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sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Os reflexos da onda de xenofobia contra brasileiros em Portugal

É crescente a onda de xenofobia contra brasileiros em Portugal. No caso mais recente, a jornalista carioca Grazielle Tavares levou um soco na boca de um português dentro da Universidade do Minho, em Braga, na região norte de Portugal. O agressor é um estudante português do curso de pós-graduação em comunicação. A brasileira relatou que, além de violento, ele teria sido xenófobo e misógino. O motivo que desencadeou a violência foi um desentendimento por um atraso para um trabalho de grupo que reunia o agressor, um aluno estrangeiro, Grazielle e outra brasileira.  

Segundo a jornalista, após uma ameaça, "ele começou a me xingar. Eu levantei e pedi para ele repetir se fosse homem. Nem terminei a frase e ele me deu um soco no lado direito do rosto, ferindo minha boca. Caí no chão e ele me chutou, diante do corredor cheio de gente e ninguém fez nada. E ele ainda disse: “O que você faz estudando no meu país? Deve pagar a mensalidade com o c.”, como se eu fosse prostituta. E falou para eu voltar para o Brasil". 

Importante destacar que as denúncias de xenofobia contra imigrantes do Brasil cresceram 505% em anos recentes, segundo balanço da Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial portuguesa. E, de acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, divulgados em 20 de setembro deste ano, indicam que os brasileiros são quase 400 mil num país de cerca de 10,4 milhões de habitantes, sem contar os que estão sem documentos e têm dupla cidadania.  

A palavra xenofobia tem origem grega e significa aversão ou rejeição a pessoas ou coisas estrangeiras ou temor ou antipatia pelo que é incomum ou estranho ao seu ambiente. É trata-se de um crime. 

Vale frisar que como o crime cometido contra a brasileira ocorreu em Portugal, o processo corre conforme a legislação do país europeu. Nesse caso, a brasileira deve realizar a denúncia perante a Justiça portuguesa. O Código Penal Português prevê, em seu artigo 240, a punição com pena de prisão de seis meses a 8 anos, relativamente aos crimes de discriminação e incitamento ao ódio e à violência, com índices nos anos passados baixos quanto a condenação penal por esses delitos em Portugal. 

Posteriormente, com a promulgação da Lei 93/2017, que estabelece o regime jurídico da prevenção, da proibição e do combate à discriminação, em razão da origem racial e étnica, cor, nacionalidade, ascendência e território de origem, nota-se que as denúncias aumentaram. Contudo, isso ainda não se refletiu em aumento do índice de condenação dos agentes desse tipo de fato típico. Além disso, é certo que, no próprio procedimento judicial, ela poderá realizar o pedido de indenização cível, nos termos da Lei Penal portuguesa.  

Importante ressaltar que a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, proíbe a discriminação, obrigando os estados-membros a combaterem "crimes motivados pelo racismo, pela xenofobia, intolerância religiosa, ou por deficiência, orientação sexual ou identidade de gênero".   

Adentrando ao crime de ofensa à integridade física, previsto no Código Penal português (com semelhança ao crime de lesão corporal no código penal brasileiro), importante saber o seguinte:  

No entender dos tribunais portugueses, a agressão física que não causa lesões à vítima (uma bofetada, um empurrão) é um crime de ofensa à integridade física simples. Sendo um crime dependente de queixa, só dará origem a um processo caso a vítima o deseje e a sanção penal é de prisão até 3 anos com pena de multa. Vale ressaltar a possibilidade de dispensa da pena quando as lesões são reciprocas e senão tiver prova de quem agrediu primeiro, ou se tiver exercido retorsão sobre o agressor, nos termos do artigo 143 do Código Penal. 

Agora, se a ofensa provocar perigo de vida; ou doença física ou mental de forma grave ou permanente; ou afetar a capacidade de trabalho, intelectual, de procriação, privação de órgão ou membro importante; ou qualquer outra incapacidade grave e permanente do corpo, ficará configurada uma ofensa à integridade física grave, cuja perseguição não depende da apresentação de queixa e que é punível de modo mais severo, com prisão de 2 a 10 anos.  

A jornalista que sofreu a agressão e xenofobia disse que prestou queixa e irá processar o agressor. Importante se atentar que caso a Justiça Portuguesa não dê prosseguimento criminalmente ao fato, pode ser movimentado e instaurado o procedimento via Ministério da Justiça no Brasil, para apurar e punir quem praticou fato típico. 

Conclui-se, pois, em tempos modernos, o repúdio a este tipo de conduta e a necessidade de alargamento da moldura penal para esses delitos. É necessário que os criminosos, independente da nacionalidade, etnia, raça, idade ou cor, saibam que se praticarem a xenofobia, serão condenados e punidos com uma pena que não seja cumprida de forma “branda”, podendo culminar em prisão.

