante água e visitar o dentista regularmente para realizar uma limpeza e avaliação geral da saúde bucal”, finaliza Marcus.

 

Clínica Omint Odonto e Estética


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