 

Eduardo Maurício - dvogado no Brasil, em Portugal e na Hungria. Doutorando em Direito - Estado de Derecho y Governanza Global (Justiça, sistema pena y criminologia), pela Universidad D Salamanca - Espanha. Mestre em direito – ciências jurídico criminais, pela Universidade de Coimbra/Portugal. Pós-graduado pela Católica – Faculdade de Direito – Escola de Lisboa em Ciências Jurídicas. Pós-graduado em Direito penal econômico europeu, em Direito das Contraordenações e em Direito Penal e Compliance pela Universidade de Coimbra/Portugal. Pós-graduado pela PUC-RS em Direito Penal e Criminologia. Pós-graduando pela EBRADI em Direito Penal e Processo Penal. Pós-graduado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Academy Brasil –em formação para intermediários de futebol. Mentor em Habeas Corpus. Presidente da Comissão Estadual de Direito Penal Internacional da Associação Brasileira de Advogados Criminalistas (Abracrim). Membro da Association Internationale de Droit Pénal (AIDP) – International Association Penal Law. Membro da Associação Internacional de Direito Penal de Portugal (AIDP – PT) – International Association Penal Law – PT. Intermediário oficial da Federação Portuguesa de Futebol (FPF)


A dica de ouro contra os Golpes Digitais

Francisco Gomes Junior, advogado especialista em direito digital, explica como prevenir fraude recorrente de fim de ano 

 

Fim de ano, 13º salário na conta bancária, férias, comércio agitado com as demandas de Natal, pessoas comprando apressadamente seus presentes – cenário perfeito para golpes digitais. Como se sabe, golpistas são aproveitadores de ocasiões e sempre buscam momentos de fragilidade e de distração para ludibriar a vítima. 

Cerca de 75% dos golpes acontecem no fim de ano: de forma física, aumentam os furtos e roubos do aparelho e o prejuízo depende do que o bandido conseguir acessar no aparelho. 

“Dito isso, resta óbvio a grande dica, que não poderia ser outra a não ser ‘limpe’ seu celular”. Se o aparelho é a grande chave para os golpes de fim de ano, cuidados básicos com ele ajudam a prevenir muitos golpes”, explica Francisco Gomes Junior, advogado especialista em direito digital e presidente da ADDP (Associação de Defesa de Dados Pessoais e Consumidor). 

O ‘limpar’ deve ser entendido como apagar, excluir, tudo que não seja fundamental para o uso no dia a dia. O advogado dá o exemplo: “para quê ter armazenadas centenas de fotos no rolo de câmera? A regra é: limite, faça um back up e apague. Não tenha fotos de documentos e de cartões de banco e de crédito armazenados no aparelho.” Excluir dados pessoais e bancários do aparelho evita o fácil acesso à sua vida e privacidade. 

“Da mesma forma, você não utiliza vários aplicativos bancários todos os dias. Limpe seu celular. Deixe apenas um aplicativo ou nenhum. Ao sair para as ruas, se não for usar o aplicativo, exclua-o. Quando voltar para casa você facilmente pode baixá-lo novamente”, reforça o especialista. “Outra dica é limitar também eventuais senhas armazenadas no celular – deixe anotado em outro local que não o aparelho. Obviamente que, os demais cuidados e dicas contra golpes também devem ser seguidas, mas a adoção dessa dica de ouro irá prevenir contra dissabores neste período em que se quer festejar e não ter dor de cabeça com golpes e outros crimes”, finaliza.  

 

Francisco Gomes Júnior - Advogado Especialista em Direito Digital. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). Autor da obra “Justiça sem Limites”. Instagram: @franciscogomesadv


Lei da Alienação Parental serve apenas para amedrontar mães, diz advogada

 

Segundo Andressa Gnann, expert em Direito de Família, os pais usam a lei da Alienação Parental apenas para amedrontar e ameaçar as mães


Nos últimos dias, a apresentadora Ana Hickmann foi processada por Alienação Parental por seu ex-marido. A defesa de Alexandre Corrêa afirma que solicitou o direito de visitar o filho, o que foi negado e, por isso, a medida judicial cabível teria sido solicitada. Mas o que é a Lei da Alienação Parental? Ela realmente funciona? 

Segundo Andressa Gnann, advogada expert em Direito de Família para mulheres e sócia fundadora e gestora do escritório Gnann e Souza Advogados, considerado como Referência Nacional e Melhores do Ano em Advocacia e Justiça, que também é mãe, empreendedora serial e com projetos voltados para mulheres, a Lei da Alienação Parental surgiu com o objetivo de evitar interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente por parte de um dos genitores ou por quem detenha a guarda, que prejudique a formação dos laços afetivos com a outra parte genitora ou seus familiares, mas não é dessa forma que ela é utilizada. “Há na lei algumas situações que são nomeadas como alienação parental, todavia, os pais manipulam as situações e têm o costume de usar a referida lei como forma de ameaçar e amedrontar as mães, tudo isso com o objetivo de fazer com que as mães recuem, desistam ou aceitem suas exigências”, afirma. 

De acordo com a especialista, a Lei da Alienação Parental é desnecessária e causa prejuízo principalmente para a criança, porque  o outro genitor normalmente a usa como ameaça e não como realmente deveria usar:  “A Lei da Alienação Parental serve apenas para ameaçar as mães e tentar amedrontá-las com o objetivo de fazê-las ceder ou recuar. Já atendi mais de 20 mil casos e, em sua grande maioria, eram os pais que praticavam a auto alienação. Quando era o dia de ver o filho, eles tinham compromisso, festa, o carro quebrava, a chuva impedia ou havia qualquer outro motivo fútil. Depois, queriam exigir que a criança fosse próxima, amável ou exigir um outro dia que não fosse o regularizado, por exemplo, se a mãe já tivesse compromisso, o pai ameaçava dizendo que a mãe estava praticando alienação parental. Também existem os pais que somem por meses e depois aparecem fingindo que nada aconteceu.”, conta.

A advogada ressalta que isso não acontece em todos os casos, mas afirma que o pai que quer ver e conviver com os filhos consegue isso, independentemente da Lei da Alienação Parental. “Basta regularizar o regime de convivência nos termos do ART. 1589 do Código Civil. Ou seja, a revogação da lei não prejudicaria a criança porque a Constituição Federal, o Código Civil, o Estatuto da Criança e Adolescente e até mesmo o Código Penal garantem os seus direitos tanto com respeito à dignidade da pessoa humana quanto com relação à inviolabilidade dos direitos e convivência familiar, portanto, é desnecessária a Lei da Alienação para garantir a convivência com o filho, visto que existem outras previsões legais que garantem esse direito”, explica. 

A advogada entende que a maioria dos genitores não quer ter compromisso em cuidar e educar, deixando a responsabilidade para a mãe. “Qualquer genitor que realmente queira ter convívio com a criança consegue. Atualmente quem não consegue não é por causa da suposta alienação parental, mas por falta de interesse em regularizar a situação e cumprir com suas obrigações”, diz. 

Por fim, a advogada esclarece que havendo qualquer prática que atinja o psicológico da criança ou tente impedir a convivência com o pai, é possível tomar medidas judiciais. Ela explica também que a convivência e a guarda não são imutáveis, portanto, caso algum dos genitores entenda que há algum tipo de violação, abuso, violência ou qualquer ato ou omissão que cause prejuízo ao menor, inclusive psicologicamente, poderá requerer em juízo o que couber, seja a aplicação de multa, alteração da guarda, convivência ou até mesmo a suspensão da convivência com o outro genitor, sem a necessidade da existência da Lei da Alienação Parental. 



Andressa Gnann - que é expert em Direito de Família para mulheres e referência nacional, reconhecido como Melhores do Ano em Advocacia e Justiça e com prêmio Quality Justiça e já ajudou a mudar a vida de milhares de famílias. Também é responsável pelo Projeto PAPO DE LEOA, que tem o objetivo de instruir, inspirar e empoderar mulheres para terem uma vida mais equilibrada, próspera e feliz. Para mais informações, acesse o instagram

Encarar sua carreira como um jogo de videogame pode te ajudar a subir de nível; entenda como!

Estratégia se insere em um cenário no qual mais de 82% dos brasileiros se declaram apaixonados por games

 

Você já ouviu falar que o mercado de trabalho muitas vezes pode ser semelhante a um jogo de videogame no qual é necessário enfrentar desafios para avançar em diferentes níveis? Com mais de 80% dos brasileiros destacando os jogos eletrônicos como uma de suas principais formas de diversão —- segundo o levantamento feito por SX Group e Go Gamers — a analogia pode servir para transformar a maneira como as pessoas abordam suas carreiras.

 

Nesse cenário, metas passam a ser vistas como “Objetivos de Fase”, habilidades se tornam “Power-ups” e os desafios no trabalho podem ser comparados aos chefões finais em jogos, já que ambos demandam estratégia, determinação e aprendizado constante para serem superados.

 

Ellen Murray, Orientadora de Carreiras e especialista em RH da Refuturiza, destaca que a estratégia oferece uma mudança de paradigma, no qual as pessoas passam a olhar para suas carreiras de uma forma mais dinâmica e estratégica.

 

“Assim como nos jogos, é preciso que os profissionais saibam onde querem chegar e entendam que a sua história, da mesma forma que a de cada personagem de um game, é única. Por isso, para vencer os desafios, é preciso ter metas bem definidas, saber fazer gestão de tempo e celebrar cada vitória como um avanço de fase”, conta.

 

Além da definição de metas e organização estratégica de recursos, Ellen destaca que, assim como nos videogames, existem alguns macetes para avançar de modo constante na trilha da carreira corporativa, como:

 

1.Saber solar e jogar em equipe 

Desenvolva habilidades de comunicação eficazes, empatia, trabalho em equipe e liderança. Isso é tão importante quanto o conhecimento técnico em muitas profissões. 

 

2. Entender a dinâmica das fases: quais ações fazem com que se ganhe e e com que se perca pontos 

Busque entender quais são os desafios a serem enfrentados e de que forma você pode avançar. Para isso, é importante receber e dar feedbacks de modo constante e assertivo.

 

3. Upar continuamente:  

Nunca pare de aprender. Esteja sempre aberto a cursos, certificações e oportunidades de aprimoramento. Isso demonstra comprometimento com o crescimento pessoal e profissional.

Essas e outras dicas fazem parte do e-book gratuito Desbloqueando as Fases da Jornada Profissional, elaborado pela equipe de especialistas da Refuturiza. Saiba mais em: https://blog.refuturiza.com.br/e-book-desbloqueando-as-fases-da-jornada-profissional


Apenas 41% dos moradores das periferias brasileiras afirmam ter fácil acesso à educação financeira

 

       Pesquisa produzida pela Serasa revela o comportamento financeiro nas periferias e nos centros urbanos;


       28% dos moradores das periferias afirmam saber pouco ou nada a respeito de educação financeira;


       Integrantes de periferias têm menos interesse pelo tema de educação financeira (49%) do que residentes de grandes centros urbanos (65%);


       38% dos moradores de periferia não se sentem confortáveis em conversar com amigos e familiares sobre sua situação financeira ou sobre dinheiro em geral;


       Ainda assim, 48% das pessoas que moram afastadas dos centros urbanos afirmam que gostariam de fazer um curso especializado no tema.

 

Apenas 41% dos moradores das periferias asseguram ter fácil acesso à educação financeira, seja online, seja presencial. O número é bem maior entre os residentes dos grandes centros urbanos: 60%. Isso faz com que quase 3 em cada 10 moradores de periferias (28%) afirmem saber pouco ou nada a respeito do assunto. 

Os dados da pesquisa “Finanças na Periferia”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto PiniOn, no entanto, revelam que existe desejo de mudar esse cenário, uma vez que 48% dos residentes de periferias afirmam que gostariam de fazer um curso especializado em educação financeira. E 34% se mostram dispostos a pagar por esses conteúdos. Esses índices, ainda assim, são maiores entre os moradores dos centros urbanos: 59% e 43%, respectivamente. 

“O menor interesse por cursos entre as pessoas que vivem nas periferias pode ser justificado pela distância em relação ao tema e, consequentemente, pela dificuldade de compreensão do que significa educação financeira. O acesso gratuito a esse tipo de assunto, porém, pode contribuir para mudar esse cenário”, diz Patricia Camillo, especialista da Serasa em educação financeira. 

Caso tivessem mais acesso à educação financeira, os integrantes das periferias poderiam lidar melhor com o tema, tanto pessoalmente quanto com terceiros. Isso porque apenas 1 a cada 10 moradores das periferias brasileiras (12%) está satisfeito com sua vida financeira e 38% não se sentem confortáveis em conversar com amigos e familiares sobre sua situação ou até mesmo sobre dinheiro em geral.

 

Metodologia 

A pesquisa entrevistou 2.549 pessoas acima de 18 anos, de todas as classes sociais e regiões do país. 



Sobre a Serasa
Com o propósito de revolucionar o acesso ao crédito no Brasil, a Serasa oferece um ecossistema completo voltado para a melhoria da saúde financeira da população por meio de produtos e serviços digitais.
Mais informações em Serasa e pelas redes sociais no @serasa.


Boom das criptomoedas: 4 dicas para melhorar as finanças com os ativos digitais

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Especialista lista as principais orientações para quem deseja ingressar nesse mercado de alto potencial sem deixar o patrimônio financeiro em risco

 

O mercado de criptomoedas tem atraído cada vez mais interessados no Brasil. Segundo dados do estudo global realizado pelo CoinJournal, o país alcançou neste ano o posto de 6º colocado no ranking mundial entre proprietários de moedas digitais, com mais de 16 milhões de detentores. No entanto, atualmente muitas pessoas ainda têm receio de colocar o seu capital em criptoativos. 

Pensando em desmistificar esse universo e auxiliar na melhora das finanças pessoais dos brasileiros, Eduardo Carvalho, CEO e cofundador da Dynasty Global AG, primeira emissora mundial de criptoativo a atuar no mercado de tokens de pagamento com referência no mercado imobiliário, preparou uma lista com as  quatro dicas principais para aproveitar o ‘boom das criptomoedas’, mas sem deixar de proteger o seu patrimônio financeiro. Confira:


Aporte com cautela

Atualmente, as criptomoedas já estão consolidadas como uma nova forma de armazenar valor a partir de uma tecnologia já testada e comprovada. Mais do que isso, o mercado se tornou altamente atrativo por conta do seu potencial de adoção em larga escala a médio prazo. 

No entanto, mesmo diante desse cenário o especialista alerta que não se deve, em hipótese alguma, colocar uma parcela grande das reservas financeiras em criptomoedas justamente por conta da alta volatilidade. “Hoje o ideal é que se invista 2% do patrimônio em criptos porque o retorno, na maioria das vezes, acontece a médio e longo prazo. Além disso, com esse percentual o risco é bastante mitigado, caso os ativos não desempenhem o papel esperado”, avalia. 


Diversifique a carteira

Além de uma dose de cautela, é fundamental criar mecanismos que protejam a sua carteira para suportar os momentos de crise ou instabilidade dos ativos. De acordo com o especialista, uma das soluções mais eficazes é justamente buscar diversificar a sua carteira a partir da aquisição de diferentes tipos de criptomoedas. 

Segundo Carvalho, uma carteira diversificada e equilibrada possui os seus recursos atrelados a diferentes tipos de moedas. Uma das preferidas por praticamente todos os holders é a Bitcoin, por exemplo, por ser a apontada como a mais consolidada no mercado. Outra opção interessante é manter ao menos uma opção de stablecoin - nome dado às cryptos referenciadas em ativos estáveis, tais como moedas globais, metais preciosos ou commodities. 

“Também é válido alocar o capital em diferentes tipos de projetos. Como exemplo, temos as moedas lastreadas ou referenciadas em ativos reais, as chamadas RWA (do inglês Real World Assets), como o D¥N, que é referida a um portfólio imobiliário global, ou as moedas pareadas a uma base tecnológica, que tem como propósito desenvolver novas tecnologias para serem adotadas no futuro”, explica.


Estude o mercado

É importante também que os interessados estudem bem cada um de seus ativos, a fim de compreender com clareza o que está por trás de cada projeto. Tal processo, aliás, recebe a nomenclatura DYOR, acrônimo em inglês que em português significa “faça sua própria pesquisa”. Isso incentiva as pessoas a buscar informações sobre as moedas digitais antes de aplicar o seu capital. A partir do estudo, o comprador tende a realizar operações embasadas, e consequentemente, com maior potencial de retorno para o recurso alocado. 

“Uma vez que você acredita na tese que permeia o ativo, a chance de você colher os frutos no futuro é grande. Aqui, vale ressaltar que não é recomendável ficar monitorando o ativo de forma muito constante, até por conta da volatilidade. Se o comprador realmente acredita na fundamentação atrelada à moeda, vale a pena manter os seus criptos a médio ou longo prazo até obter o retorno desejado”, afirma. 


Cheque o risco de custódia

Outro ponto de atenção essencial é o risco de custódia. Atualmente existem duas maneiras de realizar a tutela de suas moedas digitais: por conta própria ou escolher corretoras que cuidem disso para os holders. 

Pensando na auto custódia, a vantagem está relacionada ao controle total de todos os criptoativos, que ficam armazenados em uma wallet com o detentor possuindo a liberdade de fazer o que quiser com elas. Por outro lado, o proprietário não conta com qualquer suporte, caso ocorra algum erro ou não consiga armazenar de forma correta. Já pelo lado das corretoras, os cryptoholders podem contar com um maior auxílio na hora de realizar transações, no entanto o acesso aos ativos se torna inferior, além de estar propenso a ser alvos de ataques hackers e invasões. 

Dessa forma, o CEO da Dynasty alerta que ambas as possibilidades possuem as suas vantagens e desvantagens. “De um modo geral, podemos dizer que a auto custódia gera autonomia, mas exige responsabilidade e conhecimento do mercado. Por outro lado, deixar na mão do terceiro traz comodidade, mas se abre mão da autonomia, já que há uma dependência de um terceiro para a aprovação de suas transações. Além disso, caso a exchange ou o custodiante sejam hackeados ou tenham algum problema interno, as criptomoedas irão ficar em risco”, conclui. 

 

Dynasty Global AG - primeira empresa emissora de criptoativo no mundo a usar o mercado imobiliário como referência de valor para emissão de tokens de pagamento. Por meio do D¥N, a emissora consegue simplificar as transações financeiras a nível global e proporcionar uma experiência descentralizada, além de maior estabilidade, já que possui referência de valor de um ativo real. Com forte atuação nos mercados europeu, asiático e brasileiro, a empresa tem sede no Crypto Valley, na Suíça, conhecido como o “Vale do Silício” das criptomoedas por suportar o uso das criptomoedas no dia a dia e abrigar projetos como Ethereum, Cardano dentre outras criptomoedas conhecidas. Com 21 milhões de tokens emitidos, o D¥N está listado em diversas exchanges globais e no Brasil está disponível na FlowBTC.

 

Cidadania Itinerante oferece serviços na Virada Inclusiva neste domingo


Iniciativa da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência reúne atividades inclusivas culturais, esportivas e de lazer, além da oferta de serviços gratuitos estaduais

 

A unidade móvel do projeto Cidadania Itinerante, da Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), estará presente neste domingo (3/11), das 9h às 16h, na Virada Inclusiva 2023, programa da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD). O evento acontecerá na Avenida Paulista, no bairro da Bela Vista, na capital paulista.

A iniciativa visa incentivar a participação de pessoas com e sem deficiência, juntas, em ações inclusivas e acessíveis em todo o estado, com o apoio de uma rede de parceiros e colaboradores voluntários dos mais diversos setores para atividades culturais, esportivas e de lazer. Todo o público interessado poderá participar gratuitamente. Também serão ofertados serviços de recebimento e encaminhamento de currículos de pessoas com deficiência, e atendimento à população por equipes de serviços estaduais.

 

Serviços disponíveis na unidade móvel:

- Agendamento para 2ª via do RG e CNH;

- Emissão da 2.ª via das certidões de nascimento, casamento e óbito;

- 1ª e 2ª vias do CPF;

- Emissão do título eleitoral;

- 2ª via de contas (água e luz);

- Emissão da carteira de trabalho digital;

- Atestado de antecedentes criminais;

- Consulta ao Serasa;

- Registro de boletim de ocorrência,

- Entrada no seguro-desemprego;

- Encaminhamento para coordenações, programas e ouvidoria da SJC;

- Recebimento de denúncias de discriminação étnico-racial, em razão de orientação sexual e/ou identidade de gênero e de intolerância religiosa.

 

Serão oferecidos também:

- Atendimento do Procon e Defensoria Pública do Estado de São Paulo;

- Autoteste para HIV/Aids e oferta de PREP.;

- Programa São Paulo, São Libras: apresentação e disponibilização da Central de Interpretação de Libras.

- Emissão gratuita da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CipTEA).

- Programa Meu Emprego Inclusivo: recebimento e encaminhamento de currículos de pessoas com deficiência para vagas de trabalho.

- Oficina de currículos.

- Reparos em cadeiras de rodas e bengalas.

- Informações sobre curso de Libras.

- Bike adaptada: experimentação do equipamento.

 

Serviço: Cidadania Itinerante na Virada Inclusiva

Data: 3 de dezembro

Local: Avenida Paulista, 1919 – Bela Vista

Localização: https://maps.app.goo.gl/TUZ2ryzPKrrGC6Rq7

Horário: 9h às 16h

 

Como empreender em 2024?

 

Pesquisa mostra que mais de 50 milhões de brasileiros são potenciais empreendedores; nesse cenário saber se destacar é fundamental

 

Segundo dados do relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), conduzido pelo Sebrae, em parceria com a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), em 2022, 67% (93 milhões de pessoas) da população adulta do Brasil está envolvida com atividades empreendedoras. Desse montante, 51 milhões de pessoas são consideradas potenciais empreendedores, número que revela que cada vez mais o empreendedorismo se torna uma parte significativa da vida dos brasileiros. 

O CEO do Market4u, Eduardo Córdova, explica que o empreendedorismo representa uma fatia significativa do mercado brasileiro, que vem impulsionado pela inovação, pela geração de empregos e pela contribuição ao desenvolvimento econômico do país. “Para quem quer se destacar no empreendedorismo, o planejamento é algo fundamental, já que em um cenário dinâmico e desafiador, a capacidade de antecipar e preparar-se para as nuances do ambiente de negócios é fundamental para o sucesso empreendedor. Por meio do planejamento estratégico, os empreendedores podem identificar oportunidades, avaliar riscos e estabelecer diretrizes claras para alcançar seus objetivos”, conta. 

No contexto do empreendedorismo, o planejamento abrange diversos aspectos, desde a definição da proposta de valor e do modelo de negócios, até a análise do mercado, concorrência e público-alvo. Além disso, contempla a elaboração de planos operacionais, financeiros e de marketing, proporcionando uma visão abrangente do negócio. “Ao planejar cuidadosamente, os empreendedores conseguem minimizar surpresas indesejadas, otimizar recursos, e tomar decisões mais informadas. Isso não apenas aumenta as chances de sucesso, mas também fortalece a resiliência diante de desafios, permitindo ajustes estratégicos conforme necessário. Em suma, para quem busca empreender em 2024, o planejamento é uma bússola essencial que mostra e sustenta o caminho em direção ao êxito nos negócios”, explica Córdova.

 

Dicas para empreendedores em 2024

 

1 - Faça uma pesquisa de mercado

Na etapa inicial do processo empreendedor, a pesquisa de mercado surge como um pilar fundamental, pois ela permite aos aspirantes a empreendedores entenderem o ambiente no qual estão inseridos, identificar demandas e preferências do público-alvo, e analisar as estratégias da concorrência. Uma pesquisa de mercado abrangente fornece insights valiosos que orientam a definição da proposta de valor do negócio, contribuindo para a criação de produtos ou serviços alinhados às necessidades do mercado. Dados coletados nessa fase proporcionam uma base sólida para decisões subsequentes, contribuindo para a viabilidade e o sucesso do empreendimento. Nesse aspecto, acho importante também reforçar que ao iniciar um novo negócio, o futuro empreendedor não deve somente levar em conta suas habilidades e no que ele é "bom", mas sim, analisar todo o contexto da região onde deseja empreender e principalmente, as necessidades do cliente. 

 

2 - Foque na inovação contínua

 Nessa etapa, os empreendedores devem buscar constantemente maneiras de aprimorar seus produtos, serviços ou processos, mantendo-se ágeis e adaptáveis às mudanças do mercado. A capacidade de inovar não se limita apenas à criação de novos produtos, mas também abrange a otimização de operações e a busca por soluções mais eficientes. Adotar uma mentalidade inovadora permite que os empreendedores se destaquem em ambientes competitivos, antecipe tendências e atendam às crescentes expectativas dos consumidores, contribuindo assim para o sucesso sustentável de seus empreendimentos.

 

3 - Desenvolva habilidades empreendedoras

Além de conhecimentos específicos sobre o setor em que atuam, os empreendedores devem cultivar habilidades como liderança, resiliência, tomada de decisões eficazes e habilidades interpessoais. A capacidade de adaptar-se a situações desafiadoras, resolver problemas de forma criativa e liderar equipes de maneira eficiente são diferenciais que podem impactar diretamente o sucesso do empreendimento. Investir no desenvolvimento dessas competências não apenas fortalece o perfil empreendedor, mas também contribui para uma gestão mais eficaz e uma maior capacidade de enfrentar os desafios do ambiente de negócios.

 

4 - Faça um networking estratégico

Estabelecer conexões sólidas no mercado pode proporcionar inúmeras oportunidades de negócios, parcerias valiosas e insights fundamentais para o crescimento da empresa. Participar de eventos do setor, engajar-se em comunidades empresariais e utilizar plataformas online são maneiras eficazes de expandir a sua rede de contatos. O networking estratégico não se trata apenas de acumular contatos, mas de cultivar relacionamentos genuínos e colaborativos que possam agregar valor ao empreendimento. Essas conexões facilitam processos com o benchmark, que considero essencial na abertura de qualquer negócio. Converse com outros players desse segmento, entenda qual é a realidade e os desafios da área que deseja empreender. 

 

5 - Pessoas são essenciais
Tão importante quanto as habilidades adquiridas, as pesquisas de mercado e entender dos seus concorrentes, é escolher bem quem estará do seu lado nessa jornada empreendedora. 

Durante a minha trajetória eu sempre valorizei aqueles que estiveram comigo nos bons e, principalmente, nos momentos mais desafiadores. São as pessoas que estão no seu time, sonhando o sonho da companhia junto a você, que fazem essa jornada mais fácil e bonita. Então faça boas escolhas e valorize aqueles que correm do seu lado. 

 

6 - Entenda o ecossistema

É importante entender que a empresa é como uma corrente, a qual é tão forte quanto o seu elo mais fraco. E o que isso significa? O empreendedor deve conhecer todos os elos que envolvem o sucesso da sua companhia, como no market4u, por exemplo, onde temos os clientes, os síndicos, os franqueados, entre tantos outros stakeholders. Entendendo quem são esses elos, fica mais fácil fortalecê-los, garantindo assim, uma corrente resistente e o êxito da empresa. 


5 Skills para dominar o mundo da tecnologia em 2024

Desenvolver habilidades tecnológicas é essencial para a transformação digital que tem movido o mercado de trabalho; especialistas listam dicas de adaptação às demandas tecnológicas

 

 

Em um cenário de trabalho em constante transformação, as habilidades tecnológicas tornaram-se um componente essencial para o sucesso profissional. Uma pesquisa recente da Gartner, publicada em 2023, revela que a média de aplicativos usados por colaboradores aumentou significativamente em comparação a 2019, passando de 6 apps para 11, demonstrando como a tecnologia se tornou parte integrante de nossas vidas profissionais.

 

Neste contexto, é importante desenvolver habilidades em uma taxa muito mais rápida do que anteriormente, a adaptabilidade é essencial. Apenas Word e Excel não são mais suficientes. Tecnologias como a Inteligência Artificial (IA), a análise de dados, e a colaboração digital no ambiente de trabalho remoto já são uma realidade. Além disso, profissões como a análise de dados e a tecnologia da informação estão cada vez mais presentes.

 

Abaixo, os especialistas listam dicas para o futuro profissional: adaptação às demandas tecnológicas. Confira: 

 

1. Desenvolva a sua proficiência digital: Para Mariana Kobayashi, co-fundadora da Tech do Bem, startup que busca conectar pessoas, empresas e instituições através da tecnologia, a primeira dica essencial é adquirir proficiência em tecnologia. “Com a crescente popularização do trabalho remoto, vem sendo imprescindível ter proficiência em colaborar pelo meio digital. Por isso, é esperado que o profissional tenha já familiaridade com ferramentas e métodos que ampliem sua produtividade e sua comunicação a distância”, revela.

 

2. Aprofunde-se em análise de dados: Outra habilidade fundamental é a análise de dados e a capacidade de relatar insights valiosos. “Dados são importantes pois reforçam nossos argumentos e trazem uma certa segurança para a veracidade da informação, além de sustentar tomadas de decisões. Mas eu também diria que o pensamento crítico e a retórica sempre serão extremamente importantes e devem continuar mais ainda valorizados em uma empresa direcionada a dados”, mostra Raphael Santos Marques, também co-fundador do projeto.

 

3. Invista em autoconhecimento: Em vez de cravarmos qual será o profissional do futuro: especialistas, generalistas, ou nexialistas, devemos compreender que nem todos os profissionais são iguais e que, justamente, essa diversidade de personalidades é importante para um ambiente de trabalho ter sucesso. Vale aqui deixar de lado a onda da ansiedade em querer saber tudo, o chamado FOMO (Fear of Missing Out), uma condição psicológica que representa esse anseio moderno por querer se especializar em tudo.

 

“O colaborador hoje, esteja ele trabalhando com tecnologia diretamente ou indiretamente, não precisa entrar nessa onda de ansiedade e sair se aprofundando em todas as tendências que vão surgir uma atrás da outra como Metaverso, Web3, Internet of Things, Inteligência Artificial, entre outras. O principal é entender o seu nicho de atuação e enxergar quais dessas tendências farão a real diferença na sua carreira e quais habilidades ele precisa desenvolver no curto e longo prazo. Por isso é fundamental ele se conhecer melhor para identificar quais competências já estão fortalecidas e quais precisam ser desenvolvidas - seus pontos fortes e fracos.”, indica Mariana.

 

4. Aprenda a aprender: Segundo uma pesquisa feita pelo Google for Startups, 92% das startups que foram ouvidas pelo estudo acreditam que faltam profissionais de tecnologia no Brasil, a pesquisa mostra que o mercado aguarda um déficit de 530 mil profissionais de tecnologia no próximo quadriênio. “Além de haver muito espaço para a contratação de desenvolvedores de software, também vai existir espaço para encontrar a solução "dentro de casa". Digo isso porque muitas profissões vão passar a ter um perfil mais tecnológico, o que vai aumentar a demanda do mercado e influenciar esse déficit. É por isso que a capacidade em se adaptar irá fazer a diferença para muitos profissionais; o que certamente vai incentivar essa busca por mais aprendizagem, e melhorar essa skill de aprender mais rápido em menos tempo”, entende Raphael. 

 

5. Adquira competências socioemocionais: Em um mercado vasto, é importante mostrar seu diferencial na área. “Sempre vale dizer que habilidades fora do skillset padrão de um desenvolvedor podem dar aquele diferencial necessário no momento da contratação. Então, esses jovens precisam também desenvolver mais soft skills e assim melhorar suas habilidades em comunicação e colaboração”, aconselha Kobayashi.

 

Preocupações com IA

 

O mercado de tecnologia, no entanto, se encontra receoso quanto às transformações promovidas pelas IAs em ascensão, porém, as tecnologias se mostram mais como úteis aliadas. “A IA é capaz de automatizar tarefas repetitivas e cansativas que ainda nos pegamos tendo que executar no mercado de trabalho. Quando você aprende mais, você se familiariza e depois se aprofunda no uso dessas ferramentas, você enxerga o potencial que elas têm de acelerar seus projetos e permitir mais flexibilidade dentro da sua rotina”, explica Santos Marques.

 

Ferramentas como o ChatGPT inevitavelmente vão se tornar constantes em todos meios de trabalho, a hora é de se adaptar. “O ChatGPT é uma ferramenta excelente para você dar aquele pontapé em determinada tarefa, economizando assim muito tempo, mas na hora de seguir com os próximos passos e concluir essa sua demanda, aí entra o poder da criatividade humana. Quanto mais cedo o profissional entender isso, mais rápido será para ele tirar proveito da inteligência artificial e transformar essa preocupação em diferencial competitivo. Para tirar o máximo de proveito do ChatGPT, acredito que duas coisas são fundamentais: o conhecimento aprofundado em um determinado tema e as boas práticas de conversação com essa IA, o prompt engineering”, afirma o co-fundador da Tech do Bem.

 

Logo, para não ficar para trás, estar atento às tecnologias emergentes é vital. “É óbvio que há aquelas que estão se tornando onipresentes independente da sua profissão, como é o caso da IA e da dataficação. Uma ferramenta como o ChatGPT é poderosíssima para você deixar passar assim em branco nessa sua aprendizagem e transformação digital; a mesma coisa a análise de dados”, conclui Mariana Kobayashi.

 

 

Tech do Bem


Até quando seremos falas interrompidas?

 Em tempos de equidade de gênero, ainda nos deparamos com uma questão que vai além das diferenças salariais e desenvolvimento de carreira profissional no mundo corporativo: “Por que, apesar de tudo, as mulheres ainda não são escutadas ou são interrompidas por homens numa reunião?” 

A procura por treinamentos e estratégias focadas em se fazer ouvida só tem aumentado, mesmo quando as mulheres alcançam cargos de alta liderança. ‘Como faço para ser escutada numa reunião?’ é mais um desafio que a mulher precisa driblar. 

Essa história de que o mundo está mudando é mesmo fato e as demandas por justiça e igualdade estão na pauta. Quando um homem interrompe a fala de uma mulher, ou pior ainda, não a deixa falar, está revelando algo muito além do perfil profissional. Ele se mostra incapaz de lidar com a diversidade de ideias e aponta sua predileção por repetir comportamentos machistas no trabalho, no bar, na escola, em casa. É uma opressão contra a mulher e tem nomes variados. Alguns deles são:
 

Gaslighting - quando o homem invalida a fala da mulher
 

Manterrupting - quando o homem interrompe uma mulher mudando de assunto ou para explicar o que ela está falando.
 

Mansplaining – quando o homem resolve dar uma palestra sobre um tema que ela domina, como se ela não soubesse de nada.
 

Cometer essas opressões é um comportamento que, cada vez mais, vem sendo combatido porque as mulheres estão se preparando e desenvolvendo técnicas e estratégias para lidar com as interrupções, os adjetivos que as anulam e as diminuem como: bonitinha, fofinha, lindinha e todas as outras opressões cometidas pelos homens para neutralizar ou invalidar a participação de uma mulher quando ela fala. 

Não se trata de uma guerra declarada, mas é preciso pôr fim ao machismo que muito fala e pouco ouve nas corporações. A tentativa é de desqualificar a fala da mulher. Nem sempre intencionalmente, mas causa dor do mesmo jeito. É uma opressão. Porque parte dela é a repetição de comportamentos que não podem mais ocorrer. Não dá mais para continuar a normalizar qualquer tipo de violência contra a mulher. 

Um estudo com o título “Eles não nos deixam falar”, feito pela professora de direito da Universidade Central Europeia de Viena e da UFMG, Juliana Cesario Alvim Gomes, com a gerente de Políticas Públicas do Nubank e economista-chefe da Zett, Rafaela Nogueira, Diego Werneck, professor de direito do Insper, e Henrique Wang, pesquisador do Insper, analisou discursos entre 1999 e 2018 e concluiu que a probabilidade de ministras serem interrompidas era de 75% a 100% superior à dos ministros. O estudo ainda traz uma reflexão sobre se os resultados das decisões mudariam se não houvesse as interrupções. 

Já outra pesquisa da Universidade George Washington, dos Estados Unidos, feita em 2014, comprovou que mulheres são duas vezes mais interrompidas que homens em conversas neutras. 

A infeliz realidade que vem ocorrendo nas empresas é que quando a mulher fala, a equidade para. A mulher precisa ser ouvida nas empresas e quem não está atento a isso, seja CPF ou CNPJ, está conivente com uma violência que interfere e atrapalha o desenvolvimento profissional e pessoal de uma mulher. 

Há uma série de técnicas que podem ajudá-las a falar de forma mais incisiva, usar a linguagem corporal, com entonação e expressões adequadas, ocupar mais espaço na reunião colocando seus pertences sobre a mesa, abrir o ombro demonstrando imagem de poder e muitas outras. 

Mas, na verdade, a luta é para ser considerada e não apenas vista. As mulheres aceitaram a interrupção das suas falas pelos homens desde sempre, desde em casa com seus pais, irmãos, tios e avós. Agora não aceitam mais. E estão fazendo isso sem briga, sem embate, porque ainda lidam com os julgamentos quando falam de formas mais incisivas. Enquanto o homem que fala da mesma forma é visto como firme, inspirador, seguro. 

As mulheres aprenderam a buscar pessoas aliadas. São aquelas verdadeiramente comprometidas com a diversidade, com a justiça, com a equidade, que identificam quando uma mulher está em apuros, tentando falar e não consegue, sendo interrompida sistematicamente por um homem ou tem a sua fala oprimida de alguma forma. Essa pessoa aliada sinaliza ao agressor que a mulher está com a palavra e deve ser ouvida. 

Um homem que não consegue respeitar a liderança e a fala feminina não consegue respeitar também o meio ambiente, a diversidade de pessoas, de ideias, a governança. Não pode sequer humanizar sua própria gestão e suas relações. 

Precisamos de mais pessoas aliadas. Entre as próprias mulheres inclusive. Aprender a dar voz às mulheres é um cuidado de todos. Não se trata de um Fla X Flu de meninas versus meninos. É um convite para nos conscientizarmos de que interromper falas femininas diz mais sobre quem interrompe do que quem é interrompida.

  

Juliana Algodoal - PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho – Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem e fundadora da empresa Linguagem Direta

 

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